Jamais desanime.

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2 Coríntios 4.6-18.

6. Porque Deus, que disse: Das trevas resplandecerá a luz, ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo.
No princípio, havia trevas. Disse Deus: Haja luz; e houve luz. Gênesis 1.3
E através da obra salvadora e redentora de Jesus Cristo, o próprio Deus resplandeceu em nosso coração, por uma manifestação pessoal e íntima.
Por que Deus resplandeceu em nosso coração? Para que conhecêssemos a Sua glória na face de Cristo, para que, por meio de nós, Ele possa ser irradiado a outros.
O Espírito Santo quer que a gente compreenda que somente na face de Cristo é que podemos ver o brilho da glória de Deus.
Portanto, o brilho que ilumina o coração do cristão é o esplendor do rosto de Cristo; e este esplendor na face de Cristo é o esplendor da glória de Deus.

7. Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós.
Cada um de nós, cristãos, é um “vaso de barro”. Entretanto, temos um tesouro dentro de nós.
Que tesouro é este? O versículo 6 nos responde: DEUS. Ele é o nosso tesouro!
Nosso tesouro é Deus em nós com todo o Seu resplendor.
Nosso tesouro é Deus em nós com todo o brilho da Sua glória.
E todo este resplendor da glória de Deus é visto na face de Cristo.
Obviamente, nosso tesouro é Deus e Sua mensagem — o Evangelho; e o Evangelho é uma Pessoa, a Pessoa do Senhor Jesus Cristo.
O tesouro é Deus e o Evangelho; e os vasos de barro somos nós com toda a nossa fragilidade.
Isso é maravilhoso e extraordinário: Um tesouro tão precioso e valioso colocado dentro de um recipiente tão frágil como um vaso de barro. Por que Deus fez assim? …para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós.
Para que toda honra, glória, louvor e adoração sejam dados somente a Deus.
O Espírito Santo usou a figura do vaso de barro para ilustrar a fraqueza e a fragilidade da pessoa humana.
Somos frágeis, como um vaso de barro. Nós choramos, passamos por tristezas, aflições, fraquezas, temores, sofrimentos, dores, enfermidades, derrotas, etc.
E quando passamos por tudo isso, não é por causa do tesouro que está em nós, e sim, pela nossa fragilidade.

Vv. 8 e 9. Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos;
Parece que estes versículos descrevem apenas derrotas. Mas não! O que eles revelam é a eterna vitória do cristão.
Como já vimos, a nossa aparência externa é de absoluta fraqueza, porém, em nosso interior habita uma força e um poder incomparáveis – o próprio Deus. Por isso:
Em tudo somos atribulados – O tempo todo pelo inimigo e pelas dificuldades. Mas isso não nos angustia e não nos impede de pregar a mensagem da salvação.
Em tudo ficamos perplexos – Porque não sabemos a razão de certas coisas nos acontecerem. Mesmo assim não desanimamos nem desistimos.
Em tudo somos perseguidos – Somos perseguidos pelo inimigo de diversas formas. Mas o Senhor nunca nos desamparou quando fomos perseguidos.
Em tudo ficamos abatidos – Somos cercados e recebemos golpes do inimigo que nos derrubam. Mas isso não nos paralisa e nem nos vence, porque o Senhor nos reergue e nos dá força para prosseguirmos nossa jornada com Ele.
Tudo isso podemos porque há um tesouro em nós: o próprio Deus, com Seus propósitos e Seu Evangelho.

10. levando sempre no corpo o morrer de Jesus, para que também a sua vida se manifeste em nosso corpo.
Em nosso corpo, que é frágil como um vaso de barro, enfrentamos constantemente a morte, somos constantemente expostos à violência e às perseguições. Jesus e Seus apóstolos sofreram com tudo isso; e nós também sofremos, porque somos Seus discípulos.
Mas isso não é sinônimo de derrota, mas sim, o caminho da vitória. Por quê? Porque enquanto morremos a cada dia por tudo que sofremos como discípulos de Jesus, outros são abençoados (para que também a sua vida se manifeste em nosso corpo).
Quando nós, discípulos, sofremos a serviço do Senhor, a vida Dele se manifesta em nossa carne mortal.
Em 2 Coríntios 1.8, o apóstolo Paulo relata à igreja a tribulação que lhe sobreveio na Ásia, que foi acima de suas forças, a ponto dele até desesperar da própria vida.
Naquela ocasião, se alguém perguntasse a ele: Você acha que vai viver ou morrer? Sem dúvida ele responderia: Vou morrer.
Paulo tinha consciência de que já tinha sobre si a sentença de morte.
Paulo tinha consciência que teria que ir até as últimas consequências para cumprir o seu chamado; e a última das consequências é a morte.
Paulo já tinha se conscientizado de que não podia confiar em si mesmo, mas somente em Deus que ressuscita os mortos.
Temos que nos conscientizar que Cristo vive em nós, e que Ele jamais nos desamparará, especialmente nos momentos de lutas e tribulações.
Porque eu, mediante a própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim. Gálatas 2.19,20
Hoje, há nos ministérios cristãos que ainda não se conscientizaram de seus próprios pecados, que dirá de morrer a serviço de Jesus.

11. Porque nós, que vivemos, somos sempre entregues à morte por causa de Jesus, para que também a vida de Jesus se manifeste em nossa carne mortal.
Esta é uma verdade difícil de entender e de aceitar, a de ser sempre entregue à morte por causa de Jesus.
Mas por que o cristão tem que sempre ser entregue à morte por causa de Jesus? … para que também a vida de Jesus se manifeste em sua carne mortal.
Geralmente consideramos trágicos os casos em que um servo do Senhor morre por causa de Jesus. No entanto, as Escrituras nos revelam que a morte de servos de Deus era frequente, e não uma exceção.
Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois co-participantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando. 1 Pedro 4.12,13
Portanto, não há nada de extraordinário no sofrimento e na morte de um cristão a serviço de Jesus.
De fato, irmãos, os primeiros discípulos de Jesus viviam em constante perigo por servirem a Jesus. E nós, vivemos em perigo por servirmos a Jesus?
Precisamos nos conscientizar que há vida na morte de um cristão.
Quando expomos a nossa vida à morte por causa de Jesus, igualmente a vida Dele se manifesta em nossa carne mortal.
É assim que a igreja é perseguida e afligida, no entanto, o Evangelho está sendo pregado e propagado, que é o que realmente importa.

12. De modo que, em nós, opera a morte, mas, em vós, a vida.
O Espírito Santo está dizendo aos coríntios que o Evangelho chegou até eles por causa de tudo o que Paulo sofreu, até perigo de morte, por ser servo de Jesus.
Paulo levava sempre em seu corpo o morrer de Jesus, para que também a vida de Cristo se manifestasse em seu corpo.
Foi o morrer de Cristo na vida de Paulo que operou vida aos coríntios (morrer por causa de Jesus – v.11).
Pelo fato de todo cristão ser coparticipante dos sofrimentos de Cristo (1 Pedro 4.13), isto é, na medida em que o cristão vive para servir a Cristo, consequentemente, ele também deve estar disposto a experimentar todos os sofrimentos e perseguições que Jesus passou e enfrentou, inclusive morrer por causa de Jesus.
Nossa tendência é sempre clamar ao Senhor para nos livrar quando sofremos e somos perseguidos. Mas deveríamos regozijar (alegria; prazer) quando sofremos por causa do nome de Jesus, como os apóstolos fizeram quando foram presos pelo Sinédrio; eles regozijaram por terem sido considerados dignos de sofrer afrontas por causa do nome de Jesus. Atos 5.41

Vv. 13 e 14. Tendo, porém, o mesmo espírito da fé, como está escrito: Eu cri; por isso, é que falei. Também nós cremos; por isso, também falamos, sabendo que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus também nos ressuscitará com Jesus e nos apresentará convosco.
Diante da fragilidade e fraqueza constantes em nós, que somos vasos de barro, qual, então, deve ser nossa atitude? A mesma do apóstolo Paulo.
Ele se deixou abater, desanimar e desesperar? De maneira nenhuma.
Foi a fé que lhe permitiu prosseguir com seu ministério.
O salmista creu no Senhor e suas palavras nasceram dessa fé. (Salmos 116.10: Eu cri; por isso, é que falei.). E Paulo se identifica com o salmista e diz: Também nós cremos; por isso, também falamos,…
As aflições e perseguições que Paulo sofreu na vida não fecharam seus lábios e nem o paralisaram.
Paulo não se deixou paralisar pelo perigo constante de morte, porque ele sabia que esta vida não é tudo.
Ele sabia e tinha certeza da ressurreição, pois disse: aquele que ressuscitou o Senhor Jesus também nos ressuscitará com Jesus e nos apresentará convosco.

15. Porque todas as coisas existem por amor de vós, para que a graça, multiplicando-se, torne abundantes as ações de graças por meio de muitos, para glória de Deus.
Paulo sabia que os seus sofrimentos (pelos coríntios) tinham dois resultados:
– Multiplicavam as bênçãos para os coríntios;
– Tornavam abundantes as ações de graças […] para glória de Deus.
Paulo sabia que, quanto mais ele sofresse por Jesus, mais a graça de Deus se tornava disponível a outros.
Quanto mais pessoas são salvas, mais ações de graças são oferecidas a Deus e, com isso, Deus é ainda mais glorificado.

16. Por isso, não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se corrompa [se desgaste], contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia.
Por que Paulo não desanimava? Porque sua disposição de suportar sofrimentos e perigos era motivada pela inabalável esperança da ressurreição.

17. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação,
É de se estranhar e difícil de entender de como o apóstolo Paulo foi capaz de chamar toda tribulação que passou de “leve e momentânea tribulação”.
Considerando apenas sua tribulação, realmente, não havia nela nada de leve. Mas quando comparada com o que ela produzia na vida dele, um eterno peso de glória, isto é, uma glória incomparável, de valor eterno, realmente, ela é leve e momentânea.

18. não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas.
Temos aqui duas visões: A natural, que atenta nas coisas que se veem; e a espiritual, que atenta nas coisas que se não veem.
A visão natural se dá pelo intelecto; a visão espiritual se dá pela fé.
Sem fugir do contexto, a visão natural atenta para a tribulação, já a visão espiritual, atenta para os benefícios eternos que a tribulação irá produzir na vida de muitas pessoas.
O Espírito Santo nos exorta a não atentarmos para as tribulações que passamos por servir a Cristo, mas para os benefícios eternos que elas irão produzir na vida de muitas pessoas.

A mensagem de hoje, para cada um de nós é: Jamais desanime.
Quanto a mim, estou sendo já oferecido por libação, e o tempo da minha partida é chegado. Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. 2 Timóteo 4.6,7
Assim como o apóstolo Paulo, combatamos também o bom combate, completemos a carreira e guardemos a fé.

Ao nosso Senhor seja a honra, o poder eterno, a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém.

Mensagem pregada por Paulo Durvanier Moreira Filho, pastor, live através do Facebook (https://www.facebook.com/aguiadecristo), na manhã do dia 14/06/2020 (domingo).

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