Graça e colheita.

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fazei discípulos

Atos 6.1 à 7.60

Está escrito que, naqueles dias, o número de discípulos se multiplicou, e com ele surgiram também novos problemas e desafios para a liderança da igreja.
Nessa multiplicação houve murmuração dos helenistas contra os hebreus. (Helenistas: judeus criados fora da terra de Israel e que falavam grego, não hebraico). Mas qual foi o motivo da murmuração dos helenistas? No início da igreja, era costume distribuir, diariamente, alimentos aos necessitados da comunidade, e suas viúvas estavam sendo esquecidas nessa distribuição.

Anteriormente, Satanás tentou paralisar e destruir a igreja por duas vezes, mas não conseguiu. Na primeira vez ele agiu do lado de fora da igreja, através da perseguição aos apóstolos (Atos 4.1-22); na segunda vez, ele agiu do lado de dentro da igreja, infiltrando-se nela através da mentira, da hipocrisia e da cobiça de Ananias e Safira (Atos 5.1-11).
Satanás insistiu e tentou uma vez mais paralisar e destruir a igreja, agora, através da distração, e de novo não conseguiu.
Jesus disse: As portas do inferno não prevalecerão contra a minha Igreja. Mateus 16.18

Sua tentativa aqui era desviar o foco dos apóstolos da oração e do ministério da Palavra, para que se dedicassem às coisas temporais e materiais da igreja. Note que este desvio de foco não era para algo ruim, mas bom, no caso, a distribuição diária de alimentos aos necessitados da comunidade.
Em hipótese alguma os apóstolos viam as coisas temporais e materiais da igreja como sendo inferiores às demais, e também não as consideravam pouco importantes para eles por serem apóstolos. Nada disso.
O contexto deixa claro que a questão aqui é o chamado. Todos nós temos um chamado em Deus.
O chamado do Senhor para os apóstolos era para se consagrarem à oração e ao ministério da Palavra.
Satanás sabia que se os apóstolos negligenciassem o chamado deles a igreja se enfraqueceria e também falharia em sua missão.

O Senhor revelou aos apóstolos a realidade espiritual daquela situação e deu-lhes a solução, que foi: A comunidade deveria escolher sete discípulos aos quais se encarregariam de cuidar das coisas temporais e matérias da igreja, que até então eram de responsabilidade dos apóstolos.
Esses discípulos deveriam ter boa reputação e serem cheios do Espírito Santo e de sabedoria.
A igreja escolheu os seguintes discípulos: Estêvão, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau. Eles foram apresentados perante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos.

Está escrito em Atos 2.41 que quase três mil pessoas aceitaram o Evangelho e foram batizadas.
Em Atos 4.4 está escrito que muitos mais ouviram e aceitaram o Evangelho, subindo o número de homens a quase cinco mil.
Em Atos 6.1 e 7, aconteceram mais duas multiplicações de discípulos.
Apesar de toda oposição a Igreja cumpria sua e missão e, assim, crescia e se multiplicava.
Há muito que aprendermos com essas multiplicações, mas hoje, quero ater-me às de Atos 6.1 e 7.

Permita-me sugerir aos irmãos alguns pontos para meditação:

  • Atos 6 inicia-se dizendo que, naqueles dias, multiplicou-se o número dos discípulos de Jesus.
  • Como vimos, ocorreu um problema na igreja envolvendo os apóstolos e alguns discípulos.
  • Mas pela graça de Deus o problema foi revelado e solucionado.
  • Mas o que aconteceu em seguida? Está escrito em Atos 6.7 que a multiplicação dos discípulos não parou.

O que o nosso Senhor quer nos revelar e nos ensinar nesta manhã?

  • Na igreja primitiva também ocorriam problemas de toda natureza.
  • Havia na igreja primitiva uma liderança santa, espiritual e atenta, e que não se prendia a estruturas. Estruturas são necessárias, mas devem facilitar a multiplicação dos discípulos (a missão) e não ser um empecilho para ela.
  • Havia homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria.
  • Havia honra, pois o Senhor era honrado na vida dos líderes da Igreja. Naquela ocasião, por duas vezes, o Senhor foi honrado pela comunidade dos discípulos, pois obedeceram as instruções dos apóstolos e perseveravam em suas doutrinas. Atos 2.42; 5,6.
  • A Palavra de Deus crescia, isto é, passou a ser divulgada ainda mais, porque os apóstolos deixaram as responsabilidades que tinham pelas coisas temporais e materiais da igreja e passaram a priorizar a oração e o ministério da Palavra. As coisas temporais e matérias da igreja não deixaram de ser feitas, pois os sete discípulos escolhidos passaram a fazê-las. A estrutura foi modificada para facilitar a missão da Igreja.
  • E assim, o número de discípulos se multiplicou, porque a Palavra de Deus passou a ser ainda mais divulgada pelos apóstolos e discípulos.

Estêvão, cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo. Atos 6.8
E apedrejavam Estêvão, que invocava e dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito! Então, ajoelhando-se, clamou em alta voz: Senhor, não lhes imputes este pecado! Com estas palavras, adormeceu. Atos 7.59,60

O discípulo e diácono Estêvão era homem cheio de fé, do Espírito Santo e de sabedoria, e tinha boa reputação. Ele conhecia muito bem a Lei de Deus e também o Evangelho da graça de Deus em Cristo Jesus. Por isso ele era cheio de graça e poder.
Evidente que foram por essas qualificações que foi um dos sete escolhidos para cuidar das coisas temporais e materiais da igreja.

Em nossa primeira celebração de 2019, O Senhor nos disse para desejarmos ardentemente que o Espírito Santo nos torne como crianças, para que com a mesma graça com que Deus nos perdoou em Cristo Jesus, também perdoemos todos àqueles que nos ofendem.

O que o nosso Senhor Jesus pediu a Deus Pai para aqueles que O crucificavam? Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. Lucas 23.34
O que o discípulo e diácono Estêvão, de joelhos, pediu ao Senhor para aqueles que o apedrejavam? Senhor, não lhes imputes este pecado! Atos 7.60
Eis aqui dois exemplos maravilhosos da manifestação da graça de Deus.

Como a graça de Deus tem se manifestado aos homens através de nossas vidas?
O que temos pedido ao Senhor àqueles que nos ofendem e nos maltratam?

Nossa missão é fazer discípulos de todas as nações; em outras palavras, nos multiplicarmos em todo o mundo.
Ouvir o Senhor e não obedecê-Lo de nada nos aproveitará (Hebreus 4.2). Mas ouvi-Lo e obedecê-Lo nos fará levar Sua maravilhosa graça a todas as nações da terra.

A graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens (Tito 2.11), pois todos pecaram e carecem da glória de Deus (Romanos 3.23; 5.12). Foi esta maravilhosa graça que nos alcançou, porque também pecamos. Por isso não podemos, jamais, baratear, banalizar ou vulgarizar a graça de Deus em Cristo Jesus.
Não podemos jamais pregar outro evangelho senão o da graça de Deus em Cristo Jesus.

E para que a graça de Deus não se torne vã em nossas vidas e ministério, precisaremos trabalhar muito, o mais que pudermos, todavia, compreendendo que não somos nós quem realiza a obra, mas a graça de Deus com a gente. 1 Coríntios 15.10

Se a graça de Deus está com a gente, então, conseguimos amar e perdoar todas as pessoas da mesma maneira que Deus, em Cristo, nos ama e nos perdoa. Mas quando não conseguimos amar e perdoar todas as pessoas da mesma maneira que Deus, em Cristo, nos ama e nos perdoa, é porque ainda somos malvados. Mateus 18.32,33

Obrigado Senhor.

Esta mensagem foi pregada por Paulo Durvanier Moreira Filho, pastor, no dia 20/01/2019 (domingo), às 9:00 horas, no MAC Vila Barros – Guarulhos – SP.

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