O Descendente de Abraão – Parte 1
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Gálatas 3.16: Ora, as promessas foram feitas a Abraão e ao seu descendente. Não diz: E aos descendentes, como se falando de muitos, porém como de um só: E ao teu descendente, que é Cristo.
O Descendente de Abraão, tema desta mensagem, a quem o apóstolo Paulo se refere é o nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. Portanto, a promessa de Deus foi feita a Abraão e a Jesus Cristo.
João 1.17: Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo.
A lei a que João se refere não foi dada aos gentios, mas aos judeus, e era o código de conduta, tanto religiosa quanto social, de toda a nação de Israel. Romanos 3.2
A lei de Moisés foi promulgada para a nação de Israel. Romanos 9.3,4. E esta lei se refere à Velha Aliança.
Mas a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo; e esta graça se refere à Nova Aliança.
Mas como a promessa de Deus feita a Abraão e ao seu Descendente chega até nós, que somos gentios? Encontramos a resposta a esta pergunta meditando nas cartas de Paulo. Antes de meditá-las, é preciso entender algo.
O apóstolo Paulo era um legítimo judeu da tribo de Benjamim. Ele era um doutor da lei. Quanto à lei, fariseu; quanto à justiça que há na lei, irrepreensível; etc. Filipenses 3.5,6
Mas quando Deus revelou Seu Filho em Paulo, ele morreu para a lei e passou a viver para Deus, pela fé em Jesus, para pregar Jesus entre os gentios. Gálatas 1.16; 2.19,20
Embora judeu, Paulo foi o apóstolo e mestre dos gentios, não para ensiná-los a lei, mas a graça e a verdade manifestadas em Cristo, o Descendente de Abraão. Romanos 11.13; 1 Timóteo 2.7; João 1.14
E uma das questões sérias que os apóstolos tiveram que esclarecer no início da igreja foi justamente acerca da conversão dos gentios. Atos 10.1-48; 11.1-18; 15.1-35
Gálatas 3.6-17: 6 É o caso de Abraão, que creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça. 7 Sabei, pois, que os da fé é que são filhos de Abraão. 8 Ora, tendo a Escritura previsto que Deus justificaria pela fé os gentios, preanunciou o evangelho a Abraão: Em ti, serão abençoados todos os povos. 9 De modo que os da fé são abençoados com o crente Abraão. 10 Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las. 11 E é evidente que, pela lei, ninguém é justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé. 12 Ora, a lei não procede de fé, mas: Aquele que observar os seus preceitos por eles viverá. 13 Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro), 14 para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que recebêssemos, pela fé, o Espírito prometido. 15 Irmãos, falo como homem. Ainda que uma aliança seja meramente humana, uma vez ratificada, ninguém a revoga ou lhe acrescenta alguma coisa. 16 Ora, as promessas foram feitas a Abraão e ao seu descendente. Não diz: E aos descendentes, como se falando de muitos, porém como de um só: E ao teu descendente, que é Cristo. 17 E digo isto: uma aliança já anteriormente confirmada por Deus, a lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não a pode ab-rogar [invalidar; anular], de forma que venha a desfazer a promessa.
Observar a lei não é viver pela fé, porque a lei não procede de fé.
A promessa de Deus a Abraão não estava na lei, mas em seu Descendente, que é Cristo. Todo aquele que, mediante sua fé em Jesus Cristo, é salvo e justificado diante de Deus.
Em Abraão, nós, gentios, também fomos incluídos nesta promessa de Deus. Porque todas as promessas que Deus havia feito a Abraão se cumpriram em Cristo.
Sem Cristo, nenhum gentio tinha Deus no mundo e participação em Suas promessas.
Efésios 2.11-13: 11 Portanto, lembrai-vos de que, outrora, vós, gentios na carne, chamados incircuncisão por aqueles que se intitulam circuncisos, na carne, por mãos humanas, 12 naquele tempo, estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo. 13 Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo.
Qual era, então, o propósito da lei?
Gálatas 3.19-29: 19 Qual, pois, a razão de ser da lei? Foi adicionada por causa das transgressões, até que viesse o descendente a quem se fez a promessa, e foi promulgada por meio de anjos, pela mão de um mediador. 20 Ora, o mediador não é de um, mas Deus é um. 21 É, porventura, a lei contrária às promessas de Deus? De modo nenhum! Porque, se fosse promulgada uma lei que pudesse dar vida, a justiça, na verdade, seria procedente de lei. 22 Mas a Escritura encerrou tudo sob o pecado, para que, mediante a fé em Jesus Cristo, fosse a promessa concedida aos que creem. 23 Mas, antes que viesse a fé, estávamos sob a tutela da lei e nela encerrados, para essa fé que, de futuro, haveria de revelar-se. 24 De maneira que a lei nos serviu de aio [pedagogo, educador, instrutor, mestre, tutor] para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé. 25 Mas, tendo vindo a fé, já não permanecemos subordinados ao aio. 26 Pois todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus; 27 porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes. 28 Dessarte [deste modo], não pode haver judeu nem grego [gentio]; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. 29 E, se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa.
Não há nenhum problema e nada de errado com a lei, pois ela é santa; e o mandamento, santo, e justo, e bom. Romanos 7.12. O problema está naqueles que transgridem a lei.
O que acontece quando se mistura lei com graça? Um gravíssimo problema.
Gálatas 5.9: Um pouco de fermento leveda toda a massa.
Fermento, nas Escrituras, é símbolo comum para o mal.
Este versículo, no contexto em que se encontra, em outras palavras, quer dizer o seguinte: Um pouquinho de lei na graça afetará toda a graça, porque conduzirá a mais erros ainda.
Qual de nós aqui já não foi fascinado a agradar a Deus realizando alguma obra da lei? Acredito que por falta de revelação todos nós já fizemos isso. Mas não é este o caminho da graça.
Mas foi o que aconteceu entre os gálatas quando a lei foi colocada entre eles, que eram gentios como nós.
Gálatas 3.1-5: 1 Ó gálatas insensatos! Quem vos fascinou a vós outros, ante cujos olhos foi Jesus Cristo exposto como crucificado? 2 Quero apenas saber isto de vós: recebestes o Espírito pelas obras da lei ou pela pregação da fé? 3 Sois assim insensatos que, tendo começado no Espírito, estejais, agora, vos aperfeiçoando na carne? 4 Terá sido em vão que tantas coisas sofrestes? Se, na verdade, foram em vão. 5 Aquele, pois, que vos concede o Espírito e que opera milagres entre vós, porventura, o faz pelas obras da lei ou pela pregação da fé?
Fascinações são coisas que atraem, encantam, deslumbram e enfeitiçam.
Obras da lei, pelas quais ninguém será justificado diante de Deus (Romanos 3.20), estavam fascinando os gálatas a ponto de se desviarem da cruz de Cristo e do caminho da graça.
O que aconteceu com os gálatas será que também pode acontecer conosco? Será que praticamos alguma obra relacionada à lei, por menor e simples que seja? Embora na graça, por vezes somos persuadidos a nos justificar na lei.
O que acontece quando procuramos nos justificar na lei?
Gálatas 3.10: Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque está escrito: maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las.
Gálatas 5.4: De Cristo vos desligastes, vós que procurais justificar-vos na lei; da graça decaístes.
Gálatas 5.8: Esta persuasão [convencimento] não vem daquele que vos chama.
A lei nos torna maldito quando não cumprimos tudo o que nela está prescrito.
A graça veio para nos resgatar desta maldição.
Gálatas 4.4,5: … 4 vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, 5 para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos.
O Evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego [gentio]. Romanos 1.16
Como a lei é tratada na Nova Aliança?
Romanos 7.6: Caducidade da letra; velhice da letra.
Hebreus 8.13: Antiquada; envelhecida; velha; gasta.
A letra mata, mas o Espírito vivifica. 2 Coríntios 3.6
Continua…
Esta mensagem foi pregada por Paulo Durvanier Moreira Filho, pastor, no dia 23/06/2019 (domingo), às 9:00 horas, no MAC Vila Barros – Guarulhos – SP.
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