A história de certo samaritano.

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Lucas 10.25-37 relata a história de certo samaritano que foi o próximo de um homem que foi ferido e roubado por salteadores (assaltantes de estradas).
Por que será que pessoas recebem elogios e são honradas quando agem corretamente? É porque não é normal agir corretamente.
O que geralmente se vê entre os homens são ações erradas ou omissões.
Jesus diz que quando fazemos apenas o que devíamos, somos servos inúteis. Lucas 17.10

O texto bíblico relata a conversa de certo homem, intérprete da Lei (doutor da Lei de Deus; mestre que ensinava a Lei de Deus), que se levantou, não para aprender com o Mestre, mas para pôr Jesus à prova.
Ele perguntou algo para Jesus que, na qualidade de doutor da Lei de Deus, não deveria perguntar: Mestre, que farei para herdar a vida eterna?
Ele sabia a resposta do que havia perguntado a Jesus. E perguntar a Deus o que se sabe é tentá-Lo.

Jesus sabia o intuito dessa pergunta e antes de respondê-la, fez-lhe duas perguntas: Que está escrito na Lei? Como interpretas?
Como o doutor da Lei já sabia a resposta, respondeu corretamente a Jesus:
Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento; e: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Então, Jesus lhe disse: Respondeste corretamente; faze isto e viverás.

Ele, porém, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: Quem é o meu próximo?
O intérprete respondeu a Jesus o que está escrito na Lei, mas não como A interpretava.
Quando Jesus perguntou-lhe: Como interpretas a Lei? Em outras palavras, Jesus estava perguntando-lhe: Como você pratica em sua vida o que está escrito na Lei?
Como ele não praticava a Lei de Deus e querendo justificar-se, fez outra pergunta a Jesus: Quem é o meu próximo?
Quem pratica a Lei não precisa justificar-se.
A pior coisa é querer justificar-se de pecado diante de Deus, pois não há justificativa para o pecado.

E para responder mais esta pergunta do intérprete, Jesus contou-lhe uma história, que a concluiu com uma pergunta e uma palavra de exortação.
Note bem que Jesus não contava histórias para entreter o público. O Evangelho de Jesus transforma a vida das pessoas.

Jesus contou a história de um sacerdote, de um levita e de certo samaritano que passavam pelo caminho que descia de Jerusalém para Jericó. Por esse caminho, os três se depararam com a mesma situação: Em momentos diferentes, eles encontraram um homem com muitos ferimentos e semimorto. Este homem veio a cair em mãos de salteadores, os quais, depois de tudo lhe roubarem e lhe causarem muitos ferimentos, retiraram-se, deixando-o semimorto.

O sacerdote e o levita, vendo o homem caído, fecharam o coração e passaram de largo, passaram longe.
As atitudes do sacerdote e do levita revelam suas religiosidades, isto é, o engano da religião que praticavam e que não transforma ninguém. O jovem rico também era religioso como esses dois, pois dizia que observava desde a sua juventude a Lei de Deus, no entanto, quando Jesus pediu-lhe tudo ele nada entregou. Lucas 18.18-23

Certo samaritano seguia o seu caminho. Ele tinha um destino, um lugar aonde chegar; tinha responsabilidades, uma agenda a cumprir, coisas a fazer; tinha planos, alvos, projetos; e provavelmente sua família e amigos o aguardavam.
Mas diante daquela situação, de imediato, tomou quatro atitudes: aproximou-se do homem que estava caído; viu sua situação; compadeceu-se dele (teve misericórdia); desceu de seu animal e passou a cuidar daquele homem.

Movido por compaixão, o samaritano envolveu-se com aquele homem, aplicou óleo e vinho em seus ferimentos, colocou-o sobre o seu próprio animal e o levou para uma hospedaria e cuidou dele. E ainda pagou o hospedeiro para continuar cuidando do homem até que ele voltasse de sua jornada.

O samaritano ajudou e cuidou desse homem com o que possuía. O que temos pode ajudar muita gente.
Ele tinha vinho e óleo. O vinho representa o sangue de Jesus, a vida de Jesus; e o óleo, o poder do Espírito Santo. Por isso, não há como ter compaixão, ajudar e cuidar de pessoas sem a vida de Cristo e o poder do Espírito Santo em nós. Sem Jesus nada podemos fazer. João 15.5
É a vida de Cristo e o poder do Espírito Santo em nós que vão fazer com que a gente se aproxime, ajude e cuide daqueles que pelos caminhos do mundo são assaltados todos os dias pelo diabo.
O samaritano deu preferência ao homem ferido abrindo mão de seu próprio conforto, colocando-o sobre o seu próprio animal.

É difícil ajudar e cuidar de pessoas sozinho. O samaritano levou o homem para uma hospedaria e pagou o hospedeiro para cuidar dele.
Um dos indicativos de que alguém está realmente comprometido com Deus e Sua obra, com o Evangelho da graça, com a Igreja, com os irmãos e as pessoas, é quando dispõe de seu dinheiro.
Igreja é uns cuidando dos outros. Se não nos preocuparmos uns com os outros, certamente não nos preocuparemos com as almas perdidas.

Sempre encontraremos justificativas para não nos envolvermos com as pessoas, sejam elas de dentro ou de fora.
É preciso restaurar a paixão pelas pessoas.
O que de mais valioso o samaritano deu ao homem ferido foi seu tempo. Nada é mais caro para nós do que o nosso tempo.
Ele renunciou tudo o que havia programado para aqueles dias para ajudar aquele homem.
Jamais podemos dizer ao Senhor que não temos tempo.
Uma das maiores provas de amor é dedicar o nosso tempo a alguém.

Hoje, afirmar ser crente ou evangélico não significa muita coisa, pois muitos que assim afirmam não vivem o que pregam. É como uma esquizofrenia “espiritual”, isto é, vida dissociada da pregação. Mas o chamado de Deus para nós é para a coerência, pregar o que vivemos e viver o que pregamos.

Se Deus perguntasse ao sacerdote e ao levita por que eles não ajudaram aquele homem, que justificativa vocês acham que eles dariam ao Senhor?
Provavelmente a mesma que sempre damos quando agimos da mesma forma: Não tenho tempo e nem recursos.

Quem é o meu próximo? Jesus respondeu a esta pergunta do intérprete da Lei contando-lhe essa história. E para sua surpresa, Jesus inverte as posições perguntando-lhe: Qual destes três te parece ter sido o próximo do homem que caiu nas mãos dos salteadores?
E para não dizer “samaritano”, o doutor da Lei respondeu a Jesus: O que usou de misericórdia para com ele.
Então, Jesus lhe disse: Vai e procede tu de igual modo.
Próximo é aquele que se aproxima do necessitado para ajudá-lo e cuidar dele.

Com quem nos identificamos mais: com o sacerdote, com o levita ou com o samaritano?
Se for com o sacerdote e com o levita, então, Jesus nos censura e nos exorta a procedermos como o samaritano. Vamos fazer isso?

Obrigado meu Senhor.

Esta mensagem foi pregada por Paulo Durvanier Moreira Filho, pastor, no dia 26/08/2018 (domingo), às 9:00 horas, no MAC Vila Barros – Guarulhos – SP.

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