O caminho da humilhação.
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Filipenses 2.5-11
5 Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,
O Espírito do Senhor nos exorta a seguir o exemplo de Jesus, a ter em nós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus: Ele não era egoísta, sacrificava-se e servia Seu próximo.
6 pois Ele, subsistindo [continuando existindo] em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus;
Este versículo confirma a doutrina da deidade (divindade) absoluta de Jesus.
Jesus é Deus. Jesus sempre foi, é e há de ser Deus.
E sob qualquer circunstância, não havia como Jesus deixar de ser Deus quando veio ao mundo. Isso seria impossível, deixar de ser o que realmente Ele é, Deus.
Jesus, nos dias de Sua carne, foi 100% homem e 100% Deus, pois jamais deixou de ser Deus.
Mas Ele não se aproveitou deste fato, o de ser Deus, quando veio redimir a humanidade perdida.
7 antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana,
E para que Jesus pudesse nascer e viver na Terra como homem, escolheu o caminho da humilhação, assumindo plenamente a natureza humana de Filho e servo de Deus.
Jesus se esvaziou assumindo uma forma que nunca teve, a forma humana e de servo.
Jesus tornou-se semelhante a nós, seres humanos.
Assim que Jesus nasceu, todos passaram a reconhecê-Lo em figura humana. O Verbo se fez carne. João 1.14
Jesus esvaziou-se, tornou-se um ser humano como todos nós e assumiu plenamente a forma de servo.
Jesus esvaziou-se de Si mesmo para tornar-se semelhante a nós, seres humanos.
8 a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.
Jesus, na forma humana e de servo, a Si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.
Jesus não morreu naturalmente, tampouco acidentalmente. Ele se entregou a si mesmo pelos nossos pecados (Gálatas 1.4). Os principais sacerdotes e as autoridades O entregaram para ser crucificado (Lucas 24.20).
Para Jesus não havia absolutamente nada que O impedisse de se rebaixar para salvar a humanidade perdida.
Ser obediente até à morte significa que Jesus obedeceu ao Pai até o Seu último suspiro aqui neste mundo.
E o que acontece ao que a si mesmo se humilhar? Mateus 23.12: Quem a si mesmo se exaltar será humilhado; e quem a si mesmo se humilhar será exaltado. Leia também Lucas 14.11; 18.14
9 Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome,
10 para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra,
11 e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.
Como homem e servo, Jesus foi exaltado por Deus por se esvaziar e se humilhar a Si mesmo. E todo aquele que seguir o exemplo Dele também será exaltado, não por homens, mas pelo próprio Pai.
Como podemos afirmar que somos cristãos, semelhantes a Cristo Jesus (Romanos 8.29), se não tivermos o mesmo sentimento que houve no nosso Senhor?
Como podemos ser enviados a pregar o Evangelho das insondáveis riquezas de Cristo (Efésios 3.8) se não tivermos o mesmo sentimento que houve no nosso Senhor?
Mas do que devemos nos esvaziar? Por ora, segue algumas áreas a serem seriamente consideradas:
Orgulho: Alto conceito de si mesmo. Soberba: Arrogância; altivez.
Salmo 138.6: O SENHOR é excelso, contudo, atenta para os humildes; os soberbos, ele os conhece de longe.
Filipenses 2.3: Nada façais por partidarismo ou vanglória [gabar-se; ressaltar mérito próprio], mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo.
Temos que nos esvaziar do nosso orgulho e nos encher da humildade de Cristo.
Mérito: Merecimento.
Efésios 2.5: … e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, – pela graça sois salvos,
Efésios 2.8: Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; …
A única condição para que eu receba o favor (a graça) de Deus é reconhecer que não sou merecedor de coisa alguma.
A graça de Deus se caracteriza por pelo menos por dois pontos: O que merecíamos, que é a morte, porque pecamos contra Deus, dela Ele nos livrou em Cristo; e, o que não merecíamos, que é estar na presença de Deus, por sermos pecadores, nela agora podemos sempre estar, pois por Cristo fomos justificados diante de Deus.
Temos que nos esvaziar do nosso mérito e nos encher da graça de Deus por Cristo Jesus.
Justiça própria: É o centro do ego.
Isaías 64.6: Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades, como um vento, nos arrebatam.
Romanos 3.10-12: Não há justo, nem um sequer, não há quem entenda, não há quem busque a Deus; todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer.
Quando ajo em justiça própria é o mesmo que dizer para Deus que não preciso da justiça de Cristo; em outras palavras, desprezo a obra redentora do Filho de Deus na cruz.
Quem tem justiça própria sempre se absolve (se julga inocente) e sempre condena os outros.
Temos que nos esvaziar da nossa justiça e nos encher da justiça de Deus em Cristo Jesus.
Bondade: Qualidade do que é bom.
Marcos 10.18: Respondeu-lhe Jesus: por que me chamas bom? Ninguém é bom senão um, que é Deus.
Para a mente humana há somente dois tipos de pessoas: as boas e as más.
Mas para Deus todos são maus e pecadores. Romanos 3.23; 6.23
Por exemplo: O traficante doa medicamentos para a comunidade, mas não deixa de ser mau. Uma empresa lança veneno na natureza e provoca doenças a muitas pessoas, mas investe em obra social, no entanto, seus proprietários não deixam de serem pessoas más.
Boas ações deste tipo não tornam quem as praticam boas e aceitáveis diante de Deus. Tais ações podem ser boas, mas quem as praticam continuam sendo más.
Temos que nos esvaziar da nossa presumida bondade e nos encher da bondade de Deus.
Capacidade: Qualidade do que é capaz.
João 15.5: Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.
Jesus é enfático: Sem Mim nada podeis fazer.
Temos que nos esvaziar da nossa presumida capacidade, para que Deus efetue em nós tanto o querer como o realizar, segundo a Sua boa vontade. Filipenses 2.13
A primeira coisa que Jesus diz a respeito do Espírito Santo, em João 16, é que o Espírito Santo convence do pecado (v. 8). É óbvio que quem não é convencido do pecado pelo Espírito Santo não tem como se arrepender.
Alguém é convencido de pecado quando enxerga sua real condição sem Deus, condição de miserável, e, assim, não encontra outra saída na vida senão a de correr para os braços de Jesus para receber a graça de Deus.
Se não sou humilde é porque sou orgulhoso, e Deus me conhece de longe, e com Ele não tenho intimidade.
Se digo que mereço alguma coisa é porque ainda não experimentei a graça de Deus em minha vida.
Se tenho justiça própria é porque me considero justo e não preciso da justiça de Deus, em Cristo Jesus.
Se sou bom, Cristo não veio para mim.
Se sou capaz de fazer alguma coisa é porque posso fazê-la sem Jesus.
O caminho do esvaziar-se e humilhar-se a si mesmo é o que realmente pode resolver todos os nossos problemas, em todas as áreas da vida, todas mesmo, pois é o caminho que o nosso Senhor escolheu trilhar neste mundo; e o Espírito Santo nos exorta a fazermos o mesmo. Estamos dispostos?
Que diante desta mensagem possamos afirmar, assim como o apóstolo Paulo, a seguinte realidade de vida: Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. Gálatas 2.20
Quem a si mesmo se humilha jamais será ou se sentirá humilhado.
Obrigado meu Senhor.
Esta mensagem foi pregada por Paulo Durvanier Moreira Filho, pastor, no dia 22/07/2018 (domingo), às 9:00 horas, no MAC Vila Barros – Guarulhos – SP.
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Muito, muito boa essa mensagem! Deus abençoe grandemente!