Adoração e culto.

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João 4.19-30 – A mulher samaritana. A verdadeira adoração.

Toda vez que ouvimos a voz do nosso Senhor, alguma coisa tem que mudar em nossas vidas.
Hoje, vamos juntos ouvir a voz do nosso Senhor; então não podemos sair daqui da mesma forma que entramos.

Há cristãos que reclamam do culto por vários motivos. Agem assim porque ainda não discerniram que o culto não é para eles, mas exclusivamente para Deus.
Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. João 4.23
Adoração é uma reação em relação à revelação de quem Deus é, do reconhecimento de quem Deus é como Deus. Por isso que quando recebemos a revelação de quem Deus é, a reação imediata do nosso coração foi adorá-Lo.

Se há verdadeiros adoradores é porque há também falsos adoradores.
Obviamente, são os verdadeiros adoradores que de fato adoram a Deus.
São os verdadeiros adoradores que o Pai procura para Seus adoradores.
Deus não está à procura de pessoas perfeitas, Ele está à procura de verdadeiros adoradores.
Quem toma a iniciativa da adoração é o próprio Deus, quando sai à procura de verdadeiros adoradores.
Se Deus está à procura de verdadeiros adoradores, logo, a verdadeira adoração só acontece quando Ele os encontra.

Adoração é uma atitude interna, de um coração que reconhece a Deus como Deus, como o seu único Deus, que O ama sobre todas as coisas, que O teme, que O glorifica, que é grato a Ele, que O obedece, que tem e mantem comunhão e intimidade com Ele etc.
Deus é verdadeiramente adorado quando Ele encontra um coração nessas condições.

O Senhor Jesus disse à mulher samaritana: Mulher, podes crer-me que a hora vem, quando nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai. João 4.21
Para o cristão que persevera nas doutrinas dos apóstolos, não há templos e lugares específicos para se adorar a Deus.
O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas. Atos 17.24
Em Cristo, os verdadeiros adoradores adoram o Pai onde quer que estejam.
Deus não está à procura de adoradores em templos e lugares específicos; Ele os procura na vida cotidiana, porque os verdadeiros adoradores O adoram 24 horas por dia em espírito e em verdade.

Se adoração é uma reação e uma atitude interna, o culto, é a manifestação externa desta adoração.
O culto que dedicamos a Deus é a resposta, a expressão da nossa adoração a Ele.
No culto expressamos a nossa adoração e a nossa fé na presença de Deus, 24 horas por dia, porque o verdadeiro adorador O adora com sua vida.

Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Romanos 12:1-2
Apresentar o nosso corpo a Deus como prescrito neste versículo significa, obviamente, cultuá-Lo 24 horas por dia. A verdadeira adoração e o respectivo culto acontecem onde o corpo físico do adorador estiver.
Por isso que o verdadeiro adorador não vai ao culto, na realidade ele está constantemente cultuando a Deus com seu corpo e sua vida, 24 horas por dia, onde quer que ele esteja.
Como está escrito, há condições para experimentarmos a boa, a agradável e a perfeita vontade de Deus: Apresentar o nosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o nosso culto (onde estiver o nosso corpo, ali adoramos e cultuamos a Deus); não se amoldar ao mundo; e, se transformar pela renovação da nossa mente.

Culto é um ato celebrativo pelo que Deus fez e faz.
Por que estamos aqui hoje? Para com alegria celebrarmos o que o nosso Deus tem feito.
Temos que fazer celebrações alegres pelas vitórias do Senhor.
Se Deus não agiu e não age em nossas vidas, então não há o que celebrar.

É verdade que o fato de estarmos vivos já é suficiente para celebrarmos a Deus. Mas o nosso Deus é tão amoroso, gracioso, bondoso e misericordioso, que temos muitos mais motivos para adorá-Lo.
Por exemplo: A bondade, a misericórdia e a fidelidade do Senhor, essas três ações de Deus nos levam a celebrá-Lo com júbilo, a servi-Lo com alegria, a nos apresentarmos diante Dele com cântico, a entrarmos na presença Dele com ações de graças e hinos de louvor, a render-Lhe graça e bendizer o Seu nome. Por quê? Porque o SENHOR é bom, a Sua misericórdia dura para sempre, e, de geração em geração, a Sua fidelidade. Salmos 100.5

No culto celebramos o agir de Deus em nossas vidas, individual e coletivamente.
Temos que anunciar o que Deus tem falado e feito em nossas vidas. Salmos 9.1
As celebrações são para ativar a nossa memória em relação a Deus e Seus atos poderosos. O próprio Jesus disse: Fazei isto em memória de mim. Lucas 22.19
A presença de Jesus é a única possibilidade de vivermos em comunhão.

Deus se revela, Ele se comunica, Ele age, e espera de nós uma resposta, uma correspondência.
Todos que se apresentam diante de Deus para cultuá-Lo, certamente não o fazem apenas com boas e grandes expectativas, mas também com seus problemas, dilemas, ansiedades, derrotas e fracassos. O verdadeiro adorador não é perfeito, e por meio de Jesus ele se aproxima de Deus para cultuá-Lo da maneira em que se encontra.

Na celebração do nosso culto racional e espiritual, que expressa nossa adoração e fé, apresentamos e entregamos a Deus:
– O nosso coração; a totalidade da nossa vida: tudo que somos, sentimos, pensamos, sonhamos, falamos, temos, fazemos etc.
– A nossa consagração.
– Todo trabalho que realizamos com Ele e para Ele.
– Tudo o que Jesus realizou através de nós.
– Os nossos problemas, dilemas, ansiedades, derrotas e fracassos.
– A nossa confissão de pecados. Etc.

É evidente que o culto a Deus só pode ser sincero, honesto e verdadeiro.
O culto religioso é perigosíssimo e inútil para aqueles que o praticam.
Culto religioso é aquele que é dedicado ao homem, não a Deus. Melhor dizendo, é aquele que é pensado, preparado e elaborado para satisfazer o ego do homem.

Através do culto expressamos a Deus a adoração do nosso coração. O culto começa então quando Deus encontra o nosso coração.
No culto não há lugar para orgulho, soberba, egoísmo e falta de perdão.
O culto, individual ou coletivo, não é um ritual, algo mecânico, uma formalidade ou uma obrigação, mas o fruto de um coração adorador que foi achado pela graça de Deus em Cristo Jesus.

O culto que agrada a Deus é também aquele que se harmoniza com a Palavra Dele.
Adoramos, cultuamos e louvamos a Deus com a totalidade da nossa vida, com tudo o que somos, sentimos, pensamos, sonhamos, falamos, temos, fazemos, com os nossos relacionamentos etc.
Por isso não pode haver incoerência, desarmonia, entre a vida que levamos e o culto que dedicamos a Deus.

Há um culto inútil (vão), que é o resultado de uma adoração falsa ou que não existe.
Que culto é esse? É o culto hipócrita, aquele que “honra” a Deus apenas exteriormente, mas não interiormente. Em Marcos 7.1-23, Jesus nos alerta acerca do culto hipócrita.
Os lábios representam o exterior do homem, e o coração representa o interior do homem.
O culto hipócrita, embora pensado, preparado, elaborado, paramentado, maravilhoso e emocionante, é uma farsa, uma mentira, uma contradição, uma perda de tempo, pois expressa algo que não é verdade no coração.
O mais importante para o religioso é o ritualismo do culto, mas Jesus ensina que não, que a finalidade única do culto é o próprio Deus.

O verdadeiro culto é aquele em que o adorador, antes de entregar alguma coisa para Deus, entrega-Lhe primeiro o seu coração de adorador e a própria vida.
O culto é por meio de Jesus. Ninguém vem ao Pai senão por mim [Jesus]. João 14.6
Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome. Hebreus 13.15
Por isso a nossa vida deve estar alinhada com a vida de Jesus.
Temos que refletir Jesus, que vive em nós, na vida diária.
Não é atoa que Deus insiste em nos lembrar de que temos que ser a imagem e semelhança de Seu Filho.
Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. Romanos 8.29
…aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou. 1 João 2.6

Mas nos dias atuais, será que é possível ter Jesus como modelo e andar assim como Ele andou nos dias da sua carne? Se isto não é possível, então, o que estamos fazendo aqui? Terá sido em vão tantas coisas que até aqui já fizemos e sofremos?
Sim, Jesus é o nosso modelo; e tudo o que até aqui já fizemos e sofremos não foi em vão, porque: Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus. Filipenses 1.6

Não se pode negar que no culto, individual ou coletivo, há interferências, desafios, dificuldades, ruídos, problemas etc., que acabam prejudicando sua celebração. E uma das provas pelas quais passamos é cultuar o nosso Deus quando tais situações ocorrem.

O verdadeiro culto cristão tem como base a doutrina dos apóstolos, na qual perseveramos. Por isso, nenhuma influência externa pode afetar a celebração do nosso culto a Deus.
O culto tem que ser agradável a Deus, não aos homens.

Ninguém é obrigado a adorar e cultuar a Deus. Se fosse assim não haveria adoração, tampouco culto. A adoração e o culto são espontâneos; são frutos de um coração que ama a Deus sobre todas as coisas e que Lhe é grato.
Adoração e culto não são algumas horas em um lugar específico, e sim o nosso coração e a nossa vida na presença de Deus, 24 horas por dia, independentemente do lugar.
A verdadeira adoração e o verdadeiro culto acontecem no coração dos verdadeiros adoradores do Pai, onde quer que eles estejam.

Obrigado Senhor!

Esta mensagem foi pregada por Paulo Durvanier Moreira Filho, pastor, no dia 01/09/2019 (domingo), às 9:00 horas, no MAC Vila Barros – Guarulhos – SP.

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