A Ceia do Senhor e Sua morte.
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O apóstolo Paulo recebeu por revelação do Senhor a realidade espiritual da Ceia do Senhor e a entregou à igreja em Corinto. E hoje, o Espírito do Senhor continua ensinando à igreja a respeito desta tão preciosa e importante revelação, pois ainda temos muito que aprender sobre ela. Aprendermos sobre a realidade espiritual que está ligada à Mesa do Senhor e trazê-la para o nosso viver diário como Igreja.
Vamos aprender, então, um pouco mais sobre a realidade espiritual da Mesa do Senhor.
Vamos iniciar colocando nossa atenção no seguinte versículo: 1 Coríntios 11.26: Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que Ele venha.
Quero propor uma questão? Em breves palavras, o que aconteceu depois da morte de Jesus e antes que Ele venha? Jesus foi sepultado; ao terceiro dia Ele ressuscitou dentre os mortos; Ele se apresentou vivo aparecendo aos discípulos durante quarenta dias; Ele subiu ao céu; Ele foi recebido na glória; Ele está assentado à direita da Majestade, nas alturas.
Este versículo é tão maravilhoso, pois trata da morte e sepultamento de Jesus, de Sua ressurreição e Sua ascensão ao céu, de Sua glorificação junto ao Pai e de Sua volta gloriosa.
O que temos que fazer todas as vezes que comermos do pão e bebermos do cálice que estão sobre a Mesa do Senhor? Anunciar a morte do Senhor, até que Ele venha.
Estamos uma vez mais, reunidos neste mesmo lugar, ao redor da Mesa do nosso Senhor, para anunciar a morte do Senhor, até que Ele venha.
Vamos fazer o que o Senhor ordenou, vamos falar de Sua morte.
Mas como Jesus, sendo Deus, pôde morrer?
Um espírito não pode morrer. Somente o que é verdadeiramente carne é que pode morrer.
Está escrito: E o Verbo [Jesus] se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai. João 1.14
Jesus, que é Deus, morreu porque Ele se fez carne, isto é, Ele assumiu a natureza e a forma humana.
Jesus, o Verbo, assumiu um corpo humano, uma carne humana. Por isso que a morte do Senhor é tão significativa.
Para sermos salvos seria necessário um Mediador que fosse 100% humano como nós, e Jesus foi 100% humano, mas Ele também era 100% Deus.
Quando Jesus se fez carne, Ele não deixou de ser o que sempre foi: Deus. Mas Ele passou a ter também uma natureza que, até então, nunca havia tido, a humana. Ele continuou sendo 100% Deus, mas também passou a ser 100% homem.
Se o nosso Salvador não pudesse morrer também não poderia nos salvar e nem nos justificar diante de Deus.
A morte de Jesus não é uma hipótese, tampouco balela, lorota, conto da carochinha ou fake news. Ele realmente morreu como todo ser humano morre. E a Mesa do Senhor testifica de Sua morte.
“Anunciar a morte do Senhor, até que Ele venha” é dar testemunho da morte de Jesus; é proclamar publicamente com entusiasmo e enfaticamente a morte de Jesus; é repetir a mensagem da morte que Jesus sofreu e morreu por nós, pobres e miseráveis pecadores.
A morte do Senhor não é um símbolo, mas uma realidade espiritual.
Quando celebramos a Ceia do Senhor, anunciamos a Sua morte; não só isso, mas também tocamos a realidade espiritual de Sua morte por nós, porque foi por todos nós, pecadores, que Jesus morreu.
A ressurreição de Jesus e Sua volta, como vimos, estão implícitas no texto de 1 Coríntios 11.26. Jesus voltará porque Ele ressuscitou dentre os mortos. Se Jesus não tivesse ressuscitado nós também não seríamos salvos, tampouco justificados diante de Deus se a morte O tivesse retido.
Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus. Romanos 3.23
Porque o salário do pecado é a morte. Romanos 6.23a
Se a Palavra de Deus afirma que todos pecaram, então, eu e você também pecamos. Se a Palavra de Deus afirma também que a recompensa do pecado é a morte, então, eu e você temos que morrer, pois ofendemos a Deus com o nosso pecado.
Mas o Evangelho que temos recebido do Senhor e no qual temos perseverado afirma:
Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. 1 Coríntios 15.3,4
Por esse Evangelho é que somos salvos, isto é, se retivermos [apegarmos] a Palavra tal como ela nos foi pregada, a menos que tenhamos crido em vão. 1 Coríntios 15.2
O Espírito Santo chama a nossa atenção para o “crer em vão” de 1 Coríntios 15.2.
Crer em vão é uma fé inútil, sem realidade espiritual e que não serve para nada. Hebreus 4.2
Crer em vão, na prática, é conhecer e aceitar os fatos a respeito da Pessoa e Obra do Senhor Jesus, mas não confessá-Lo como Senhor e Salvador pessoal, não ter comunhão pessoal com Ele, não tocá-Lo espiritualmente, não tocar no eterno propósito e benefícios da obra que Ele consumou quando morreu na cruz.
Crer em vão é apenas um convencimento intelectual, mas não uma conversão de coração. Não existe fé intelectual.
O Evangelho anunciado pelos apóstolos no qual cremos e perseveramos (Atos 2.42), não deixa nenhuma dúvida de que Jesus morreu na cruz pelos nossos pecados.
- Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Isaías 53.5
- Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. 1 Coríntios 15.3,4
- Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus. 2 Coríntios 5.21
- O qual se entregou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste mundo perverso, segundo a vontade de nosso Deus e Pai. Gálatas 1.4
- Carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados. 1 Pedro 2.24
- Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito. 1 Pedro 3.18
- E ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro. 1 João 2.2. Propiciação: Ato para aplacar a ira de Deus, de modo a satisfazer a Sua santidade e a Sua justiça, tendo como resultado o perdão do pecado e a restauração do pecador à comunhão com Deus.
Saiba que nada acontecerá do que está escrito nos versículos que acabamos de ler. Sabe por quê Porque já aconteceu, pois tudo já foi consumado quando Jesus morreu na cruz.
- Eu te glorifiquei na terra, consumando a obra que me confiaste para fazer. João 17.4
- Quando, pois, Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado! E, inclinando a cabeça, rendeu o espírito. João 19.30
Quando comermos do pão e bebermos do cálice estaremos tocando e acessando toda a realidade espiritual contida na Mesa do Senhor. Mas só há uma maneira de tocarmos toda esta realidade espiritual: PELA FÉ. E todas as vezes que a tocamos pela fé, vivenciamos e usufruímos todos os benefícios da morte de Jesus por nós.
Breve exemplo de tocar e acessar pela fé realidades espirituais:
Por que as famílias dos hebreus passaram o sangue de um cordeiro em ambas as ombreiras e vergas da porta de suas casas? Porque a Palavra que Deus lhes falou encontrou lugar no coração daqueles que nela creram e, pela fé, a obedeceram. Por que pela fé? Porque Deus ainda não tinha feito o que disse que faria, que era ferir todos primogênitos do Egito.
Será que os primogênitos dos hebreus foram salvos porque havia poder no sangue de um cordeiro? Não! O poder estava em Deus e em Sua Palavra que eles, pela fé, obedeceram.
É claro que este cordeiro representa o nosso Senhor Jesus Cristo.
Mas a salvação dos primogênitos, naquele momento, foi a realidade espiritual do que Deus havia falado ao Seu povo. E a família que pela fé creu na Palavra de Deus, tocou nesta realidade espiritual, antes mesmo dela acontecer, e recebeu a salvação de seu primogênito.
Todos aqueles que participam da Mesa do Senhor e tocam pela fé em sua realidade espiritual, recebem todas as bênçãos e benefícios que nela estão contidos.
Obrigado Senhor.
Esta mensagem foi pregada por Paulo Durvanier Moreira Filho, pastor, no dia 03/02/2019 (domingo), às 9:00 horas, no MAC Vila Barros – Guarulhos – SP.
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