O ministério inútil.

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Mateus 7.15-23

A Bíblia Sagrada, que é a Palavra de Deus, não é um livro comum, porque toda Ela foi soprada, isto é, inspirada por Deus.
Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra. 2 Timóteo 3.16,17
Qual a utilidade de toda a Escritura? Ensinar, repreender, corrigir e educar na justiça.
Para qual finalidade? Para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.
Nossa responsabilidade como homens e mulheres de Deus é ler, meditar, ouvir e reter a Palavra de Deus, todos os dias, para que Ela nos ensine, nos repreenda, nos corrija e nos eduque na justiça de Deus, para que sejamos capacitados e perfeitamente habilitados para toda boa obra.
Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. 2 Timóteo 2.15

Por ser toda a Bíblia soprada, isto é, inspirada por Deus, não se pode lê-la de qualquer maneira, pois se assim for não será plenamente útil ao que a lê.
Por isso, deve-se orar antes de ler e meditar as Sagradas Escrituras. Para isto, podemos tomar como exemplo a oração que Paulo fez aos efésios. Efésios 1.15-23
Contextualizando: Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, Pai da glória, concede-me espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento de Ti. Ilumine os olhos do meu coração para que eu saiba qual é a real esperança do meu chamado, quais são as riquezas da glória da Tua herança nos santos e a incomparável grandeza do Teu poder para comigo, que creio em Ti, conforme a eficácia da força do Teu poder o qual agiu em Cristo, ressuscitando-O dentre os mortos e fazendo-O sentar à Tua direita nos lugares celestiais.
Devo orar assim também por todos os meus irmãos.

Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração. Colossenses 3.16
Somos habitação da Palavra de Cristo. Somos como um depósito que recebe e guarda a Palavra de Deus. Como está este depósito em nós, cheio ou vazio?
Não poderemos nos instruir e nos aconselhar mutuamente se não tivermos em nós, habitando ricamente, a Palavra de Cristo. Mas como serão nossos ensinos e aconselhamentos caso esteja vazio o depósito da Palavra de Cristo em nós? Terão como base as coisas próprias da natureza humana: orgulho, justiça própria, mente meritória, autoconfiança etc.

Como vimos em 2 Timóteo 3.17, a finalidade das Escrituras é para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra. Boa obra é ministério.
Você se sente realizado e satisfeito em seu ministério?
Mas será que ministério pode realizar e satisfazer alguém? Não, não pode! Somente em Cristo Jesus é que plenamente nos realizamos e nos satisfazemos.
Fomos chamados para sermos filhos de Deus e ter com Ele um relacionamento pessoal e íntimo. É através deste relacionamento pessoal e íntimo com o Senhor que plenamente nos realizamos e nos satisfazemos.

Mas o que é ministério? Ministério é serviço, e serviço é servir.
Ministério, então, é tudo o que flui (que emana) de um relacionamento pessoal e íntimo com Deus. Qualquer coisa que fizermos que não flua deste relacionamento, por mais benéfica que seja, não é ministério, pois para Deus será uma obra morta e sem valor.

O ministério inútil: Os falsos profetas, ou se preferir, os lobos roubadores, são aqueles que, segundo Jesus, O chamam de Senhor, profetizam em nome Dele, em nome Dele também expelem demônios e fazem muitos milagres, no entanto, Jesus não os conhece. Este é o ministério inútil.
Por que Jesus não os conhece? Porque os tais não têm um relacionamento pessoal e íntimo com Jesus. Por isso, todas as coisas que fazem, ainda que seja em nome do Senhor, são obras mortas e sem valor, porque não é Jesus que realizava as obras pelas quais os tais tanto se gabam diante do Senhor. Mateus 7.15-23
Ministério é tudo o que flui de um relacionamento pessoal e íntimo com Deus. Este relacionamento nos torna cada vez mais conforme à imagem de Jesus.

Princípio espiritual: O verdadeiro e genuíno ministério, a verdadeira e genuína boa obra, conforme 2 Timóteo 3.17, é aquele feito em Deus, por Deus e para Deus. Porque Dele, e por meio Dele, e para Ele são todas as coisas. A Ele, pois, a glória eternamente. Amém! Romano 11.36
Tudo que fizermos para Deus tem que vir Dele, tem que ser feito por meio Dele e tem que ser para Ele; caso contrário, será uma obra morta e sem valor nenhum diante Dele.
Só há uma maneira de nossas obras não serem mortas e sem valor diante de Deus, se elas fluírem de um relacionamento pessoal e íntimo com Ele. Este relacionamento implica em renúncias.

O apóstolo Paulo fazia tudo pelo Evangelho, obviamente, tudo o que é correto; e também tudo suportava por causa dos eleitos (1 Coríntios 9.23; 2 Timóteo 2.10). Por isso, foi preso algumas vezes e ficou encarcerado por vários anos.
Paulo sofria algemado como um malfeitor, mas ele discernia que nenhuma cadeia, por mais segura e forte que fosse aos olhos humanos, jamais poderia prender a Palavra de Deus que nele habitava ricamente. 2 Timóteo 2.9
Paulo escreveu 13 cartas, 4 delas na prisão: Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom. Esta é uma prova de que ele discernia este principio espiritual.
Nenhum cristão é empregado de Deus, e sim, filho de Deus. E sendo filho tem com Deus um relacionamento pessoal e íntimo, um relacionamento de Pai e filho.

Embora preso fisicamente, o ministério de Paulo não foi interrompido. Porque ministério é tudo o que flui de um relacionamento pessoal e íntimo com Deus, independentemente da condição em que se vive e está.
Paulo ficou encarcerado por vários anos por causa do Evangelho. Mas o que ele fazia quando estava preso? O que todos nós deveríamos fazer: Organizar, ajustar e adequar a vida ao chamado de Deus. Mesmo preso, ele não deixou de cumprir o seu chamado.
Organizar, ajustar e adequar o chamado à vida que queremos continuar levando é enganar-se a si mesmo e os outros, ou seja, ministérios inúteis anunciando ao mundo o “evangelho” das conveniências da alma, não do espírito.

Nada, absolutamente nada, prevalece sobre um ministério que flui de um relacionamento pessoal e íntimo com Deus.
Hoje, infelizmente, circunstâncias tão insignificantes têm prevalecido sobre o chamado de muitos crentes, que os paralisam a ponto até de desistirem do ministério.
Precisamos discernir este princípio espiritual e organizar, ajustar e adequar nossa vida ao chamado de Deus. Se não discernirmos este princípio, nos sentiremos inúteis, esgotados e insatisfeitos, realizando obras e mais obras que não são para Deus, ou seja, realizando obras por um ministério inútil.
É preciso ajustar o foco em relação a ministério.
Precisamos aprender a ser servo como o nosso Senhor foi.

Obrigado Senhor!

Esta mensagem foi pregada por Paulo Durvanier Moreira Filho, pastor, no dia 12/05/2019 (domingo), às 9:00 horas, no MAC Vila Barros – Guarulhos – SP.

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