Justiça própria.

COMPARTILHE esta MENSAGEM

Todo o conteúdo desta mensagem tem como base o que ouvi e anotei das pregações do apóstolo João Staub (Ministério Verbo Vivo – Guarulhos), em diversas ocasiões e oportunidades, sobre justiça própria.

Conhecemos o Senhor e a Sua vontade à medida em que a nossa vida é transformada pela renovação da nossa mente.
Somos transformados pela renovação da nossa mente. Romanos 12.2
Esta renovação precisa ocorrer nas bases das nossas crenças, dos nossos princípios e valores, isto é, onde fundamentamos toda a nossa vida.
O Senhor tem nos falado sobre a nossa mente meritória, sobre o culto que prestamos a Ele, sobre a nossa família e a família de Dele, sobre empregado e patrão, sobre renunciar tudo, etc.
Nossa mente renovou-se após ouvirmos esses temas e tantos outros?

Hoje, o Senhor quer nos falar sobre a nossa justiça, ou justiça própria, ou justiça humana.
Esta é uma das bases que precisa mudar dentro de nós.
A justiça própria é irmã do mérito. Estas duas coisas nos afetam diretamente e fazem com que percamos o favor de Deus, que é a graça de Deus.
E Deus quer que experimentemos plenamente a Sua graça.
O que é graça? É dom; é presente; é tudo aquilo que não merecemos e que Deus nos dá através de Jesus Cristo.

Qual o conceito de justiça? É o senso de ser correto; a particularidade de ser justo.
De forma ampla, justiça é o princípio que mantém a ordem social, que preserva os direito das pessoas de forma legal. Justiça tem a ver com lei, tem a ver com direito.
Mas não é sobre esta justiça que o Senhor quer nos falar nesta manhã, e sim, sobre o senso de justiça que há dentro de cada um de nós, que é a nossa justiça própria.

Justiça própria é a nossa visão de justiça, o nosso senso de justiça; é o nosso entendimento daquilo que é justo e daquilo que não é justo; ou a nossa auto-justificação.
Todos nós, sem exceções, temos dentro de nós justiça própria.
E é a nossa justiça própria que às vezes utilizamos para nos justificar diante de Deus ou dos homens.

Precisamos, então, entender como Deus enxerga a nossa justiça própria.
Qual a essência da justiça própria, da justiça humana?
. É o homem tentar ser justo diante de Deus através de suas próprias ações, através de suas próprias obras.
. É nós nos sentirmos justos, ou acharmos que somos justos porque fazemos alguma coisa boa.
. É o homem pensando assim: Eu faço coisas boas, logo, sou bom.
Esta é a essência, ou o fundamento principal da justiça própria.

Mas Deus demonstrou de muitas maneiras que o homem não é justo por si mesmo, que não pode ser justo por si mesmo, que não pode ser justificado por si mesmo. Por quê?
Porque o homem está totalmente perdido e depravado, caído nos seus pecados, caído na sua iniquidade.
Por isso, quando vamos diante de Deus, não podemos levar nada que nos justifique, porque não temos nenhum tipo de obra ou mérito que nos justifique diante de Deus. Por quê?
Porque o homem por si só não é bom e nem justo. Não somos bons e não temos justiça.
Somente o Espírito Santo é que pode me fazer compreender esta verdade, a ponto de eu afirmar: Eu não carrego nada de bom em mim mesmo, absolutamente nada.

No Velho Testamento, Deus mostrou de inúmeras maneiras a incapacidade do homem ser justo diante de Deus através de suas próprias obras.
O que Deus fez no Velho Testamento? Ele deu a Lei para Israel, que continha 613 preceitos, inclusive os dez mandamentos, para serem seguidos.
Por que Deus deu a Lei? Fundamentalmente para mostrar para o homem que ele não podia cumprir a Lei.
É como se Deus estivesse falando ao homem: Você não consegue ser bom por você mesmo. Você não conseguirá ser bom através de sua força e de suas próprias ações.

Deus deu a Lei, mas ninguém conseguia cumpri-La. Por quê? Porque quem deixasse de cumprir um dos seus 613 preceitos, deixou de cumprir toda a Lei. Errou em um, errou em todos.
Pois qualquer que guarda toda a Lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos. Tiago 2.10
Quem é que cumpria toda a Lei? Ninguém. Ninguém conseguiu cumprir a Lei por seus próprios méritos e esforços.

Então, a mensagem de Deus para os homens na Velha Aliança é: Vocês não conseguirão obter a condição de justo diante de Mim através de suas próprias obras.
Por mais que eles fizessem, não conseguiriam ser justos diante de Deus.

Por isso que na Velha Aliança havia um sistema de sacrifício, do qual podemos dizer que era uma declaração de fracasso diante de Deus. Por quê?
Porque o sacrifício era feito por causa de pecado cometido contra Deus. Aliás, todo pecado é contra Deus. Logo, quando alguém sacrificava é porque tinha fracassado em cumprir a Lei; e, para que a ira de Deus não caísse sobre o pecador, um animal tinha que ser sacrificado, porque sem derramamento de sangue não há perdão de pecados (Hebreus 9.22).
Por isso que eles tinham que sacrificar continuamente, porque eram totalmente incapazes de serem justos diante de Deus. Por isso que Isaías escreveu:
Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades, como um vento, nos arrebatam. Isaías 64.6

Ninguém conseguia a condição de justo diante de Deus por seus próprios méritos e obras. Por quê? Porque o homem estava contaminado pelo pecado, separado da presença de Deus.
Davi entendia isso: Salmo 51.5: Eu nasci na iniquidade, e em pecado me concebeu minha mãe (ARA). Reconheço que sou pecador desde o meu nascimento. Sim, desde que me concebeu minha mãe (KJ).

Portanto, não somente Davi e Isaías, por exemplos, mas também que cada um de nós compreenda e chegue  à mesma conclusão que eles chegaram. Qual?
. Que nascemos em pecado. Que estamos contaminados pelo pecado.
. Que por causa do pecado nós não temos justiça alguma diante de Deus; logo, todos nós somos injustos diante de Deus.
. Que o nosso senso ou conceito de justiça não valem nada.
. Que se apresentarmos a nossa justiça diante de Deus ela não terá valor algum, porque a nossa justiça não serve, não presta, é imunda.
. E que se nos apresentarmos diante diante de Deus com a nossa justiça, o juízo Dele cairá sobre nós.

Não somente Davi e Isaías chegaram à essa conclusão, mas também o apóstolo Paulo. O que o Senhor lhe revelou a respeito disso?
Que se conclui? Temos nós qualquer vantagem? Não, de forma nenhuma; pois já temos demonstrado que todos, tanto judeus como gregos, estão debaixo do pecado; como está escrito: Não há justo, nem um sequer, não há quem entenda, não há quem busque a Deus; todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer. Romanos 3.9-12
Não temos justiça. E se acharmos que temos, ela não serve, não presta.
Não temos nenhuma justiça e nenhuma obra que possam nos justificar diante de Deus.
Todos nós temos que chegar a esta conclusão e convicção, porque se não chegarmos, nós não obteremos o favor de Deus, que é a obra de Deus por nós através de Cristo Jesus.

O primeiro ponto então é este: A minha justiça não presta, eu sou injusto, totalmente corrompido diante de Deus, eu não tenho nada em mim que agrade a Deus.
Por isso que Deus teve que nos amar sendo nós ainda pecadores. Romanos 5.8

Como podemos chegar a essa conclusão, a esse entendimento, a esse convencimento?
Somente o Espírito Santo de Deus é que traz esse convencimento ao coração dos homens.
Quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo:… João 16.8
O Espírito Santo já veio e está entre nós.
É o Espírito Santo que realiza esta obra de nos convencer do pecado. Nós somos por Ele convencidos da nossa natureza de pecado, da nossa condição de pecado.
Ora, se sou convencido da minha condição de pecado, obviamente eu compreendo que não tenho justiça alguma.
Portanto, eu não posso apresentar nenhum tipo de justiça diante de Deus, porque o Espírito Santo me convenceu da minha condição de pecado.
Se sou injusto e não tenho nenhuma justiça, então, eu estou debaixo do juízo de Deus, sem nenhum tipo de justiça.
Esta é, então, a primeira obra do Espírito Santo no coração de uma pessoa.

E quando o Espírito Santo nos convence nós ficamos condenados, debaixo do juízo de Deus, sem nenhum tipo de justiça.
Mas o que o Espírito Santo faz para nos tirar desta condição?
Ele demonstra que nós, não tendo justiça nenhum, precisamos de uma justiça que não é nossa, de uma justiça que vem de uma outra Pessoa.
Então, nós recebemos de Deus a Sua justiça como um presente, com um dom. Recebemos a justiça não por alguma coisa que tenhamos feito, porque nós não podemos fazer nada sobre isso.
Nós recebemos a justiça que vem de Jesus Cristo. Jesus Cristo, o Justo, nos dá a Sua justiça.
Se, pela ofensa de um e por meio de um só, reinou a morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo. Romanos 5.17

A justiça que temos agora é a justiça que vem de Jesus Cristo. Esta justiça, ou condição de justo, é um presente, é um dom; não é algo que alcançamos por méritos (merecimento).
Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo; por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus. Romanos 5.1,2

A única justiça boa é a justiça que vem de Jesus Cristo.
E para receber esta justiça que vem de Jesus Cristo, esta condição de justo, fundamentalmente eu preciso fazer uma coisa: Eu preciso rejeitar a minha justiça.
Se continuamos vivendo, planejando, decidindo e agindo com justiça própria, a nossa justiça própria, que é imunda e não presta, impedirá que recebamos a justiça que vem de Jesus, ela impedirá que recebamos a graça de Deus através de Jesus.
Se eu viver pela minha própria justiça, eu viverei pela Lei e a Lei traz maldição.
Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las. E é evidente que, pela lei, ninguém é justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé. Gálatas 3.10

Eu posso até achar que sou justo porque faço algumas coisas boas. Mas a questão é que eu nunca farei, por mim mesmo, todas as coisas boas.
Você é perfeito em todas as coisas e não erra em nada? Então, se você não consegue fazer todas as coisas corretas, é melhor não viver pela Lei. Por isso que a Lei traz maldição.
Uma pessoa que vive por justiça própria ela pode achar que é boa em uma coisa, mas ela é ruim em outra.

O que é a justiça própria do ponto de vista de Deus e de Sua Palavra:
. É o homem querendo achar alguma coisa boa na sua imundície.
. É o homem tentando dizer para Deus o seguinte: Eu não estou totalmente perdido como o Senhor diz que sou.
. É o homem rejeitar que só pode ser salvo, limpo e justo através do sacrifício de Jesus.
. É a tentativa de se gloriar (por obras) diante de Deus, ou roubar a glória que pertence a Deus.
. É o homem achar que tem algum mérito, que merece alguma coisa.
. É o homem viver pelo seu próprio sistema imundo de justiça e rejeitar a justiça que vem de Deus por Cristo Jesus.
. É desprezar a obra de Cristo.

Justiça própria faz com que o homem perca o favor de Deus.
A única justiça que podemos e devemos ter é a justiça que vem de Cristo.
Aquele [Jesus] que não conheceu pecado, ele [Deus] o fez pecado por nós; para que, nele [Jesus], fôssemos feitos justiça de Deus. 2 Coríntios 5.21
Somos justos porque Jesus nos declara justos; somos justificados porque Jesus nos deu esta condição.
Nossa justiça não é resultado das coisas que fazemos ou deixamos de fazer; nossa justiça é Cristo.
Se a nossa justiça for Cristo nós temos a graça de Deus, o favor de Deus.
Se agirmos em justiça própria perdemos a graça de Deus.

Justiça própria rejeita a obra de Cristo e Deus não abençoa quem rejeita a Cristo.

Este é o conceito de justiça própria em contraste com a justiça que vem de Deus através de Jesus Cristo.

A questão é que a justiça própria sempre aparece em nossa vida, e muitas vezes de maneira sutil, e nós precisamos identificá-la e jogá-la fora e ficar com a justiça que vem de Jesus pela fé.
Vamos ver alguns exemplos de justiça própria na Nova Aliança:

Lucas 18.9-14: A parábola do fariseu e o publicano.
Publicano era um cobrador de impostos. E naquela época, cobradores de impostos eram odiados, principalmente pelos judeus. O povo detestava os cobradores de impostos.
Já o fariseu era religioso e achava que fazia tudo certo e se achava melhor do que os outros.
Do que Jesus está tratando nesta parábola? De justiça própria!

O fariseu achava que por agir de determinada maneira, aquilo que ele fazia, o justificava diante de Deus.
Ele achava que por causa das suas obras, que eram diferentes das do publicano pecador, ele era melhor do que aquela pessoa, e sua oração a Deus comprova isso.
Jejuar é bom? Sim. Dar o dízimo de tudo é bom? Sim.
A questão é que o fariseu jejuava e dava o dízimo porque achava que agindo assim ele seria justificado diante de Deus. E porque ele fazia uma série de outras coisas ele achava que era melhor do que aquele publicano pecador. O que é isso? Justiça própria.
O fariseu voltou para a casa justificado? Não. Logo, os seus pecados ainda estavam sobre ele, porque não foi justificado, não foi perdoado.

Já o publicano, que provavelmente não orava, que provavelmente não dava dízimo, que provavelmente não ia no templo e que provavelmente não fazia nada do que deveria fazer, ele fez uma coisa que mudou todo o cenário. O que ele fez?
Reconheceu que ele era absolutamente injusto, incapaz, pecador e por ele mesmo não poderia se justificar diante de Deus.
O que ele disse a Deus: Ó Deus, sê propício (sê benevolente) a mim, pecador.
E Jesus afirmou que este publicano pecador voltou para sua casa justificado.

Se alguém usar de justiça própria perde a justiça que vem de Deus através de Jesus.
Se alguém utilizar de justiça própria perde o favor de Deus e entra debaixo de jugo e de maldição.

Lucas 15.28-32: A parábola do filho pródigo.
Como o irmão mais velho se sentiu quando soube que seu pai estava organizando uma grande festa para o seu irmão que estava perdido e que havia voltado? Com indignação, a ponto de nem querer participar da festa.
Esta indignação do irmão mais velho é justiça própria. Por quê? Em outras palavras, ele estava dizendo a seu pai o seguinte:
Não é justo o que o senhor está fazendo. Porque eu é que trabalho; eu é que estou servindo todos esses anos; eu é que obedeço; e o senhor faz a festa para esse teu filho? Não é justo. A festa tinha que ser para mim e não para ele. Isso é justiça própria.

Há muitas pessoas que tentam relacionar-se com Deus da mesma maneira que o irmão do filho pródigo, com base na própria justiça: Fazem, fazem e fazem muitas coisas para Deus e, em dado momento, acabam frustradas, amarguradas e decepcionadas com Deus, com as pessoas e com todo mundo. Por quê? Porque agem em justiça própria e, por isso, perdem o favor de Deus.

Não importa o que façamos, se agirmos por justiça própria nós vamos perder o favor de Deus.
Para encontrar o favor de Deus, para encontrar a graça de Deus, nós precisamos rejeitar a nossa justiça.

Lucas 7.36: A pecadora que ungiu os pés de Jesus na casa de Simão, o fariseu.
O fariseu ficou indignado com o que via, e julgou Jesus e a mulher: Este homem não é profeta; esta mulher é pecadora.
Ao pensar e dizer que a mulher é pecadora, o fariseu está afirmando o que? Eu não sou pecador. Eu sou bom. Eu sou melhor do que ela. Eu mereço ser justificado, mas ela não merece ser justificada.

Quem merece ser justificado? Ninguém.
Quem é que tem alguma justiça para apresentar a Deus? Ninguém.
O que são todas as nossas justiças diante de Deus? E um trapo de imundícia.

Aquela mulher, sem dizer uma única palavra, entendia que era pecadora, que não tinha justiça nenhuma, que precisava de Deus, que não tinha nada nela que pudesse agradar a Deus.
Mas o fariseu não. O fariseu estava pensando em tudo o que ele fazia, em todas as suas regras e ações, pois a sua base era a sua justiça própria.

Todos nós carregamos justiça própria, porque justiça própria tem a ver com a nossa carne, tem a ver com a herança que recebemos de Adão, tem a ver com o pecado que habita em nós.
A nossa carne e a nossa alma sempre tentam nos justificar.
E ninguém pode se justificar diante de Deus.
Deus decretou: Não há justo, não há um sequer (Romanos 3.10), somente Jesus Cristo.
Nenhum de nós é justo diante de Deus por suas próprias obras.

Mas, e o que nós fazemos e temos? Porque fazemos e temos muitas coisas.
Absolutamente tudo o que fazemos e temos, fazemos e temos por causa da graça de Deus.
Se nós respiramos, se nós trabalhamos, se nós adoramos, se nós ofertamos, se estamos de pé, se temos alguma coisa, tudo isso é por causa da graça de Deus, do favor de Deus.
Deus nos dá Sua graça, Seu favor através de Jesus Cristo.
Então, ninguém pode se justificar diante de Deus.

Mas a justiça própria sempre se levanta, ela sempre aparece em nossas vidas.
A justiça própria está na base da maioria dos pecados. E a justiça própria impede o favor de Deus.

Alguns exemplos do que a justiça própria produz:

Orgulho: Eu sou melhor, ele é pior. Eu sou bom, ele é mau. Eu mereço, ele não merece.
Este é o homem querendo justificar-se diante de Deus com sua imundície.
Temos que se aproximar de Deus nos rendendo, nos humilhando. Senhor, sem Ti eu nada sou, nada tenho, nada posso. Porque Tua, por meio de Ti e para Ti são todas as coisas (Romanos 11.36). Tudo por Ti e nada por mim.
O orgulhoso permanece orgulhoso por causa da justiça própria.

Murmuração: Vive reclamando e se queixando. Eu não mereço passar pelo que estou passando porque eu sou uma pessoa boa.
O murmurador permanece murmurando por causa da justiça própria.

Amargura e ressentimento: Eu sou uma pessoa boa e fui atingida, eu fui ferida e não merecia, e por isso eu exijo que se faça justiça com quem errou comigo.
O amargurado e ressentido permanece assim por causa da justiça própria.

Inveja: É injusto que ele tenha e eu não. Por que ele diz que é injusto? Porque acha que ele é que merece, e não o outro.
Lembre-se: Mérito e justiça própria são irmãos que caminham juntos.

É por causa da justiça própria que uma pessoa não consegue receber o perdão de Deus e, por isso, fica o tempo todo se condenando. Esta pessoa tem justiça própria, que é imunda, e através de sua própria justiça ela vive se condenando.
Ora, se esta pessoa se condena é porque está utilizando a justiça que ela tem, não a justiça de Jesus.

Uma pessoa que é legalista, que vive olhando para os outros, criticando e condenando tudo e todos, achando erros e defeitos em todo mundo, esta pessoa está agindo em justiça própria. E quando diz que todos erram e falham, também está dizendo que ela própria não erra e não falha.

Todos nós precisamos abrir mão da nossa justiça, porque a nossa justiça rejeita a graça de Deus, rejeita o favor de Deus.
Nada do que fazemos deve ter como bases o mérito e justiça própria, e sim a graça de Deus.
Por isso que a Bíblia diz: Em tudo dai graça… 1 Tessalonicenses 5.1

Se alguém olhar para você e disser: Você não presta; você não vale nada; você não é justo; você não é uma pessoa boa. O que você diria a essa pessoa? É isso mesmo.

Sem Jesus nada podemos fazer e nada somos. Mas com Ele, somos tudo, podemos tudo, no Senhor que nos fortalece.
Então, toda a nossa vida, tudo o temos, tudo o que fazemos, tudo o que somos, nós somos em Jesus. Não tem nenhum mérito nosso.

Quem anda em justiça própria não acessa o favor de Deus.
Vemos na Bíblia, por exemplo, que a prostituta, o ladrão, o cobrador de impostos, o pecador, o leproso, que eram pessoas discriminadas pela sociedade, por aqueles que se achavam melhores do que os outros, recebiam de Jesus o favor, a cura, a bênção, o milagre, a transformação de vida. Elas mereciam? Não.
Mas sabe por que elas recebiam? Porque tinham muito mais consciência de que não mereciam.

Também vemos muitos religiosos se achegando a Jesus, cheios de justiça própria. O que eles recebiam de Jesus? Nada. Eles não conseguiam acessar o favor do Senhor porque eles achavam que mereciam alguma coisa, que eram melhores do que os outros, que eram diferentes dos outros.

Não somos melhores que ninguém. Tudo, em nossa vida com Deus, vem da justiça que nos foi dada através de Jesus Cristo.
Jesus é a nossa justiça. Tudo vem pelo favor de Deus. E nós só acessamos o favor de Deus quando desistimos de nós mesmos, pois não temos em nós nada de bom, muito pelo contrário, temos uma carne que quer o tempo todo se inclinar para o pecado e para justiça própria.
Ninguém consegue se santificar por si só, pelos seus próprios méritos e esforços. Jesus foi feito para nós santificação. 1 Coríntios 1.30

Quem nos convence da verdade é o Espírito Santo. É o Espírito Santo que nos convence do pecado, da justiça e do juízo. Este convencimento tem que acompanhar a nossa vida o tempo todo.
E que convencimento é este?
De que em mim mesmo não há nada que presta; que fora de Jesus eu estou completamente perdido nos meus pecados, completamente distante de Deus, sem qualquer condição de ser justificado diante de Deus por qualquer coisa que eu faça.

Nos aproximamos diante de Deus totalmente rendidos e humilhados.
Senhor: Sem Ti eu nada sou, nada tenho, nada posso. Porque Tua, por meio de Ti e para Ti são todas as coisas. Eu me entrego a Ti. Eu me rendo a Ti. Nada sou. Nada tenho. Preciso do Senhor, preciso da Tua graça, preciso do Teu favor. É o Senhor que me concede todas as coisas: graça, perdão e tudo na vida. Amém.

Obrigado Senhor.

Esta mensagem foi pregada por Paulo Durvanier Moreira Filho, pastor, no dia 16/09/2018 (domingo), às 9:00 horas, no MAC Vila Barros – Guarulhos – SP.

O conteúdo desta publicação é licenciado sob
Creative Commons Attribution-NoDerivatives 4.0 International License