Festa Ágape

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1 Coríntios 11.17-34

A igreja de Corinto tinha muitos problemas. O mundanismo foi um dos responsáveis por tais problemas, afetando diretamente o culto e a adoração da igreja. Um destes problemas ocorria na Ceia do Senhor, que não estava sendo celebrada corretamente.

O apóstolo Paulo elogiou a igreja de Corinto por lembrar-se dele e por reter seus ensinos. 11.2
Hoje, todo conhecimento e ensino de que necessitamos para viver e andar por modo digno do Senhor e do Evangelho, estão fundamentados unicamente na Bíblia Sagrada, que é a Palavra de Deus.
O apóstolo Paulo não só elogiou a igreja de Corinto, mas também a repreendeu por se ajuntar para pior, e não para melhor. 11.17
Esta repreensão foi por mais uma divisão na igreja, a de entre os ricos e os pobres.

Uma das tradições da igreja primitiva que se perdeu ao longo do tempo foi a Festa Ágape, que acontecia sempre antes da celebração da Ceia do Senhor.
Ágape é a palavra grega usada para traduzir o amor incondicional de Deus.
Na Festa Ágape, todos os irmãos traziam um prato de suas casas e, juntos, participavam de um grande banquete.
Os irmãos pobres não tinham o que levar. Por isso, a Festa Ágape era uma ótima oportunidade para os irmãos ricos repartirem seus bens com os irmãos pobres.

A repreensão do apóstolo Paulo foi porque os irmãos ricos se isolaram para, entre eles, comerem os finos pratos que eles mesmos levavam. Muitos irmãos ricos bebiam tanto a ponto de se embriagarem. Enquanto isso, os irmãos pobres passavam fome. E depois de os irmãos ricos estarem empanturrados, e os pobres angustiados de fome, eles celebravam juntos a Ceia do Senhor.
Portanto, a Ceia do Senhor estava sendo celebrada por uma igreja dividida, preconceituosa e com falta de amor.
Por isso que o apóstolo Paulo os reprova, pois estavam se reunindo para pior.

Eles se esqueceram, ou perderam, o significado e a realidade espiritual da Ceia do Senhor.
A Ceia do Senhor está centrada na Pessoa e obra de Jesus Cristo, em Sua morte expiatória e no Seu sacrifício vicário.
O sacrifício e a morte de Jesus na cruz exprimem o quanto Deus nos ama, a ponto de ter dado Seu Filho amado para morrer por nós, pobres e desprezíveis pecadores.

O Espírito nos diz: Todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha. 11.26
Não devemos lembrar apenas dos sermões, ensinos e milagres de Jesus, mas também de Sua morte na cruz.
Por que Cristo morreu? Para cumprir o eterno propósito de Deus; para nos salvar da condenação eterna por causa do pecado; para pagar a divida do nosso pecado; para nos libertar do pecado e do poder do pecado; para nos libertar do império das trevas e nos transportar para o reino do Filho do Seu amor; para nos justificar diante de Deus; para nos tornar filhos de Deus.

O Pai da glória, por Seu Filho, nos salvou para cumprirmos uma missão: Alcançar (salvação), discipular e enviar novos discípulos.

A Ceia do Senhor também anuncia a volta de Jesus, que é a grande esperança de todo crente. Cristo em breve voltará. Maranata! Vem, Senhor.

Na celebração da Ceia nos é pedido para olharmos para dentro de nós. Examine-se, pois, o homem a si mesmo… Não julgue os irmãos. Examine o seu coração. Avalie a sua vida com Deus.
Quando julgamos os irmãos e os enviados de Deus, assim como os judeus faziam, corremos o risco de a nossa casa ficar deserta. Porque cada vez que os rejeitamos, falamos mal deles e os julgamos, na verdade, estamos apedrejando e matando todos eles. E sempre que agimos assim é porque não queremos ouvir e receber o que o Senhor tem a nos dizer e dar através de suas vidas, por isso, a gente decide rejeitá-los e matá-los. Para nós eles estão mortos, mas não para aqueles que os recebem; para estes, a casa jamais ficará deserta, pois a graça de Deus será plena e abundante em suas vidas. Mateus 23.37,38
Somos hipócritas (falsos; fingidos; atores) quando julgamos os pecados dos outros e não os nossos. Mateus 7.5
Portanto: Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e, assim, como do pão, e beba do cálice…

Não fuja de Deus com os seus pecados, mas corra para Deus com os seus pecados e arrependa-se de todos eles, porque a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens.

Não podemos participar da Ceia do Senhor indignamente. Participar dignamente da Ceia é ter consciência de que somos indignos de dela participar, e reconhecer que é unicamente por meio da graça de Deus que podemos dela participar, pois nenhum de nós merecia ser salvo.

Não podemos participar da Ceia sem discernir o corpo, isto é, sem compreender com clareza a realidade do Corpo de Cristo que é a igreja.
Não devemos olhar apenas para o alto, mas também ao nosso redor, porque a nossa comunhão não é apenas com o Pai e com Seu Filho, Jesus Cristo, mas também com todos os nossos irmãos.
Eu, sozinho, não sou a igreja; mas com todos os meus irmãos nós somos a Igreja.

Não podemos participar da Ceia do Senhor se não nos julgarmos a nós mesmos. Para isso, precisaremos nos livrar rapidamente de algo que há em nós e que muitos não percebem: O “aliviador de pecados”. Não podemos “dar mole” para os nossos pecados; precisamos ser radicais, rigorosos e inflexíveis para com eles; é preciso confrontá-los, confessá-los e deixá-los.

O juízo de Deus sobre nós jamais será para o nosso mal, mas para nos disciplinar. A repreensão de Deus é para que voltemos para Ele e para nos livrar da condenação do mundo.

Obrigado Senhor!

Esta mensagem foi pregada por Paulo Durvanier Moreira Filho, pastor, no dia 02/06/2019 (domingo), às 9:00 horas, no MAC Vila Barros – Guarulhos – SP.

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