Por isso, não desanimamos.
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2 Coríntios, capítulos 3 e 4
Hoje, muitos cristãos estão desanimados, principalmente devido à pandemia e ao isolamento social causados pelo Coronavírus.
No passado, seja ele remoto ou recente, muitos cristãos também desanimaram devido as tribulações que assolaram suas gerações.
Não foi diferente na época do apóstolo Paulo, pois aquela geração de cristão também sofreu, e muito, para manter firme, até o fim, o testemunho de Deus no mundo.
Atos 1.8: …mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.
2 Coríntios 4.16: O apóstolo Paulo inicia este versículo com a conjunção conclusiva “por isso”; o que significa que ele falará em seguida das implicações e consequências do que disse anteriormente.
O tema da mensagem de hoje é: Por isso, não desanimamos.
Para esta mensagem, quero pensar junto com vocês alguns dos porquês os cristãos não devem desanimar e nem desfalecer.
1.º – Porque recebemos de Deus um ministério.
Deus nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica. 2 Coríntios 3.6
O apóstolo Paulo compara a nova aliança com a velha aliança, onde a Lei é a velha aliança, e o Evangelho da graça, a nova aliança.
Se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, se revestiu de glória, como não será de maior glória o ministério do Espírito! 2 Coríntios 3.7,8
Se o ministério da condenação (a Lei) foi glória, em muito maior proporção será glorioso o ministério da justiça (o Evangelho da graça). 2 Coríntios 3.9
Portanto, a Lei já não resplandece diante da glória do Evangelho da graça. 2 Coríntios 3.10,11
No entanto, tudo o que está escrito na Lei para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança. Romanos 15.4
Se a Lei, que se desvanecia, teve sua glória; muito mais glória tem o Evangelho da graça, que é permanente.
Na nova aliança, nos é dada a graça de contemplarmos a glória do Senhor: E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito. 2 Coríntios 3.18
Quando olhamos para o Senhor da glória e O contemplamos em adoração, o Espírito do Senhor opera em nós, não instantaneamente, mas de glória em glória, o maravilhoso milagre de nos conformar cada vez mais com Cristo.
Somos ministros: de uma nova aliança; do ministério do Espírito; do ministério da justiça; do Evangelho da graça. Foi o próprio Deus, em Sua misericórdia, que nos deu este ministério. 2 Coríntios 4.1
Por isso, não desanimamos, não desfalecemos e prosseguimos firmes e confiantes, porque recebemos do Senhor um ministério; porque sabemos que a glória do Evangelho da graça que pregamos nunca acabará.
2.º – Porque temos um tesouro.
Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós. 2 Coríntios 4.7
Nós, cristãos, somos comparados a frágeis vasos de barro que se quebram com muita facilidade.
Todo vaso tem uma finalidade e uma função. A nossa é ser um vaso para honra, santificado e útil ao Nosso Possuidor, o Senhor, estando sempre preparado para toda boa obra. 2 Timóteo 2.20,21
Embora frágeis, carregamos dentro de nós um tesouro de inestimável valor que recebemos do Senhor, que é o Evangelho da graça.
Valioso não é o vaso, mas o tesouro que está dentro do vaso.
Importante não somos nós, obreiros, mas a obra de Deus.
A glória não está em nós que pregamos, mas no Evangelho da graça que pregamos.
Valioso não somos nós, frágeis vasos de barro, mas o tesouro que está dentro de nós, que é o Evangelho da graça.
Logo, o culto à personalidade é uma enorme tolice (falso; sem razão de ser; sem significado algum; falto de sensatez).
Por isso, não desanimamos, não desfalecemos e prosseguimos firmes e confiantes, pois temos plena convicção de que carregamos em nós um tesouro inestimável, que é o Evangelho da graça, que nos cumpre anunciá-Lo até aos confins da terra.
3.º – Porque é o poder de Deus que nos sustenta.
De um lado estamos nós, frágeis vasos de barro; e do outro, o nosso Deus, o Deus Todo-Poderoso.
Ao contrário do que muitos pensam, a vida cristã não é um mar de rosas, tampouco suave e tranquila; antes, é uma batalha espiritual diária e constante.
Em tudo somos atribulados (afligidos; pressionados; oprimidos), porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados (não desesperados); perseguidos, porém não desamparados (não abandonados); abatidos (derrubados violentamente), porém, não destruídos (não acabados; não mortos).
Por isso, não desanimamos, não desfalecemos e prosseguimos firmes e confiantes, pois temos plena convicção de que é o poder de Deus que nos sustenta para cumprirmos o ministério que por Ele nos foi confiado.
4.º – Porque nos identificamos com Cristo na Sua morte.
Levamos sempre no nosso corpo o morrer de Jesus, para que também a Sua vida se manifeste em nosso corpo. 2 Coríntios 4.10
Ser sempre entregue à morte por causa de Jesus não é sinônimo de derrota, mas de vitória.
Sim, morremos para o pecado, para nós mesmos e para o mundo.
Sim, morremos todos os dias por meio de atribulações, perplexidades, perseguições e abatimentos; mas pessoas estão sendo alcançados com a graça de Deus.
Ao servirmos a Cristo, a morte opera em nós; mas naqueles que ouvem a nossa pregação, a vida.
Por isso, não desanimamos, não desfalecemos e prosseguimos firmes e confiantes, porque nos identificamos com Cristo na Sua morte.
5.º – Porque temos uma fé vitoriosa.
O fundamento da nossa fé está em Deus e em Sua eterna Palavra; está firmada na inabalável esperança da nossa ressurreição. 2 Coríntios 4.13,14
Nossa disposição de viver uma vida crucificada, de suportar sofrimentos e perigos, deve-se à nossa fé e à inabalável esperança da ressurreição.
E tudo o que fazemos, fazemos somente para a glória de Deus.
Por isso, não desanimamos, não desfalecemos e prosseguimos firmes e confiantes, pois temos fé em Deus e em Sua Palavra; e sabemos que Ele nos ressuscitará com Jesus.
6.º – Porque o nosso espírito se renova a cada dia; e há um eterno peso de glória que nos espera.
Penso que nem um de nós, pelo menos até hoje, já sofreu o que os primeiros apóstolos de Jesus sofreram.
Penso também que nem um de nós classificou de leve e momentânea as tribulações pelas quais já passou. Geralmente, para nós elas são pesadas, amargas e cruéis, e parecem não ter fim.
Mas se atentarmos para o que as tribulações que passamos, por causa de Jesus e do Evangelho, produzem para nós, que é o eterno peso de glória que nos espera, poderemos afirmar, assim como o apóstolo Paulo, que são leves e momentâneas.
Por isso, não desanimamos, não desfalecemos e prosseguimos firmes e confiantes, porque o nosso homem interior se renova de dia em dia; e há um eterno peso de glória que nos espera.
7.º – Porque andamos por fé e não pelo que vemos.
Andamos por fé e não pelo que vemos. 2 Coríntios 5.6,7
No contexto, atentar-se para as coisas que se veem é atentar-se às dificuldades, provações, atribulações e sofrimentos pelos quais passamos por Jesus e pelo Evangelho da graça.
Mas atentar-se para as coisas que se não veem é atentar-se para aquilo que realmente importa, pois estas são eternas.
Por isso, não desanimamos, não desfalecemos e prosseguimos firmes e confiantes, pois, pela fé, estamos convictos de que a nossa Pátria está no céu, onde Cristo vive, assentado à direita do Pai. Colossenses 3.1
Como vimos, cada um de nós tem motivos de sobra para jamais desanimar, desfalecer e deixar de prosseguir firme e confiante na jornada com Cristo e os irmãos.
Portanto, corramos juntos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia [desonra extrema; infâmia; calúnia; difamação], e está assentado à destra do trono de Deus. Hebreus 12.1,2
Assim como o apóstolo Paulo disse, antes de sua partida para a Pátria celestial, que cada um de nós também possa dizer naquele dia: Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. 2 Timóteo 4.7
Ao nosso Senhor seja a honra, o poder eterno, a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém.
Mensagem pregada por Paulo Durvanier Moreira Filho, pastor, live através do Facebook (https://www.facebook.com/aguiadecristo), na noite do dia 13/09/2020 (domingo).
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