Deveres cristãos.

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Hebreus 13.1-6
Hoje, através destes seis versículos, o Espírito Santo quer nos falar sobre alguns deveres cristãos, ou seja, de como devemos nos comportar como cristãos.
Para esta mensagem, destaquei: O trato com o nosso próximo; o relacionamento conjugal; e, a forma de como lidar com o dinheiro.

Em relação ao trato com o nosso próximo, vamos meditar os versículos 1, 2 e 3.

V. 1 – Seja constante o amor fraternal.
A palavra amor usada aqui pelo Espírito Santo não é ágape (que é o amor de Deus: amor incondicional e sacrificial), mas philadelphia (que é o amor fraternal: amor entre irmãos de sangue).

1 João 4.20: Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê.
Nosso amor a Deus é provado por nosso amor às pessoas, independentemente de quem sejam.
Romanos 5.8: Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.

Acredito serem poucos os que não amam seus irmãos de sangue.
Todos os cristãos são filhos de Deus por meio da fé em Jesus Cristo (Gálatas 3.26).
Não há como sermos cristãos e não sermos irmãos, pois Deus é o nosso Pai; e somos da família de Deus (Efésios 2.19).
Por isso que o amor fraternal dos cristãos deve ser constante, não apenas em determinadas circunstâncias ou por conveniência.
Como irmãos, temos que zelar uns pelos outros; suportar uns aos outros, não no sentido de tolerar, mas de servir de apoio, de suporte, de sustentação, carregando com prazer as cargas uns dos outros. Colossenses 3.13

V. 2 – Não negligencieis a hospitalidade, pois alguns, praticando-a, sem o saber acolheram anjos.
O cristão não é alguém que tem apenas o coração e o bolso abertos, mas também as portas de sua casa.
Uma das formas de expressarmos o nosso amor pelos irmãos é recebê-los em nossa casa.
É assim que somos irmãos e amigos, vivendo em comunhão e na unidade do Espírito.
A hospitalidade abençoa não apenas o hóspede, mas também o hospedeiro, pois alguns, praticando-a, sem o saber acolheram anjos.
Foi o caso de Abraão, que recebeu anjos em sua casa e foi grandemente abençoado por Deus.
Hospedamos o próprio Senhor quando hospedamos Seus discípulos. Mateus 25.38,40
É claro que também precisamos de discernimento na hospitalidade, para não corrermos o risco de transgredir os preceitos de Deus, hospedando pregadores de falsos ensinos (2 João 10).
Hospedar os irmãos com alegria é uma das manifestações do amor.

V. 3 – Lembrai-vos dos encarcerados, como se presos com eles; dos que sofrem maus tratos, como se, com efeito, vós mesmos em pessoa fôsseis os maltratados.
A prática aqui é sair de casa para visitar e socorrer irmãos que estão encarcerados.
Conhecemos algum irmão que esteja encarcerado por realizar de fato a obra de Deus?
Talvez conheçamos alguém que esteja encarcerado por ter cometido algum crime; em outras palavras, que tenha pecado contra o Senhor. Todo pecado é contra Deus.
Quando visitamos e socorremos os pequeninos irmãos do Senhor, a Ele o fazemos. Mateus 25.39,40

Mas sem dúvida conhecemos irmãos que estão sofrendo devido a inúmeras situações; por exemplo, em razão da atual pandemia e do isolamento social. E a exortação do versículo 3 também se encaixa perfeitamente a estes irmãos.
Lembrar-se dos irmãos que estão sofrendo, visitá-los e ajudá-los, são manifestações do amor.

Em relação ao relacionamento conjugal, vamos meditar o versículo 4.

V. 4 – Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros.
O casamento não é uma instituição humana, mas divina, pois foi o próprio Deus quem o instituiu. Não nasceu no coração do homem, mas no coração de Deus.
Mas a sociedade atual tem depreciado o matrimônio e tratado como uma instituição ultrapassada; mas Deus diz que o casamento é digno de honra entre todos.
O primeiro lugar onde devemos praticar o amor cristão é no nosso lar, na nossa família.
Leito sem mácula refere-se à intimidade do casal. A bênção do relacionamento sexual é desfrutada no casamento, e não antes ou fora dele.
Os impuros (pornous) que serão julgados são os viciados em pornografia e em toda sorte de práticas e relações sexuais ilícitas.
Os adúlteros, por sua vez, serão julgados por terem sido infiéis aos seus cônjuges.
Ser fiel e ser leal no casamento são manifestações do amor.

Em relação à forma de como lidar com o dinheiro, vamos meditar o versículo 5.

V. 5 – Seja a vossa vida sem avareza. Contentai-vos com as coisas que tendes; porque ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei.
Avareza é “amor ao dinheiro”. Portanto, seja a vossa vida sem “amor ao dinheiro”.
Em seu comentário acerca da carta aos Hebreus, o pastor Hernandes Dias Lopes escreveu o seguinte sobre o dinheiro:
O problema não está no dinheiro, mas em amá-lo. O problema não é ter dinheiro, mas o dinheiro nos ter. O problema não é possuir dinheiro, mas o dinheiro nos possuir. O problema não é carregar dinheiro no bolso, mas entronizá-lo no coração.

Cobiça é o sentimento de querer intensamente “ter” e “acumular” riquezas e bens materiais.
E qual o antídoto contra a cobiça e o amor ao dinheiro? Não é a doutrina da prosperidade, mas a doutrina do contentamento, que ensina: Contentai-vos com as coisas que tendes.
O contentamento é uma doutrina que deve ser aprendida por todos os cristãos: …porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação. Filipenses 4.11
Mas por que devo me contentar com as coisas que tenho? …porque ele (Deus) tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei.

Assim…
V. 6 – Assim, afirmemos confiantemente: O Senhor é o meu auxílio, não temerei; que me poderá fazer o homem?

Ao nosso Senhor seja a honra, o poder eterno, a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém.

Mensagem pregada por Paulo Durvanier Moreira Filho, pastor, live através do Facebook (https://www.facebook.com/aguiadecristo), na manhã do dia 21/06/2020 (domingo).

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