Graça e verdade.

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No texto de João 1.14-18, a palavra “graça” aparece quatro vezes, e a palavra “verdade” duas vezes. As duas vezes que a palavra “verdade” aparece é junta com a palavra “graça”; mas nestas duas vezes a palavra “graça” vem antes da palavra “verdade”, e isto não é por acaso.

E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a Sua glória, glória como do unigênito do Pai. João 1.14
Quando o Verbo – Jesus, o Filho de Deus – se fez carne, Ele habitou entre nós, cheio “de graça e de verdade”, mas primeiro a “graça” e depois a “verdade”.
Jesus e o Pai são um (João 10.30). Logo, o Pai é cheio de graça e de verdade.
Se Jesus se manifestasse apenas cheio de “verdade”, sim, conheceríamos a nossa verdadeira condição diante de Deus: de mortos em nossos próprios delitos, de pobres e miseráveis pecadores, de completamente perdidos nas trevas, de totalmente separados de Deus, de merecedores do inferno e da condenação eterna, sem nenhuma possibilidade de nos livrar de tão trágica e terrível condição. E por se tratar da verdade de Deus, convencer-nos-íamos dela, pois não haveria como nos justificar diante de Deus.
Foi nessas condições que Jesus, cheio de graça e de verdade, nos encontrou; mas ao invés de nos condenar como fazia a lei, antes, nos perdoou e nos salvou.
Se não houvesse graça estávamos perdidos, porque foi pela graça que fomos salvos e perdoados. Efésios 2.5,8

Por isso que, antes da “verdade”, Jesus nos mostrou a “graça”, o amor e a misericórdia de Deus. Não a “graça” sem a “verdade”, mas a “graça” com a “verdade”, mas primeiro a “graça” e depois a “verdade”.

Porque todos nós temos recebido da Sua plenitude e graça sobre graça. João 1.16
Não temos recebido do Senhor apenas uma parcela da Sua graça, mas a plenitude da Sua graça, a totalidade da Sua graça. Necessitamos da graça do Senhor todos os dias de nossas vidas: ontem, precisamos da Sua graça; hoje, precisamos da Sua graça; amanhã, precisaremos da Sua graça.

Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo. João 1.17
Não há como conhecer o pecado senão por intermédio da lei. Romanos 7.7
A lei exigia obediência dos homens e os condenava caso falhassem.
A lei revela o pecado, a condição do pecador e sua sentença: … o salário do pecado é a morte… Romanos 6.23
A lei é espiritual (Romanos 7.14), no entanto, ela não podia e nem pode salvar ninguém do pecado.
O Único que pode salvar o homem do pecado e da condenação eterna é Jesus, que se manifestou cheio de graça e de verdade.
Portanto, a única maneira se livrar do inferno e da condenação eterna é pela “graça” que está em Jesus, o Filho de Deus, o Verbo que se fez carne e habitou entre nós.

Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou. João 1.18
Realmente, ninguém jamais viu a Deus. Mas Jesus viu a Deus e O conhece, pois é Seu Pai. E Jesus, o Verbo cheio de graça e de verdade, nos revela o Pai.
Ninguém pode ir e estar diante de Deus senão por meio de Jesus. João 14.6
É por causa de Jesus, o Verbo que se manifestou, cheio de graça e de verdade, que podemos ir e estar na presença de Deus, nosso Pai, que é cheio de graça e de verdade.

O Evangelho de João relata o encontro de Jesus com seis pessoas distintas. E somente no Evangelho de João é que encontramos tais relatos. Seis pessoas que tiveram suas vidas transformadas após se encontrarem com Jesus. Suas vidas foram transformadas não porque mudaram de religião, mas porque tiveram um encontro com o Verbo que se fez carne – Jesus, o Filho de Deus – cheio de graça e de verdade. Todas elas experimentaram e receberam da plenitude da graça do Senhor e suas vidas nunca mais foram as mesmas.
Jesus é uma fonte inesgotável de graça. Não podemos viver um dia sequer sem Sua graça. Por isso, não importa o tamanho da nossa necessidade, sempre haverá graça suficiente em Jesus para nós. João 1.16: graça sobre graça.

Vamos ver, brevemente, em que condições essas seis pessoas encontraram-se com Jesus, e de como receberam da plenitude de Sua graça para suprirem suas necessidades.
O Espírito Santo encoraja a cada um de nós a se identificar com essas pessoas, pois são pessoas como nós, com problemas, necessidades, crises existenciais, rotinas, enfermidades, doenças, pecados etc.
Não foi em uma religião que as necessidades dessas pessoas foram supridas, mas em uma Pessoa, na Pessoa de Jesus, o Verbo que se manifestou cheio de graça e de verdade.

Jesus está por todo o mundo através do Seu Espírito. E temos plena convicção de que Ele está aqui por meio do Espírito Santo.
Todas as vezes que nos encontramos com Jesus as nossas necessidades são supridas.Todos nós somos salvos, pecadores remidos, mas a cada segundo de nossas vidas necessitamos da graça do Senhor.

Nicodemos. João 3.1-21
Mestre da lei. Reconheceu o ministério de Jesus.
Jesus o confronta com sua maior necessidade: Ele vivia no âmbito da carne e precisava nascer de novo, da água e do Espírito.
Não conhecia as coisas espirituais; seu conhecimento era intelectual e limitado.
Deus é Espírito, a Palavra de Deus é Espírito, e Nicodemos falhava não conseguindo acessar o Espírito da Palavra.
O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida. João 6.63
Somente em Jesus, cheio de graça e de verdade, é que nascemos de novo, da água e do Espírito.
Cuidado: Mesmo nascidos de novo, podemos ainda estar atuando no âmbito da carne, servindo ao Senhor na carne. De repente estamos buscando conhecer a vontade de Deus e servi-Lo, mas à nossa maneira, através dos meios do nosso “eu”. Se assim nos encontramos, precisamos então ir até Jesus, como fez Nicodemos, para receber da plenitude de Sua graça.
Nicodemos era um religioso, confia em si mesmo e necessitava de uma mudança radical em sua vida. E essa mudança aconteceu quando se encontrou com Jesus.

A mulher samaritana. João 4.1-30
Muito provavelmente essa mulher tinha uma vida difícil e desregrada e queria ser feliz no casamento. Tentou cinco vezes, mas não conseguiu.
Necessitava de afeto, ser amada, valorizada, mas não conseguiu. Tornou-se então uma mulher insatisfeita. Foi quando decidiu amasiar-se com um homem.
Jesus lhe mostra que o caminho que ela escolheu para satisfazer suas necessidades foi o errado, que ela estava bebendo da fonte errada. Esse era o problema dessa mulher.
Jesus lhe fala de Sua água; e a mulher pede que Ele lhe dê de Sua água para que nunca mais tenha sede.
Cuidado: A água do poço de Jacó representa também tudo aquilo que buscamos para satisfazer a nossa alma: Hobbies, jogatinas, prática esportivas, lazeres, viagens, internet: redes sociais, vícios etc. Todas essas “águas” não satisfazem plenamente.
Somente a água que Jesus dá é que pode saciar plenamente a nossa sede e satisfazer todas as nossas necessidades.

O paralitico do tanque de Betesda. João 5.1-18
Enfermo a trinta e oito anos.
Não tinha ninguém que o pusesse no tanque quando a água era agitada pelo anjo.
Todas as vezes que as águas se agitavam, suas esperanças de ser curado eram frustradas.
Em um dia de festa, Jesus chegou nesse tanque e lhe perguntou: Queres ser curado?
O paralitico conta sua situação para Jesus, após o que Jesus lhe diz: Levanta-te, toma o teu leito e anda.
Assim, a necessidade de 38 anos desse homem foi plenamente satisfeita por Jesus nesse encontro.
Cuidado: Esse tanque representa tudo o que buscamos para alcançar sucesso, mas que na realidade tem nos paralisado, impedindo-nos de avançar; também leis e regras que impomos a nós mesmos e que não conseguimos cumpri-las.
Hoje, há muitos filhos de Deus paralisados espiritualmente diante de tanques, esperando que alguém os ajude. Mas a graça de Deus não está em nenhum tanque, ela está em Jesus.

A mulher adúltera. João 8.1-11
Surpreendida no ato do adultério. Pela lei ela merecia ser apedrejada.
Foi levada pelos escribas e fariseus até Jesus.
O que ela encontrou primeiramente em Jesus: A verdade e depois a graça, ou a graça e depois a verdade? Primeiro a graça e depois a verdade.
Embora ela tivesse pecado, Jesus não se concentrou no pecado como os acusadores da mulher.
Jesus não faz exigências e não nos condena quando, arrependidos, chegamos até Ele com nossos pecados; antes, Ele nos recebe cheio de graça.
Já nos sentimos acusados pelos nossos pecados? Sim!
A mulher não disse nada; ela não se defendeu das acusações.
O pecador que chega aos pés de Jesus arrependido é perdoado de todos os seus pecados.
É pelo precioso sangue de Jesus que nossos pecados foram perdoados.
Em Jesus temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça… Efésios 1.7
Diante do Senhor Jesus, cheio de graça e de verdade, os acusadores desaparecem: Mulher, onde estão os teus acusadores? Ninguém te condenou?
É Jesus que se encarrega dos nossos acusadores, não nós.
Na presença do Senhor Jesus, cheio de graça e de verdade, os acusadores são constrangidos a se retirarem.
Cheio de graça, Jesus disse à mulher: Eu não te condeno.
Jesus não ocultou e nem ignorou o pecado da mulher, pois ela havia pecado, ela era pecadora, essa era a verdade a seu respeito.
Cheio de verdade, Jesus disse à mulher: Vai e não peques mais.
O Espírito Santo já nos convenceu que somos pecadores? Sim.
Vamos todos, então, aos pés de Jesus para recebermos de Sua graça e de Sua verdade.

O cego de nascença. João 9.1-41

Não nasceu cego por causa dos seus próprios pecados ou dos pecados de seus pais.
Jesus disse a ele: Vai, lava-te no tanque de Siloé [Enviado]. Ele foi, lavou-se e voltou vendo.
Sim, foi curado aquele que era cego e mendigava.
Conhecemos Jesus, nascemos de novo, mas muitos de nós vivemos como cegos pedindo esmolas, mendigando por um pouquinho de satisfação, de felicidades, afeto, carinho, luz, segurança etc.
Se o Senhor não nos abrir os olhos, continuaremos sendo cegos.
Esse cego foi interrogado pelos fariseus por várias vezes; sofreu muitas pressões e ameaças, inclusive sua família.
Por fim foi expulso da sinagoga. Por quê? Porque que à medida que ele ia sendo interrogado, cada vez mais se identifica com Jesus.

Lázaro. João 11.1-46
Amigo de Jesus. Morava em Betânia com suas irmãs, Marta e Maria.
Lázaro morreu. Mas depois de quatro dias Jesus o ressuscitou dentre os mortos.
Nós também, que amamos ao Senhor, necessitamos morrer para experimentarmos o poder da ressurreição do Senhor. Morrer para o mundo e para nós mesmos.

Sabe quem está aqui? Jesus, o Filho de Deus, o Cristo de Deus, o Verbo que se fez carne, que se manifestou, cheio de graça e de verdade. Ele está aqui, para nos tirar do âmbito da carne e do intelecto para vivermos no âmbito do Espírito; para ser a nossa única fonte de plena satisfação; para nos curar da nossa paralisia espiritual; para nos dar da plenitude de Sua graça, nos dizer a verdade e constranger nosso acusador; para abrir os nossos olhos espirituais; para nos ressuscitar para vivermos o poder de Sua ressurreição.

Obrigado Senhor.

Esta mensagem foi pregada por Paulo Durvanier Moreira Filho, pastor, no dia 10/03/2019 (domingo), às 9:00 horas, no MAC Vila Barros – Guarulhos – SP.

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