Disposição para servir.

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Atos 14.1-28

Os judeus perseguiram os apóstolos por toda parte. Em Icônio, por exemplo, a perseguição aos apóstolos foi tão grande que a cidade se dividiu: uns eram a favor dos judeus; outros, dos apóstolos. E nesta ocasião, grande foi o tumulto entre judeus e gentios, associado à intervenção das autoridades locais.
E mesmo sob extrema tensão e perseguição, Paulo e Barnabé demoraram-se em Icônio, falaram ousadamente no Senhor e também fizeram sinais e prodígios.
Precisamos nos santificar e nos encher cada vez do Espírito do Senhor, para que preguemos não apenas aos ouvidos (pregação da Palavra), mas também aos olhos (sinais).

Mas diante dessa situação os apóstolos agiram com prudência, fugiram para Listra e Derbe, cidades da Licaônia e circunvizinhança. Eles não desafiaram e nem enfrentaram aqueles que os perseguiram, tampouco desistiram da missão, apenas mudaram a rota.

O que os apóstolos fizeram assim que chegaram a Listra?
Continuaram a fazer a obra para a qual foram designados. E qual foi o resultado? A cura de um homem aleijado, paralítico de nascença. “Toda vez que o céu se manifesta, o inferno se enfurece”.
Irmãos, a missão é urgente e não pode esperar!

Por não conhecerem a verdade, as multidões de Listra passaram a oferecer sacrifícios e ofertas aos apóstolos. Obviamente, os apóstolos não aceitaram toda aquela adoração pagã, antes, aproveitaram a oportunidade para anunciar ainda mais o Evangelho da graça de Deus, para que daquelas práticas e coisas vãs eles se convertessem ao Deus vivo, único e verdadeiro.

Os judeus de Antioquia da Pisídia e de Icônio, que fizeram os apóstolos fugirem de suas cidades, os perseguiram até Listra, onde também instigaram as multidões contra os apóstolos.
É verdade que uma porta para a pregação do Evangelho foi aberta através da cura desse paralítico, mas também trouxe mais perseguição aos apóstolos, a ponto de Paulo ser apedrejado e arrastado para fora da cidade, dado como morto. Paulo não foi julgado e condenado, ele foi linchado.
Mas os discípulos rodearam a Paulo e ele foi restaurado milagrosamente.
No dia seguinte foram para a cidade de Derbe. Em seguida, os apóstolos decidiram voltar aos lugares onde anteriormente haviam sido perseguidos: Listra, e Icônio, e Antioquia.

Mas por que os apóstolos tomaram essa decisão? Ao menos pelos seguintes motivos:

  • Para fortalecer a alma dos discípulos, principalmente os neófitos.
    O Senhor sempre nos encoraja a viver a vida cristã na sociedade hostil e pagã na qual vivemos.
  • Para exortar os discípulos a permanecerem firmes na fé, sem vacilar, diante das lutas, das perseguições, dos ataques do inimigo, da morte etc.
  • Para mostrar aos discípulos que a vida cristã não é como muitos imaginam: um mar de rosas ou uma colônia de férias, onde não há tribulações, lutas e perseguições; tampouco uma redoma de vidro que livra 24 horas de tribulações, lutas e perseguições.
  • Promover, em cada igreja local, a eleição de presbíteros.
    Toda igreja local precisa de um pastor, que deve ensinar a verdade e proteger o rebanho dos lobos (aqueles que ensinam mentiras, enganos, falácias). Conforme Efésios 4.11, é Deus Quem concede ministros à igreja.

Então viajaram de volta a Panfília, através da Pisídia, pregaram outra vez em Perge, e prosseguiram para Atália. Finalmente voltaram de navio para Antioquia, onde a viagem deles tinha começado, e onde tinham sido consagrados a Deus para a obra que agora estava terminada. Ao chegar, eles convocaram a igreja e deram um relatório da viagem, contando como Deus tinha aberto a porta da fé também aos das outras nações. E permaneceram lá, com os crentes de Antioquia, durante um longo tempo. Atos 14.24-28 (Bíblia Viva)

Irmãos, sei que não tem sido fácil para o ministério alcançar, discipular e enviar novos discípulos. Por isso, nesta manhã, o Espírito nos exorta a jamais negligenciarmos o primeiro ministério que o Senhor nos confiou, o ministério da reconciliação. 2 Coríntios 5.19
Quem mais pode, senão a Igreja, reconciliar o mundo com Deus? E nós somos a Igreja.
É sempre bom lembrar que cumprimos a missão onde quer que os nossos pés estejam.

Será que sabemos realmente o que é sofrer e ser perseguido por causa de Jesus e do Evangelho? Pergunto isto porque pequeninas coisas e situações corriqueiras têm feito muitos crentes pararem, e até mesmo desistirem da missão.
Sinceramente, me sinto constrangido quando comparo o que tenho passado para cumprir o meu chamado em Deus, com tudo aquilo que Jesus e Seus primeiros discípulos passaram.
Porque vos foi concedida a graça de padecerdes por Cristo e não somente de crerdes nele, pois tendes o mesmo combate que vistes em mim e, ainda agora, ouvis que é o meu. Filipenses 1.29,30
A graça de também sofrer por Cristo foi concedida a todos aqueles que creem Nele.
Porque todos os que creem em Jesus, em todas as épocas, passam pelos mesmos combates pelos quais os primeiros discípulos passaram.

Por que não temos sido efetivos no alcançar, no discipular e no enviar novos discípulos? Será que é porque não temos tido a mesma disposição que havia, por exemplo, em Paulo e Barnabé, que inteiramente se empenharam e se gastaram em prol do ministério que receberam do Senhor?
Irmãos, se no ministério estamos sendo vencidos por pequeninas coisas e situações corriqueiras da nossa vida, o que será se tivermos que morrer por Cristo?
Por exemplo: Se não consigo vencer coisas pequenas e situações corriqueiras que têm me impedido de ir às celebrações aos domingos e na célula, o que será de mim se tiver que morrer pelo meu Senhor?

A mensagem de hoje é para refletirmos sobre o ministério da reconciliação que o Senhor nos confiou; mas também se estamos aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus, purificando-nos de toda impureza, tanto da carne como do espírito. 2 Coríntios 7.1

Assim como os discípulos foram exortados na cidade de Listra, hoje, igualmente:

  • Somos exortados pelo Senhor a permanecermos firmes na fé em Jesus, sem vacilar, diante de toda e qualquer situação.
    Porque vivemos em uma sociedade pagã, hostil, egoísta, mundana e corrupta.
    Porque a vida cristã não é um “mar de rosas” ou uma colônia de férias, onde não há tribulações, lutas e perseguições; também não é ociosa, onde não há nenhum trabalho a realizar; tampouco uma redoma de vidro que livra a gente, 24 horas por dia, de toda e qualquer situação adversa.
  • Somos exortados pelo Senhor a jamais negligenciarmos o ministério da reconciliação, que o Senhor nos confiou para reconciliarmos o mundo com Deus.
  • Somos exortados pelo Senhor a aperfeiçoarmos a nossa santidade no temor de Deus, purificando-nos de toda impureza, tanto da carne como do espírito.

Assim como Paulo e Barnabé, nós também, através do ministério, fomos recomendados à graça de Deus para a obra que havemos de cumprir: Alcançar, discipular e enviar.

Obrigado Senhor!

Esta mensagem foi pregada por Paulo Durvanier Moreira Filho, pastor, no dia 24/11/2019 (domingo), às 9:00 horas, no MAC Vila Barros – Guarulhos – SP.

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1 Comentário

  1. Marvio de Paula Pinto disse:

    Muito bom esse estudo, que Deus continue de usando.