Jesus come com pecadores.

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Marcos 2.13-17

13 De novo, saiu Jesus para junto do mar, e toda a multidão vinha ao seu encontro, e ele os ensinava.
14 Quando ia passando, viu a Levi, filho de Alfeu, sentado na coletoria e disse-lhe: Segue-me! Ele se levantou e o seguiu.
Levi, que é Mateus, estava trabalhando quando Jesus o encontrou e o chamou.
Mateus era um publicano, isto é, um judeu cujo trabalho era cobrar impostos do povo para o império romano. Por isso, assim como todo publicano, ele era odiado intensamente e desprezado pelo povo por sua desonestidade, opressão e, principalmente, por servir aos interesses do Império Romano. Nota: Zaqueu era o chefe dos publicanos. Lucas 19.2
Quando Mateus ouviu Jesus dizer-lhe SEGUE-ME, com surpreendente prontidão ele se levantou, deixou tudo e O seguiu.
Ele deixou um trabalho tradicionalmente desonesto para se tornar de imediato um discípulo de Jesus.
Imediatamente ele deixou tudo o que até então havia conquistado de maneira ilícita, mas encontrou o único Caminho para todo pecador: O Senhor e Salvador Jesus Cristo.
O Senhor concedeu a Mateus a honra de escrever um dos Evangelhos que leva seu nome.
Vale a pena ouvir o chamado de Jesus e segui-Lo.

15 Achando-se Jesus à mesa na casa de Levi, estavam juntamente com ele e com seus discípulos muitos publicanos e pecadores; porque estes eram em grande número e também o seguiam.
Mateus então ofereceu a Jesus um grande banquete em sua casa (Lucas 5.29). Provavelmente por pelo menos três motivos: Honrar ao Senhor; testemunhar publicamente sua conversão; e, apresentar seus familiares e amigos a Jesus.
Portanto, estavam à mesa com Jesus os Seus discípulos, Mateus e sua família, e muitos publicanos e pecadores que também seguiam a Jesus.

16 Os escribas dos fariseus, vendo-o comer em companhia dos pecadores e publicanos, perguntavam aos discípulos dele: Por que come [e bebe] ele com os publicanos e pecadores?
Os escribas e os fariseus tentaram de todas as formas apanharem Jesus em alguma palavra ou falha. Aqui temos uma dessas tentativas.
Com o intuito de também abalar a fé dos discípulos, ao invés de perguntarem diretamente para Jesus, os escribas dos fariseus foram até os discípulos e perguntaram-lhes: Por que come [e bebe] ele com os publicanos e pecadores? Os discípulos nada responderam a esta pergunta.
O que eles queriam mesmo era acabar com a reputação de Jesus, chamando-O de glutão, beberão e amigo de pecadores.

17 Tendo Jesus ouvido isto, respondeu-lhes: Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes; não vim chamar justos, e sim pecadores.
O chamado de Jesus é eficaz apenas para os que se reconhecem pecadores.
Aproximavam-se de Jesus todos os publicanos e pecadores para o ouvir. E murmuravam os fariseus e os escribas, dizendo: Este recebe pecadores e come com eles. Lucas 15.1,2
Os escribas e fariseus associavam-se somente com pessoas que se consideravam justas como eles, pois não se achavam pecadores. Para eles os pecadores eram Jesus e todos os que com Ele andavam, comiam, bebiam e se associavam.
Na verdade os escribas e fariseus estavam muito mais doentes espiritualmente, por exemplo, do que os publicanos.
Já os publicanos e pecadores estavam dispostos a reconhecer sua verdadeira condição e procurar a graça salvadora de Cristo. Eles reconheceram que eram pecadores e que precisavam ser salvos de seus pecados.

Na casa de Mateus Jesus realmente comeu e bebeu com pecadores. Mas se Ele tivesse comido e bebido com os escribas e fariseus, também estaria comendo e bebendo com pecadores. Se realmente fosse certo Jesus não comer e beber com pecadores, então Ele sempre teria que comer e beber sozinho.
É óbvio que Jesus, o Salvador do mundo, teria que estar com os pecadores, pois para salvá-los é que Ele foi enviado. João 3.16,17
Mateus 18.11: [Porque o Filho do Homem veio salvar o que estava perdido.]

Jesus não se isolou do mundo e das pessoas, tampouco ensinou Seus discípulos a fazerem isso.
Alcançar os pecadores perdidos, salvá-los do pecado e da condenação eterna, estar com eles para ensiná-los, exortá-los, edifica-los, repreendê-los, consolá-los, abençoá-los etc., tais atos estavam perfeitamente alinhadas com o propósito da vinda do Filho de Deus ao mundo.
Nossa missão como Igreja é alcançar todos os pecadores não salvos do mundo, e agir com eles da mesma maneira que o nosso Senhor agiu nos dias da Sua carne.

Assim como Jesus, temos que nos tornar amigos dos pecadores não salvos para apresentá-los ao nosso Senhor e Salvador sem, contudo, permitir que esta amizade comprometa nossa santidade e a vocação para a qual fomos chamados.
Jesus comeu e bebeu com pecadores, mas nunca comprometeu Sua santidade, Seu testemunho e Sua missão.
Esta nossa amizade com os pecadores não salvos, em princípio, é para que eles sejam alcançados pela graça de Deus e libertos pela verdade.
Nós somos o sal da terra e a luz do mundo (Mateus 5.13,14), mas sal fora do saleiro e luz nas trevas.

Havia em Israel todos os tipos de acepção de pessoas, de preconceitos, de discriminações, de intolerâncias, de ódios, de desprezos, de indiferenças etc.; mas Jesus, com a graça, o amor, a verdade, a bondade e a misericórdia, aniquilou todos eles.
Por exemplo: Os judeus odiavam os samaritanos. Um dos motivos era pelo fato dos samaritanos serem mestiços, de descendência judaica e pagã. E Jesus aniquilou este preconceito e ódio quando conversou com uma mulher samaritana no poço de Jacó. João 4.1-30

Hoje também há todos os tipos de acepção de pessoas, de preconceitos, de discriminações, de intolerâncias, de ódios, de desprezos, de indiferenças etc.
Irmãos, tais sentimentos e atitudes são completamente alheios ao exemplo de Jesus e ao Evangelho, e constituem uma negação prática da fé no Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória.
Quando fazemos acepção de pessoas é porque nos achamos melhores do que elas, e nos tornamos juízes tomados de perversos pensamentos. Tiago 2.4
Muitas pessoas que de alguma forma foram discriminadas e desprezadas pelo povo, pelos sacerdotes e pelos romanos, Jesus as alcançou e as recebeu, e manifestou a elas o Seu amor, Sua graça, Sua bondade e Sua misericórdia, e as libertou do pecado e da condenação eterna.
Por isso: Meus irmãos, não tenhais a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas. Tiago 2.1.
Como devemos agir com pessoas que sofrem preconceitos e que são desprezadas, discriminadas e odiadas? Devemos agir como Jesus agiu.

O chamado que o Senhor nos fez, o ministério, a missão e a visão que Ele nos confiou, têm que arder os nossos corações e ser a razão de nossas vidas; quando assim é, todas as outras coisas são secundárias. E mesmo que não fôssemos um ministério em células, ainda assim, teriam que queimar os nossos corações e ser a razão de nossas vidas.

Vamos todos os dias, para o maior número de pessoas possíveis, anunciar as boas-novas de salvação e testemunhar a nossa própria salvação. Vamos aproveitar todas as oportunidades para cumprirmos o chamado e a missão. Boa semeadura e colheita!

Obrigado Senhor!

Esta mensagem foi pregada por Paulo Durvanier Moreira Filho, pastor, no dia 13/10/2019 (domingo), às 9:00 horas, no MAC Vila Barros – Guarulhos – SP.

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1 Comentário

  1. Camila disse:

    Maravilhoso! Didático, explicativo, e acertivo! Vendo anos depois (2022) e vejo que oq estamos vivendo hj é exatamente isso, muitos julgamentos e nada de Jesus. Uma eleição de ódio e disputa de poder em ambos os lados, poucos são e ainda tem dentro de si oq Jesus realmente pregava…..❤