No partir do pão
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Tema: No partir do pão
Lucas 24:13-35
Para os que foram salvos e que agora vivem e andam unicamente pela fé no Filho de Deus, o partir do pão é uma proteção, um apoio, uma âncora, uma segurança. O partir do pão é realmente tudo isso para você?
Que bênção maravilhosa e indescritível é estarmos aqui hoje, mais uma vez, no partir o pão.
Já disse aos irmãos que os nossos irmãos da igreja primitiva se reuniam escondidos, inclusive no partir o pão, pois eram perseguidos pelo Império Romano e também por aqueles que não tinham nenhuma simpatia por Jesus e por Seus discípulos.
Ou seja, todas as vezes que pregavam ou se reuniam, colocavam suas vidas em risco.
Quanto a nós, irmãos, ainda não corremos esse risco.
Provavelmente, além da perseguição do Império Romano e daqueles que não tinham nenhuma simpatia por Jesus e por Seus discípulos, havia também espiões a serviço do Império Romano que os vigiava.
Os discípulos se reuniam escondidos em casas, em grutas, em cavernas, em lugares ermos etc.
Meus amados irmãos, será que conseguiríamos fazer parte da igreja primitiva vivendo da maneira que vivemos hoje?
Mas por que eles se reuniam? Por que eles arriscavam suas vidas para se reunirem?
Eles não podiam ficar em suas casas para não correrem o risco de serem presos e mortos?
Cristo não estava com eles todos dias?
Cristo não era o intermediário entre Deus e eles?
Eles não tinham o Espírito Santo?
Eles não sabiam orar, adorar e louvar?
Eles já não tinham sido ensinados segundo a doutrina dos apóstolos? Etc.
Com tudo isso, eles não podiam ficar no conforto de suas casas?
Por que então eles arriscavam a própria vida saindo de suas casas para se reunirem em um mesmo lugar? Porque para eles se reunirem em um mesmo lugar não era uma escolha, mas uma necessidade. Para eles “em um mesmo lugar“ jamais seria cada um em sua casa.
Hoje, para nós, “em um mesmo lugar” é aqui, aos domingos e às terças-feiras; e na célula na qual o Senhor nos colocou.
Pelos relatos bíblicos, entendo que os nossos irmãos da igreja primitiva eram mais espirituais, mais santos e mais comprometidos com as coisas de Deus do que nós.
Espiritualmente falando, entendo que eles eram muito mais fervorosos e vigorosos do que a gente.
Mas por que não somos, também?
Na verdade, aqueles nossos irmãos prezavam o partir do pão. Eles respeitavam, valorizavam e tinham prazer em estarem juntos, principalmente no partir do pão.
Para eles “o partir do pão” não era apenas um simbolismo, também não era um simples memorial, tampouco um ritual vazio sem nenhum significado e realidade; pois eles partiam o pão em memória de Jesus, como o próprio Jesus lhes ensinou: Lucas 22:19: E, tomando um pão, tendo dado graças, o partiu e lhes deu, dizendo: Isto é o meu corpo oferecido por vós; fazei isto em memória de mim.
Na Mesa do Senhor há significado e realidade espiritual, e os nossos irmãos da igreja primitiva sabiam e discerniam isso muito bem.
Por que Jesus ordenou Sua Mesa para a igreja?
Porque “o partir do pão” para a igreja é uma proteção, um apoio, uma âncora, uma segurança.
Porque Ele deseja que em cada partir do pão os nossos olhos sejam abertos para que possamos ver quem é o nosso Senhor Jesus, o Pão da Vida (João 6:48).
Jesus é o nosso Senhor. Nós somos Dele, e Ele é nosso.
Lucas 24:13-35
Dois discípulos de Jesus estavam de caminho para uma aldeia chamada Emáus. No caminho, eles conversavam sobre o que havia acontecido com Jesus, o Nazareno.
Conversavam sobre a prisão de Jesus, Sua condenação e Sua morte na cruz.
Eles estavam tristes devido a tudo o que havia acontecido nos últimos dias com Jesus em Jerusalém.
E Jesus Cristo, ressurreto dentre os mortos, aproximou-se deles e caminhava com eles.
Mas os olhos dos discípulos estavam como que impedidos de O reconhecer.
Jesus perguntou-lhes o que conversavam; eles responderam; e Jesus, gentil e carinhosamente, os admoestou por não discernirem tudo o que os profetas profetizaram a respeito Dele.
Então Jesus passou a discorrer por todos os escritos de Moisés e dos profetas, explicando a eles o que as Escrituras diziam a respeito Dele.
Que maravilha, irmãos, a própria Palavra Viva pregando àqueles discípulos a Palavra de Deus.
Quando se aproximaram da aldeia de Emaús, o destino deles, cordialmente, Jesus disse-lhes que seguiria viagem.
Mas os discípulos constrangeram Aquele que caminhava com eles a passar a noite com eles, pois já era tarde. E Jesus foi para a casa deles.
Até esse momento, eles não sabiam quem era esse Homem que caminhava com eles; no entanto, estavam conquistados por Ele, pois seus corações ardiam quando Jesus lhes expunha as Escrituras.
Fica conosco, foi o que os discípulos disseram a Jesus.
Como temos nos relacionado com o nosso Senhor? Nós O temos convidado? Nós queremos ter comunhão com Ele? Nosso coração arde por Ele? Nós queremos que Ele entre em nossas vidas e esteja conosco todos os dias, como Ele próprio deseja (Mateus 28:20b).
Jesus aceitou o convite deles e entrou na casa. Os discípulos eram os anfitriões, pois a casa pertencia a eles. E como anfitriões, prepararam uma refeição para o Senhor.
Até esse momento, eles não sabiam quem era Aquele Homem, pois seus olhos ainda estavam impedidos de O reconhecer.
Num dado momento, Jesus assume a posição de anfitrião, como sendo o Dono da casa. E Jesus tomou um pão e o abençoou e, tendo partido o pão, deu aos discípulos. Então, se lhes abriram os olhos, e O reconheceram.
O desejo do Espírito Santo é abrir os nossos olhos para reconhecermos o Senhor Jesus no partir do pão, para, assim, andarmos com Ele todos os dias, até a consumação do século.
O que precisamos fazer para que o Espírito Santo abra os nossos olhos no partir do pão para que reconheçamos o nosso Senhor, Jesus Cristo? Precisamos abrir os nossos corações e os nossos lares e convidar Jesus para entrar neles, para ser o nosso Dono e de tudo o que temos.
Mas eu já fiz isso! Então por que, até agora, você não O reconhece no partir do pão? Jesus é realmente o Dono da sua vida e de tudo o que você tem? Talvez ainda não.
Talvez o seu coração apenas queime, o que já é bom, quando você ouve a Palavra de Deus, como aconteceu com os dois discípulos que caminhavam para Emaús.
Mas para conhecê-Lo verdadeiramente, vou dizer mais uma vez, é preciso que você abra o seu coração e o seu lar, e convide Jesus para entrar neles para ser o seu Dono e de tudo o que você tem.
A Mesa do Senhor, como já disse, não é apenas um simbolismo, também não é um simples memorial, tampouco um ritual vazio sem nenhum significado e realidade; mas uma celebração solene da qual somos participantes; pela qual anunciamos a morte do Senhor, Sua vitória sobre a morte, Sua ressurreição dentre os mortos, Sua ascensão ao céu e Sua volta gloriosa.
E fazemos isso com muita alegria, com muito louvor e adoração ao Senhor.
Somos de Jesus, e Ele é nosso.
Portanto, tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada, nada disso nos separará do amor de Cristo. Romanos 8:35
Nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor. Romanos 8:38-39
O partir do pão é para que jamais nos esqueçamos destas e de todas as verdades do Evangelho da graça e verdade.
Meus amados irmãos, penso que todas as vezes que nos reunimos em torno da Mesa do Senhor, o fizemos com discernimento e reverência.
Mas devemos também destinar esse tempo em torno da Mesa do Senhor para contemplarmos as glórias do nosso Senhor, Jesus Cristo; para louvá-Lo e adorá-Lo de todo o nosso coração.
Por que comemos do pão e bebemos do vinho? Porque o Espírito Santo sempre usa esses elementos para testificar com o nosso espírito algo a mais das riquezas e da glória do nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo.
Que a cada dia o Espírito Santo nos ajude a discernir ainda mais o sentido da Mesa do Senhor, para que, com os nossos olhos espirituais abertos, O contemplemos e O admiremos; e, assim, celebremos a Ceia do Senhor de maneira que Ele seja engrandecido, louvado e adorado em toda a Sua glória.
Ao nosso Senhor seja a honra, o poder eterno, a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém.
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