Os dois cestos de figos
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Jeremias 24:1-10
O mundo está passando por muitas mudanças e incertezas. Tudo acontece muito rápido. E o Brasil não está fora desta realidade.
O que temos ouvido, visto e vivido? Pandemias; guerras; mudanças comportamentais na sociedade; imoralidades; governantes, autoridades e políticos ansiando por poder; corrupção; violência; crimes de toda ordem; impunidade; inversão de valores: o certo que passou a ser errado, e o errado que passou a ser certo; etc.
Temos ouvido falar também que certas elites políticas e governos planejam implantar uma Nova Ordem Mundial (NOM), que é a implantação de um governo mundial totalitário, que é considerado a forma mais extrema e completa de autoritarismo.
Hoje, muitos cristãos estão preocupados com o atual cenário político, jurídico e governamental do Brasil. Já outros, estão otimistas. Há também aqueles que estão indiferentes. E os que não estão nem aí.
Muitos cristãos estão perplexos e abatidos diante desta realidade, imaginando como será o seu futuro, pois não veem garantia nenhuma de que será bom e tranquilo.
Sim, podemos estar perplexos e abatidos, mas jamais desanimados e destruídos (2 Coríntios 4:8,9); porque a nossa esperança e confiança está no nosso Senhor e em Sua Palavra.
Quando meditamos nas Sagradas Escritura, encontramos Nelas direção e conforto para as nossas almas. Basta tão somente que a gente tenha temor de Deus, creia Nele, na Sua Palavra, e obedeça e aprenda o que Ele ordena e ensina.
Gerações anteriores à nossa também passaram por mudanças, incertezas e medos; e muitas delas sofreram muito mais do que achamos que sofremos.
A Palavra do nosso Deus diz em 1 Coríntios 10:11,12 que o que aconteceu no Velho Testamento serve de exemplo, de advertência e de orientação para os nossos dias.
Amados irmãos, as Sagradas Escrituras nos dão sempre esperança.
E hoje, com base no texto de 1 Coríntios 10:11,12, vamos tomar os dias do profeta Jeremias como exemplo para nós.
O que aconteceu nos dias de Jeremias pode nos ajudar a nos posicionar corretamente diante de Deus em face a tudo aquilo que estamos vivendo em nossos dias.
Os dias do profeta Jeremias foram difíceis e turbulentos e, ao mesmo tempo, cheios de promessas e de ações do amor e do poder de Deus no meio do Seu povo.
Jeremias foi pelo Senhor consagrado e constituído profeta sobre as nações e sobre os reinos para arrancar e derribar, para destruir e arruinar, mas também para edificar e para plantar. Jeremias 1:5,10
O Senhor pôs Sua Palavra na boca de Jeremias. Jeremias 1:9
E desde o início de seu ministério, o Senhor deixou uma coisa bem clara para Jeremias: Eu velo sobre a minha Palavra para A cumprir (Jeremias 1:12).
O profeta Jeremias foi a voz do Senhor naquela geração. Através dele Deus exortou o povo a arrepender-se de seus pecados, que eram muitos.
Mas a persistência em pecar e afastar-se do Senhor fez com que o povo fosse levado cativo para a Babilônia, e lá ficasse cativo durante setenta anos.
O Senhor havia alertado o povo, através de Jeremias, acerca deste cativeiro, mas o povo permaneceu rebelde e não deu ouvidos ao Senhor. Jeremias 24
A Babilônia dominou por um bom tempo os grandes impérios da época, como o Egito e a Assíria, por exemplo.
Mas o Senhor disse que, após os setenta anos de cativeiro do Seu povo, julgaria e castigaria a iniquidade da Babilônia e de seu rei, e que faria da terra dos caldeus ruínas perpétuas; e que também cumpriria as profecias contra todas as nações que oprimiram Seu povo, que lhes retribuiria segundo os seus feitos e segundo as obras das suas mãos. Jeremias 25:12-14
Foram dias difíceis para o povo de Deus e para o profeta Jeremias.
Mas Deus ama Seu povo incondicionalmente, apesar de seus pecados: rebeldia, infidelidade, traição, idolatria etc.
Por isso que Deus sempre exorta Seu povo a se arrepender de seus pecados.
Israel não atendia à voz do Senhor, seu Deus, e não aceitava a disciplina.
Por isso, o povo de Deus foi tirado de sua terra e levado para o cativeiro.
As iniquidades do povo de Deus foram a causa de sua queda.
E Jeremias sentiu muita dor e tristeza por causa da situação em que o povo de Deus se encontrava.
Havia também falsos profetas nos dias de Jeremias, que profetizavam da parte de Baal e faziam errar o povo de Deus. Baal era um dos deuses da Babilônia; para os caldeus, o grande deus da fertilidade.
Tais profetas profetizavam que o rei da Babilônia não viria contra eles e contra a nação. Jeremias 23:13; 37:19
Mas Jeremias, da parte do Senhor, profetizava que o povo de Deus seria cativo por setenta anos na Babilônia.
Os que acreditavam nos falsos profetas odiavam Jeremias, a ponto de ameaçá-lo de morte.
Poucos foram os que acreditaram nas profecias de Jeremias; estes temiam a Deus e confiavam somente em Deus, e não no poder da Babilônia e de seu rei, Nabucodonosor.
Irmãos amados, o reino celestial está acima e é infinitamente superior ao reino natural.
Em seu tempo, as profecias de Jeremias se cumpriram, e claro, a dos falsos profetas, não.
Agora, vamos nos atentar na visão que Jeremias teve dos dois cestos de figos.
Nos dias do cumprimento da profecia de Jeremias acerca ao cativeiro babilônico, havia dois grupos distintos de judeus:
– Os que foram levados cativos para a Babilônia, simbolizados pelo cesto com figos muito bons;
– e os rebeldes, indóceis, obstinados, que desobedeceram as ordens do Senhor e permaneceram com o rei Zedequias em Jerusalém, e também os que habitavam no Egito, simbolizados pelo cesto com figos muito ruins, que, de ruins que eram, não se podiam comer.
Lembram-se que o Senhor disse que, após os setenta anos de cativeiro do Seu povo, julgaria e castigaria a iniquidade da Babilônia e de todas as nações que oprimiram Seu povo?
Mas o que o Senhor fez antes de julgar e castigar a Babilônia e tais nações?
Ele primeiro julgou o Seu povo e o enviou para o cativeiro.
Mas por que o Senhor julgou primeiro o Seu povo? Porque a ocasião de começar o juízo pela casa de Deus é chegada; ora, se primeiro vem por nós, qual será o fim daqueles que não obedecem ao evangelho de Deus? 1 Pedro 4:17
Amados irmãos, jamais se esqueçam disto: O juízo de Deus sobre Seu povo nunca é para destruição, mas sempre para conserto, santidade, purificação, aperfeiçoamento, edificação, preservação etc.
O pecado do povo de Deus chegou a um ponto que o cativeiro seria inevitável.
O povo de Deus se tornara idólatra e praticante de pecados terríveis, como por exemplo, sacrificar seus próprios filhos e filhas a deuses pagãos (Jeremias 7:30,31).
Assim, para tratar com os pecados da nação, Deus enviou Seu povo para ser escravo na Babilônia por setenta anos.
Penso que não havia lugar melhor do que a Babilônia para o Senhor tratar com os pecados de Israel, principalmente com o pecado da idolatria.
Os babilônios eram extremamente idólatras e, com o passar dos anos, diante de tantos ídolos e de tanta idolatria, o povo de Deus passou a se sentir, creio eu, como o apóstolo Paulo se sentiu quando esteve no areópago, profundamente indignado, muitíssimo perturbado e revoltado em seu espírito, diante de tanta adoração a deuses e ídolos feitos de prata, de ouro e de diversos materiais, que tinham boca e não falavam, tinham olhos e não viam, tinham ouvidos e não ouviam, tinham nariz e não cheiravam, tinham mãos e não apalpavam, tinham pés e não andavam. Atos 17:16; Salmo 115:4-7
Na Babilônia, o povo de Deus passou a se reunir em sinagogas.
No cativeiro, o povo começou a voltar-se para Deus de todo o coração, pois o Senhor lhe havia prometido: Dar-lhes-ei coração para que me conheçam que eu sou o SENHOR; eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus; porque se voltarão para mim de todo o seu coração. Jeremias 24:7
Os que foram levados para a Babilônia, simbolizados pelos “figos bons”, foram protegidos e abençoados por Deus durante os setenta anos de cativeiro.
Mas os que permaneceram em Judá e no Egito, simbolizados pelos “figos maus”, ficaram contra Deus e não foram abençoados.
Mas ser levado para o cativeiro é bênção? Isto não parece uma contradição? Pode parecer para alguns, mas não para o Senhor e Seus verdadeiros profetas.
Se você fosse contemporâneo de Jeremias e tivesse que escolher entre ficar em Jerusalém e ser escravo na Babilônia, o que você escolheria?
Os exilados foram abençoados e protegidos pelo Senhor; ao passo que os que permaneceram em Judá e no Egito, ao invés de serem livres, ficaram sob jugo e maldição.
Veja o juízo de Deus àqueles que foram rebeldes, indóceis e obstinados: Como se rejeitam os figos ruins, que, de ruins que são, não se podem comer, assim tratarei a Zedequias, rei de Judá, diz o SENHOR, e a seus príncipes, e ao restante de Jerusalém, tanto aos que ficaram nesta terra como aos que habitam na terra do Egito. Eu os farei objeto de espanto, calamidade para todos os reinos da terra; opróbrio e provérbio, escárnio e maldição em todos os lugares para onde os arrojarei. Enviarei contra eles a espada, a fome e a peste, até que se consumam de sobre a terra que lhes dei, a eles e a seus pais. Jeremias 24:8-10
Agora, veja o juízo de Deus àqueles que foram enviados como escravos para a Babilônia: Assim diz o SENHOR, o Deus de Israel: Do modo por que vejo estes bons figos, assim favorecerei os exilados de Judá, que eu enviei deste lugar para a terra dos caldeus. Porei sobre eles favoravelmente os olhos e os farei voltar para esta terra; edificá-los-ei e não os destruirei, plantá-los-ei e não os arrancarei. Dar-lhes-ei coração para que me conheçam que eu sou o SENHOR; eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus; porque se voltarão para mim de todo o seu coração. Jeremias 24:5-7
Foi o Senhor que enviou Seu povo para o cativeiro. Logo, no que se refere aos propósitos de Deus, Nabucodonosor, rei da Babilônia, foi simplesmente um servo do Senhor. Jeremias 25:9
E qual foi a ordem que o Senhor deu, através de Jeremias, aos exilados na Babilônia?
Jeremias 29:4-7: Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel, a todos os exilados que eu deportei de Jerusalém para a Babilônia: Edificai casas e habitai nelas; plantai pomares e comei o seu fruto. Tomai esposas e gerai filhos e filhas, tomai esposas para vossos filhos e dai vossas filhas a maridos, para que tenham filhos e filhas; multiplicai-vos aí e não vos diminuais. Procurai a paz da cidade para onde vos desterrei e orai por ela ao SENHOR; porque na sua paz vós tereis paz.
Note que o Senhor ordenou Seu povo a fazer tudo isso na Babilônia, no cativeiro.
Qual é, hoje, o alerta do nosso Senhor para nós, a Sua igreja?
Como disse anteriormente, o que aconteceu nos dias do profeta Jeremias e em todo o Velho Testamento, serve de exemplo, de advertência e de orientação para os nossos dias.
Diante do atual cenário político, jurídico e governamental do Brasil, muitos cristãos estão preocupados, apreensivos e com medo do que possa acontecer no Brasil.
Nos dias de Jeremias, o povo de Deus era idólatra e praticava pecados terríveis.
E hoje, a igreja do Deus vivo, que somos nós, coluna e baluarte da verdade, tem praticado pecados contra Deus?
Nós, eu e você, que somos o Corpo de Cristo no mundo, temos cumprido cabalmente a nossa função no Corpo de Cristo?
A igreja está realmente cumprindo o seu papel no mundo?
Temos cumprido cabalmente o nosso chamado e a nossa missão?
Temos sido representantes fiéis do Senhor no mundo?
Temos vivido por modo digno do Senhor e do Evangelho?
Temos orado e abençoado a nossa nação e as nossas autoridades, espirituais, governamentais, civis e militares?
Temos temor de Deus e cremos na Sua Palavra e obedecemos e aprendemos tudo o que Ele nos ordena e ensina? Etc.
Se nossas respostas a estas perguntas revelam que estamos falhando com o nosso Deus, então, o juízo Dele virá, primeiramente, sobre nós, e não sobre aqueles que têm nos preocupado, os quais muitos supõem que irão nos perseguir.
Amados irmãos, caso aconteça uma perseguição contra nós, na verdade, será o juízo de Deus sobre nós pelos nossos pecados, juízo este que servirá para nos consertar, nos santificar, nos purificar, nos aperfeiçoar, nos edificar, nos preservar.
E para sermos abençoados por Deus, basta reconhecermos que somos pecadores e nos arrependermos; e que fiquemos, o tempo que Ele determinar, no lugar onde Ele achar melhor para tratar com os nossos pecados, mesmo que este lugar seja um cativeiro.
Para encerrar, o Senhor ainda nos alerta:
- Se tentarmos lutar por liberdade na força do braço, corremos o risco de ficar contra Deus.
- Se o povo de Deus se encontrar numa posição de opróbrio ou perseguição, será purificado pelas circunstâncias. Historicamente foi assim. Os setenta anos de cativeiro trouxe a restauração para o povo de Deus. Deus é um Deus de tempos e estações.
- Não importa se o mal reinar temporariamente, mesmo nesse período poderemos ter paz e provisão, e estaremos guardados por Deus.
- Independentemente do regime de governo e de quem governe, o nosso governo é celestial, e o governo de Deus sempre prevalecerá e fará justiça.
- Ao invés de ficarmos angustiados e revoltados com as pessoas que nos oprimem e com nossas autoridades, devemos orar por elas.
- Em todo tempo e circunstâncias, é preciso sempre agir com sabedoria e estrategicamente. Jeremias, por exemplo, em meio àquele cenário, comprou um campo num momento em que ninguém estava comprando.
- Tudo em nossa vida deve depender de nossa relação com Deus, não das circunstâncias, das pessoas e dos sistemas que nos cercam.
Para nós não importa onde estaremos, e sim, se Deus estará conosco; porque, se o Senhor estiver conosco, então, onde estivermos, aí será céu para nós.
Ao nosso Senhor seja a honra, o poder eterno, a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém.
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