O regresso dos discípulos.
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Após pôr à prova os que queriam segui-Lo (Lucas 9.57-62), Jesus designou, além dos doze apóstolos, outros setenta discípulos, e os enviou para que O precedessem em cada cidade e lugar aonde Ele estava para ir. Lucas 10.1
Mateus 10 relata a escolha e o envio dos doze apóstolos, os quais comissionou dando-lhes instruções específicas.
Ambas as comissões são bem semelhantes.
Portanto, além dos doze apóstolos, Jesus também enviou outros setenta discípulos, fazendo-lhes advertências e dando-lhes instruções específicas.
Assim como esses discípulos, nós também somos, todos os dias, enviados pelo Senhor para cumprirmos uma missão.
E para que jamais percamos o foco com distrações e desvios, o Espírito do Senhor tem nos falado insistentemente sobre o eterno propósito de Deus e a nossa missão:
O eterno propósito de Deus é: Sermos conforme a imagem de Seu Filho. Obviamente, o centro do eterno propósito de Deus é o próprio Cristo. Romanos 8.29
A missão dada a nós pelo próprio Cristo é: Fazer discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que Jesus tem nos ordenado. Mateus 28.19,20
Como os setenta discípulos se apresentaram diante de Jesus ao regressarem da missão? Possuídos de alegria. Eles estavam muito felizes ao regressarem da missão.
E assim, alegres e felizes, passaram a relatar a Jesus tudo o que fizeram em Seu nome, e creio que também as dificuldades e os sofrimentos pelos quais passaram.
Por exemplo: Eles disseram a Jesus: Os próprios demônios se nos submetem pelo Teu nome! Lucas 10.17
Apesar de toda a alegria dos setenta discípulos, Jesus lhes fez uma advertência:
… alegrai-vos, não porque os espíritos se vos submetem, e sim porque o vosso nome está arrolado nos céus. Lucas 10.20
Esta advertência é sobre o grande perigo da arrogância, soberba e orgulho, que acomete a todos aqueles que se deixam levar e encantar pelas glórias do sucesso pessoal e ministerial.
Quando me considero maior, significa que considero o outro menor.
Que tenhamos sempre a postura, por exemplo, do apóstolo Paulo:
Porque eu sou o menor dos apóstolos, que mesmo não sou digno de ser chamado apóstolo, pois persegui a igreja de Deus. Mas, pela graça de Deus, sou o que sou; e a Sua graça, que me foi concedida, não se tornou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo. 1 Coríntios 15.9,10
Quando somos convencidos pelo Espírito Santo de que somos pobres e miseráveis pecadores, e que não merecemos absolutamente nada de Deus, é aí que a graça de Deus, que está em Cristo Jesus, se manifesta em nossas vidas. João 16.8; Romanos 3.24; 2 Timóteo 2.1; Tito 2.11
E quanto ao nosso regresso, como temos nos apresentado diante de Jesus: Possuídos de alegria e dizendo-Lhe tudo o que fizemos em Seu nome para cumprirmos a missão que Ele nos confiou; ou, dando-Lhe desculpas por não termos feito nada do que Ele nos ordenou?
Basicamente, as desculpas que o Senhor ouve daqueles que não fazem o que Ele ordena são as mesmas registradas em Lucas 14.15-24, as quais têm relação com bens materiais e propriedades (comprei um campo e preciso cuidar dele); com trabalho e profissão (comprei cinco juntas de bois e preciso experimentá-las para começar a trabalhar); e com família (casei-me e preciso cuidar da minha família).
Ou seja, para os que se desculpam, os seus próprios interesses estão acima dos interesses do Senhor.
Assim como aqueles setenta discípulos, nós também temos que prestar contas ao Senhor, todos os dias, das responsabilidades que Ele tem nos confiado.
Enquanto a parábola das dez virgens ensina a necessidade de vigilância (Mateus 25.1-13); a dos talentos ensina o dever de trabalhar para o Senhor (Mateus 25.14-30).
Na parábola dos talentos, quem é o homem que se ausenta do país? Jesus. Esta ausência se refere à partida de Jesus para o céu, após Sua ascensão.
Quem são os servos a quem Jesus confiou Seus bens? São todos os discípulos de Jesus em todas as épocas.
Os bens do Senhor são os talentos, os dons que Ele confia a Seus servos.
Talento não é algo que temos; talento é algo que pertence a Jesus e que Ele nos confia.
Portanto, o que Jesus nos confia, segundo a capacidade de cada um, é para trabalharmos para Ele, é para o eterno propósito de Deus e para cumprirmos a missão. E quando Jesus voltar, teremos que ajustar contas com Ele deste trabalho.
Quem são os servos bons e fiéis? Os que renunciam a tudo quanto tem, inclusive a própria vida, para cuidar dos interesses do Senhor.
Quem é o servo mau e negligente? O que enterra o dom que o Senhor lhe dá. Em outras palavras, é aquele que tem, assim como os bons e fiéis, todas as condições para trabalhar para o Senhor, mas prefere não fazê-lo, antes, cuida de seus próprios interesses.
Se o servo mau e negligente da parábola não trabalhou para o seu senhor, obviamente, trabalhou para si e para os seus próprios interesses.
Não é errado zelar por propriedades e bens materiais, ter uma profissão e trabalhar, proteger e suprir a família; desde que tudo isso seja feito unicamente para o Senhor e para Sua glória, e não para atender os nossos próprios interesses e deleites.
Que cada um responda em seu coração as seguintes perguntas:
Tenho plena consciência do que é ser um discípulo de Jesus?
Estou realmente decidido a segui-Lo, servi-Lo e pagar o preço de Seu discipulado?
Estou realmente decidido a renunciar a tudo quanto tenho para ser Seu discípulo?
Estou realmente decidido a não apenas viver por Ele e para Ele, mas também para morrer por Ele e pelo Evangelho se preciso for?
Assim como aqueles setenta discípulos, nós também temos que prestar contas a Jesus, todos os dias, pela multiplicação de Seus bens que Ele até aqui tem nos confiado; e que nesses momentos não estejamos receosos, mas alegres, por apresentar a Ele, não desculpas, mas a justa multiplicação de todos os Seus bens.
Obrigado Senhor!
Esta mensagem foi pregada por Paulo Durvanier Moreira Filho, pastor, no dia 18/11/2018 (domingo), às 9:00 horas, no MAC Vila Barros – Guarulhos – SP.
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Gostei deste ensinamento que DEUS continue,te abençoando
Excelente comentário, pastor. Deus continuará te usando gloriosamente, em nome de Jesus!.