1.ª CONFERÊNCIA “EXAMINANDO A SI MESMO”
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TEMA: EXAMINANDO O NOSSO SERVIÇO E A NOSSA FIDELIDADE AO SENHOR E À SUA OBRA
O objetivo principal desta conferência não é trazer uma nova revelação ou uma nova diretriz para o ministério, mas rever o que está escrito na Palavra de Deus acerca do nosso serviço e da nossa fidelidade ao Senhor e à Sua obra
Portanto, o objetivo principal desta conferência é nos levar a examinarmos o nosso serviço e a nossa fidelidade ao Senhor e à Sua obra.
É claro que não podemos nos examinar apenas na Ceia do Senhor e em ocasiões como esta, mas diariamente, a todo instante.
Por isso, principalmente para nós que somos obreiros do ministério, isso precisa estar bem claro: que temos que nos examinar o tempo todo.
Aprouve ao nosso Senhor preparar este momento para estarmos juntos para celebrar a unidade e a comunhão do Corpo de Cristo; para sermos edificados, exortados e consolados pela Sua Palavra; para nos examinarmos quanto ao nosso serviço e a nossa fidelidade a Ele e à Sua obra.
Nota de esclarecimento: Esta conferência é um novo formato para o “Reciclando a visão”, encontro que fazíamos no passado.
Hoje é a 1.ª edição desta Conferência: “Examinando a si mesmo”.
Vamos realizá-la duas vezes ao ano; e todos os obreiros do ministério deverão comparecer.
Em ocasião oportuna, divulgaremos a data da próxima conferência.
Hoje, cada um de nós terá a oportunidade de fazer um autoexame do serviço que tem desempenhado para o Senhor; e da fidelidade a Ele e à Sua obra.
Vocês estão preparados?
Perguntas
Você se prepara, adequadamente, quando tem que desempenhar o seu serviço ao Senhor, seja para dirigir o culto; cantar e tocar no culto; ficar no datashow; ficar no som; ministrar a Palavra no culto; fazer parte da diaconia do culto; ministrar a Palavra para as crianças; liderar e dirigir seu ministério; liderar e dirigir sua célula; quando anfitrião, preparar a casa para receber com alegria os irmãos da célula; ministrar aulas nos cursos; etc.?
Você desempenha o seu serviço ao Senhor com amor, temor, alegria, dedicação e excelência?
Você tem ouvido, discernido e obedecido a tudo o que o Senhor tem determinado para o nosso ministério?
Como você acredita que o Senhor lhe tem tratado, de servo mau e negligente, ou de servo bom e fiel?
Que nota, de 0 a 10, você daria a você mesmo pelo serviço que tem prestado a Deus?
E que nota, de 0 a 10, você acredita que o Senhor tem lhe dado pelo serviço que tem prestado a Ele?
Vamos, então, rever alguns pontos que o Senhor até aqui nos falou a respeito do nosso serviço e da nossa fidelidade a Ele e à Sua obra, para nos examinarmos e ver se realmente estamos sendo fiéis.
1 Timóteo 1: 12 Sou grato para com aquele que me fortaleceu, Cristo Jesus, nosso Senhor, que me considerou fiel, designando-me para o ministério, 13 a mim, que, noutro tempo, era blasfemo, e perseguidor, e insolente. Mas obtive misericórdia, pois o fiz na ignorância, na incredulidade.
Assim como o apóstolo Paulo, nós também, antes de Jesus nos encontrar e nos salvar, estávamos perdidos, nas trevas, mortos em nossos delitos e pecados, sem esperança e sem Deus no mundo, na ignorância, na incredulidade.
Assim como Cristo Jesus, nosso Senhor, fortaleceu o apóstolo Paulo, considerando-o fiel e designando-o para o ministério; Ele também tem nos fortalecido, nos considerado fiéis e nos designado para o ministério.
Não tenham dúvidas de que foi o Senhor que nos plantou aqui na Águia de Cristo.
Mas para o discípulo Ananias, que morava em Damasco, Saulo (posteriormente chamado de Paulo) era maldoso e cruel, pois perseguia, ameaçava, prendia e matava aqueles que invocavam o nome do Senhor. Atos 9:1,13,14
Porém, para o Senhor, Saulo era um instrumento escolhido para levar o nome do Senhor perante os gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel. Atos 9:15
Antes de nascer, Saulo foi separado por Deus e chamado por Sua graça para esse serviço.
Gálatas 1: 15 Quando, porém, ao que me separou antes de eu nascer e me chamou pela sua graça, aprouve 16 revelar seu Filho em mim…
Ao contrário de Ananias, Deus via Saulo de Tarso como um servo fiel, escolhido para levar o nome do Senhor perante os gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel. Atos 9:15
A responsabilidade de Saulo foi corresponder com Deus e viver fielmente a história que Deus havia escrito para ele, antes mesmo de ele nascer. Gálatas 1:15
E foi o que ele fez, como revela, por exemplo, os versículos abaixo:
1 Coríntios 9:16: Se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho!
Gálatas 2:20: …já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim.
O apóstolo Paulo, então, desistiu de sua vida para viver a vida de Cristo e para cumprir sua obrigação para com o Senhor, que foi pregar o Evangelho; ou seja, ele passou a viver, em Cristo, os planos e os propósitos que Deus havia escrito e determinado para ele, antes mesmo dele nascer.
Um breve parêntese: Algo estava bem claro para os apóstolos de Jesus, e precisa estar bem claro para nós também: Que a vida com Deus começa com uma troca: Trocamos a nossa vida pela vida de Cristo; e assim, deixamos de viver a nossa vida para viver a vida de Cristo.
Quando o homem pecou, foi perda total. A partir do pecado a vida do homem deixou de ser aceita por Deus.
Por isso que Jesus foi enviado por Deus, não para melhorar a nossa vida, mas para que a nossa vida depravada de pecado morresse com Ele na cruz, e Ele passasse a viver em nós.
Ou seja, morremos para que Cristo viva em nós.
A vida daqueles que nascem de novo está oculta juntamente com Cristo, em Deus.
Colossenses 3: 2 Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra; 3 porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus.
Amados irmãos, creiam que o Senhor, antes de nascermos, também nos conheceu, nos separou e nos chamou por Sua graça; e no Seu livro escreveu todos os nossos dias, cada um deles escrito e determinado, quando nenhum deles havia ainda; e de antemão preparou as boas obras que temos que realizar. Salmo 139:14-16; Gálatas 1:15; Efésios 2:10
O Senhor não nos vê como nós nos vemos, e também como as pessoas nos veem.
Por isso, é imprescindível que alinhemos a nossa visão à visão de Deus, para que vivamos a história que Ele escreveu para nós.
Assim como o apóstolo Paulo, nós também temos que ser gratos ao nosso Senhor por Ele ter nos conhecido, nos separado e nos chamado; pelos dias que Ele determinou para vivermos aqui na Terra; pelas obras que de antemão Ele preparou para nós realizarmos; por Ele nos fortalecer; por Ele nos considerar fiéis, nos designando para o ministério; por Ele ter nos plantado aqui na Águia de Cristo para servi-Lo; etc.
VAMOS FAZER ISSO AGORA? REPITAM COMIGO:
Senhor, sou grato a Ti por ter me conhecido, me separado e me escolhido, antes mesmo de eu nascer.
Pelos dias que o Senhor determinou para eu viver aqui na Terra, quando nenhum deles havia ainda.
Pelas obras que de antemão o Senhor preparou para eu realizar.
Por me fortalecer; me considerar fiel; e me designar para o ministério.
Em nome de Jesus. Amém.
Assim como os apóstolos, nós também temos a responsabilidade de corresponder com Deus; de viver fielmente a história que Ele escreveu para nós, antes mesmo de nascermos; de cumprir cabalmente o ministério para o qual Ele nos designou; de realizar as boas obras que de antemão Ele preparou para nós; de nos preparar para a gloriosa volta de Jesus; etc. Salmo 139:14-16; Lucas 12:40; Gálatas 1:15; Efésios 2:10
Mas para isso, a graça de Deus que nos foi concedida não pode se tornar vã em nossas vidas; isto é, inútil.
1 Coríntios 15:10: Mas, pela graça de Deus, sou o que sou; e a sua graça, que me foi concedida, não se tornou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo.
Quando o nosso “eu” trabalha, e não a graça que Deus nos concedeu, a graça que Deus nos concedeu se torna inútil em nós.
Deus só aceita o que A GRAÇA DELE, EM NÓS, faz para Ele e para o nosso próximo.
Quando a graça de Deus não é inútil em nós, trabalhamos incansavelmente para servir a Cristo, que nos salvou, e ao nosso próximo.
É a graça de Deus em nós que nos torna a pessoa que somos em Cristo.
O Senhor, nosso Deus, por inúmeras vezes, nos disse para nos tornarmos praticantes de Sua Palavra, e não somente ouvintes Dela.
Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos. Tiago 1:22
Tornai-vos significa que é nossa a responsabilidade de nos tornar praticantes da Palavra de Deus; de praticar o que Deus nos fala e nos ordena.
O praticante da Palavra de Deus se corresponde com Deus em tudo o que Deus fala e ordena.
O Senhor nos considerou fiéis e nos designou para o ministério. Logo, por sermos obreiros, Ele exige mais de nós do que daqueles que são meros frequentadores de igrejas.
Lucas 12:48: Aquele, porém, que não soube a vontade do seu senhor e fez coisas dignas de reprovação levará poucos açoites. Mas àquele a quem muito foi dado, muito lhe será exigido; e àquele a quem muito se confia, muito mais lhe pedirão.
Por isso, a começar de nós, obreiros do ministério, temos que nos tornar praticantes da Palavra de Deus; para, assim, sermos exemplos para os nossos familiares, parentes e amigos, como também para os meros frequentadores de igrejas.
Todos aqueles que chegam a conhecer, seja de que forma for, a vontade de Deus como é revelada nas Escrituras, se tornam responsáveis por obedecê-la, principalmente nós, obreiros do ministério.
1 Coríntios 4: 1 Assim, pois, importa que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus. 2 Ora, além disso, o que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel.
Devemos obedecer as ordens do nosso Senhor, pois somos ministros de Cristo e despenseiros (mordomos) dos mistérios de Deus. O mistério de Deus é Cristo. Cristo é o próprio Evangelho. Colossenses 1:27-29
Nossa função é cuidar dos interesses do nosso Senhor.
Como ministros de Cristo é nossa obrigação viver e pregar todo o Evangelho, não apenas as doutrinas que nos agradam.
Não podemos pregar o Evangelho e mais alguma coisa.
Como ministros, despenseiros e mordomos do Senhor, não somos servidos, mas servimos a Deus e ao próximo, como Jesus fez.
Como vimos, Deus requer de nós fidelidade. 1 Coríntios 4:2
Fidelidade a Ele, à Sua Palavra, à Sua obra, aos Seus propósitos e interesses, à missão, ao chamado, ao ministério, às nossas responsabilidades, aos nossos pastores e líderes, aos nossos irmãos etc.
Ou seja, o nosso Senhor requer fidelidade de nós em tudo.
2 Coríntios 13:5: Examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não reconheceis que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados.
O contexto deste versículo nos revela que os irmãos de Corinto estavam examinando o apóstolo Paulo, e não a si mesmos.
Ao invés de eles desqualificarem o apóstolo Paulo, deveriam examinar se eles mesmos não estavam desqualificados para o ministério.
Todos nós, se não formos humildes, corremos o risco de cometer o mesmo pecado dos coríntios, o de examinar e desqualificar os outros e não a nós mesmos.
Não podemos examinar e julgar os outros, mas a nós mesmos.
Mateus 7: 1 Não julgueis, para que não sejais julgados. 2 Pois, com o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também.
1 Coríntios 11: 28 Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e, assim, coma do pão, e beba do cálice; 29 pois quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si.
Mas como devemos agir quando ficamos sabendo que um irmão está em pecado, em falha e sendo infiel às suas responsabilidades? Obviamente, devemos agir conforme a Palavra de Deus:
Mateus 18: 15 Se teu irmão pecar [contra ti], vai argui-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão. 16 Se, porém, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que, pelo depoimento de duas ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça. 17 E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano.
Gálatas 6:1: Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o com espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado.
Romanos 15:14: E certo estou, meus irmãos, sim, eu mesmo, a vosso respeito, de que estais possuídos de bondade, cheios de todo o conhecimento, aptos para vos admoestardes uns aos outros.
Admoestar significa: advertir amigavelmente, desejando sempre o bem da pessoa; censurar ou repreender alguém suavemente; aconselhar; incentivar ou estimular alguém a agir ou pensar de modo correto (obviamente, para nós, o modo correto é sempre aquele que concorda com a Palavra de Deus); etc.
As admoestações acontecem de duas maneiras em nossas vidas: quando somos admoestados por alguém; e quando admoestamos alguém.
Já vimos como devemos agir quando ficamos sabendo que um irmão está em pecado, em falha e sendo infiel às suas responsabilidades.
Vamos ver, agora, como devemos agir quando o pastor, ou o líder, ou um irmão, chega até nós para nos admoestar acerca de algum pecado, de alguma falha ou por estarmos sendo infiéis às nossas responsabilidades.
Obviamente, devemos agir também conforme a Palavra de Deus:
Provérbios 3: 11 Filho meu, não rejeites a disciplina do SENHOR, nem te enfades da sua repreensão. 12 Porque o SENHOR repreende a quem ama, assim como o pai, ao filho a quem quer bem.
Esses versículos também estão escritos em Hebreus 12:5,6.
Mas há crentes que dizem assim: Quem me julga é Deus. Por isso, eu não aceito julgamentos, admoestações e repreensões de homens, somente de Deus.
A pergunta é: Como, então, Deus julga, admoesta e repreende um crente que fala assim?
Os tais crentes, quando julgados, admoestados e repreendidos pelo Senhor, como dizem que são, será que aceitam de boa vontade a Palavra do Senhor e se concertam? Claro que não!
Na verdade, eles têm problemas na área da autoridade, pois não aceitam ser repreendidos e corrigidos por ninguém, pois são orgulhosos, soberbos, arrogantes, egoístas, autossuficientes, cheios de justiça própria e autoconfiança.
Lucas 10:16: Quem vos der ouvidos ouve-me a mim; e quem vos rejeitar a mim me rejeita; quem, porém, me rejeitar rejeita aquele que me enviou.
Cristo vive em nossos irmãos; logo, quando somos admoestados ou repreendidos por eles, na verdade, é pelo próprio Cristo que estamos sendo admoestados e repreendidos.
Quem ouve os irmãos, na verdade, ouve Jesus. Quem rejeita os irmãos, na verdade, rejeita Jesus. Quem rejeita Jesus, na verdade, rejeita Deus que O enviou.
Jesus contou a parábola do semeador para uma grande multidão. Mateus 13:1-9
Mas somente aos Seus discípulos Ele explicou o sentido desta parábola. Mateus 13:10-23
E hoje, o Senhor também quer nos falar através desta parábola.
Mateus 13: 1 Naquele mesmo dia, saindo Jesus de casa, assentou-se à beira-mar; 2 e grandes multidões se reuniram perto dele, de modo que entrou num barco e se assentou; e toda a multidão estava em pé na praia. 3 E de muitas coisas lhes falou por parábolas e dizia: Eis que o semeador saiu a semear. 4 E, ao semear, uma parte caiu à beira do caminho, e, vindo as aves, a comeram. 5 Outra parte caiu em solo rochoso, onde a terra era pouca, e logo nasceu, visto não ser profunda a terra. 6 Saindo, porém, o sol, a queimou; e, porque não tinha raiz, secou-se. 7 Outra caiu entre os espinhos, e os espinhos cresceram e a sufocaram. 8 Outra, enfim, caiu em boa terra e deu fruto: a cem, a sessenta e a trinta por um. 9 Quem tem ouvidos [para ouvir], ouça. 10 Então, se aproximaram os discípulos e lhe perguntaram: Por que lhes falas por parábolas? 11 Ao que respondeu: Porque a vós outros é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas àqueles não lhes é isso concedido. 12 Pois ao que tem se lhe dará, e terá em abundância; mas, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado. 13 Por isso, lhes falo por parábolas; porque, vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem, nem entendem. 14 De sorte que neles se cumpre a profecia de Isaías: Ouvireis com os ouvidos e de nenhum modo entendereis; vereis com os olhos e de nenhum modo percebereis. 15 Porque o coração deste povo está endurecido, de mau grado ouviram com os ouvidos e fecharam os olhos; para não suceder que vejam com os olhos, ouçam com os ouvidos, entendam com o coração, se convertam e sejam por mim curados. 16 Bem-aventurados, porém, os vossos olhos, porque vêem; e os vossos ouvidos, porque ouvem. 17 Pois em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes e não viram; e ouvir o que ouvis e não ouviram. 18 Atendei vós, pois, à parábola do semeador. 19 A todos os que ouvem a palavra do reino e não a compreendem, vem o maligno e arrebata o que lhes foi semeado no coração. Este é o que foi semeado à beira do caminho. 20 O que foi semeado em solo rochoso, esse é o que ouve a palavra e a recebe logo, com alegria; 21 mas não tem raiz em si mesmo, sendo, antes, de pouca duração; em lhe chegando a angústia ou a perseguição por causa da palavra, logo se escandaliza. 22 O que foi semeado entre os espinhos é o que ouve a palavra, porém os cuidados do mundo e a fascinação das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera. 23 Mas o que foi semeado em boa terra é o que ouve a palavra e a compreende; este frutifica e produz a cem, a sessenta e a trinta por um.
Penso que nenhum coração aqui se identifica com o primeiro coração da parábola do semeador, o da beira do caminho; aquele que ouve a palavra do reino e não a compreende, e vem o maligno e arrebata o que nele foi semeado.
Mas todos os corações aqui se identificam com um dos outros três corações da parábola; ou com o do solo rochoso, ou com o do solo espinhoso, ou com o do solo da boa terra.
O quarto coração, representado pelo solo da boa terra, é aquele que ouve, compreende e pratica a Palavra de Deus; por isso, frutifica e produz a cem, a sessenta e a trinta por um.
Esse é o coração que Deus procura: um coração adorador, fiel e cheio de fé.
Já o segundo e o terceiro corações não frutificam e não produzem, porque não praticam a Palavra de Deus; eles ouvem e recebem a Palavra de Deus, mas não A praticam.
Quando pratico a Palavra de Deus, isso significa que tenho fé no Senhor e que sou fiel a Ele, à Sua Palavra e à Sua obra.
A nossa fé e a nossa fidelidade ao Senhor, à Sua Palavra e à Sua obra, tornam-se evidentes quando praticamos a Palavra de Deus.
Ou seja, quando praticamos a Palavra de Deus é porque temos fé Nele e somos fiéis a Ele, à Sua Palavra e à Sua obra.
Se não praticamos a Palavra de Deus é porque a nossa fé é pequena; logo, nos tornamos infiéis ao Senhor e infrutíferos para o reino de Deus.
Conforme a parábola do semeador, a falta de fé e de fidelidade ao Senhor entram em cena em nossas vidas quando a angústia e a perseguição batem à nossa porta; quando os cuidados do mundo e a fascinação das riquezas passam a ser os nossos principais interesses.
Bom seria se todos na igreja fossem discípulos cheios de fé e fiéis ao Senhor e à Sua obra; mas infelizmente isso ainda não acontece.
Na verdade, muitos nem sequer poderiam ser discípulos de Jesus. Vamos ver porque.
Lucas 9:62: Mas Jesus lhe replicou: Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha para trás é apto para o reino de Deus.
Lucas 14: 26 Se alguém vem a mim e não aborrece a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs e ainda a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. 27 E qualquer que não tomar a sua cruz e vier após mim não pode ser meu discípulo.
Quem ama pai, mãe, esposa, irmãos, e até a própria vida, mais do que a Jesus; e não toma a própria cruz; não pode ser Seu discípulo.
Lucas 14:33: Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo.
Penso que esse seja um dos versículos menos populares de toda a Bíblia.
Nesses versículos, o nosso Senhor enfatiza a necessidade de calcular o preço que se deve pagar antes de começar a segui-Lo e servi-Lo.
Este preço é a entrega total e completa da vida ao Senhor e aos Seus interesses.
Cristo deve reinar plenamente em nossos corações sem rivais.
Os principais rivais de Cristo no coração do homem são: Família; trabalho; profissão; estabilidade financeira; desejos; riquezas; bens materiais; conforto; amigos; prazeres; sonhos; etc.
Quando o nosso Senhor fala de renúncia, Ele não está falando da disposição de renunciarmos a tudo quanto temos, mas do dever de renunciarmos a tudo quanto temos. Porque disposição passa; mas dever é obrigação.
Quem tem na vida o dever de renunciar a tudo quanto tem, pode ser discípulo de Jesus; quem não tem este dever, não pode.
O verdadeiro discípulo de Jesus não tem dois estilos de vida, um na igreja e outro fora dela; mas um só estilo de vida, e este em Cristo.
Temos sido fiéis ao Senhor e à Sua obra; seja na família; no casamento; no ministério; no trabalho; nas finanças; nas primícias, dízimos e ofertas; no lazer; nos planos; nos sonhos; nas amizades; etc.?
Meus irmãos amados, lembrem-se que estamos aqui examinando a nossa vida quanto ao nosso serviço e a nossa fidelidade ao Senhor e à Sua obra.
Além dos rivais que podem concorrer com Cristo em nossos corações, há também as disciplinas espirituais que também atrapalham a nossa fidelidade para com o Senhor e à Sua obra. Por exemplo:
- Orar fervorosamente, todos os dias.
- Meditar a Palavra de Deus, todos os dias.
- Encontrar com o Senhor no lugar secreto, todos os dias.
- Jejuar com frequência.
- Vencer as tentações, todos os dias.
- Perseverar nas atividades do ministério: nas celebrações aos domingos, na célula, na intercessão, na Ceia do Senhor, nos cursos, nos eventos, nas conferências etc.
Somos ministros de Deus, despenseiros dos mistérios de Deus, obreiros que servimos a Deus na Águia de Cristo; e o que o Senhor requer de nós é que sejamos fiéis a Ele e à Sua obra.
O discípulo fiel é totalmente comprometido com Deus e o Seu reino; é responsável e dedicado em todos os seus encargos; é verdadeiro, confiável, leal, zeloso, incapaz de trair, honesto, seguro, constante, aliançado com todos do ministério; etc.
Já o discípulo infiel, obviamente, é o contrário do fiel.
Obviamente, a Bíblia, que é a Palavra de Deus, é o único fundamento de tudo o que temos ouvido do nosso Senhor.
Como discípulos de Jesus e obreiros do ministério, devemos ser fiéis ao Senhor, à Sua Palavra e à Sua obra.
A seguir, segue algumas coisas que não devemos e não podemos fazer:
- Não devemos, não podemos, viver fora da unidade e da comunhão do Corpo de Cristo.
- Não devemos, não podemos, estar no ministério sem ter aliança com os pastores, líderes e irmãos.
- Não devemos, não podemos, estar no ministério sem discernir a visão de “igreja” que o Senhor nos revelou.
- Não devemos, não podemos, deixar de ser fiéis em todas as atividades do ministério: nas celebrações aos domingos, na célula, na intercessão, na Ceia do Senhor, nos cursos, nos eventos, nas conferências etc.
- Não devemos, não podemos, deixar de entregar ao Senhor as nossas primícias, os nossos dízimos e as nossas ofertas.
- Não devemos, não podemos, fazer a obra do Senhor relaxadamente, de qualquer maneira; sem amor, sem temor, sem alegria, sem dedicação, sem excelência.
- Não devemos, não podemos, ter os nossos encargos ministeriais como um peso em nossas vidas, que nos incomoda, nos enfada, nos aflige e nos cansa.
- Não devemos, não podemos, vir à igreja aos domingos somente quando temos uma tarefa a cumprir.
- Não devemos, não podemos, chegar atrasados aos compromissos assumidos junto ao ministério.
- Não devemos, não podemos, deixar de ter reverência na presença de Deus.
- Não devemos, não podemos, deixar de honrar nossos pastores e líderes.
- Não devemos, não podemos, deixar de comunicar aos nossos líderes caso tenhamos algum imprevisto que nos impeça de cumprirmos os nossos compromissos ministeriais.
- Não devemos, não podemos, deixar de perdoar as pessoas da mesma maneira que Deus nos perdoa.
- Não devemos, não podemos, ficar indiferentes ao que o nosso Senhor tem nos falado, ensinado e ordenado.
- Sendo assim, NÃO DEVEMOS, NÃO PODEMOS, deixar de obedecer ao nosso Deus e Senhor.
Que justificativa o Senhor aceitaria de nós para não fazermos todas essas coisas? NENHUMA.
Como vimos, para nós, discípulos de Jesus, obreiros da Águia de Cristo, há somente um modo digno e certo de viver com Deus e de andar com Ele, que já nos foi revelado, mas que aprouve ao Senhor nos relembrando nesta conferência.
É deste modo que devemos viver e andar para servirmos ao Senhor aqui na Águia de Cristo, onde Ele nos plantou.
Efésios 4: 1 Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados, 2 com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, 3 esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz…
Filipenses 1:27: Vivei, acima de tudo, por modo digno do evangelho de Cristo, para que, ou indo ver-vos ou estando ausente, ouça, no tocante a vós outros, que estais firmes em um só espírito, como uma só alma, lutando juntos pela fé evangélica…
Colossenses 1:10: …a fim de viverdes de modo digno do Senhor, para o seu inteiro agrado, frutificando em toda boa obra e crescendo no pleno conhecimento de Deus…
1 Tessalonicenses 2:12: …exortamos, consolamos e admoestamos, para viverdes por modo digno de Deus, que vos chama para o seu reino e glória.
Como discípulos e obreiros, vamos fazer a nossa parte, nos consertando onde estamos falhando.
Vamos nos admoestar uns aos outros quanto às nossas responsabilidades para com o Senhor e o ministério.
E que assim, em amor, em unidade e em comunhão, possamos prosseguir crescendo e avançando no propósito que Deus determinou para o nosso ministério.
Para concluir, vamos meditar nos seguintes versículos:
Lucas 4:1: Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi guiado pelo mesmo Espírito, no deserto…
Lucas 4:14: Então, Jesus, no poder do Espírito, regressou para a Galileia, e a sua fama correu por toda a circunvizinhança.
O Senhor também tem algo a tratar conosco através desses dois versículos.
Nunca houve um tempo na vida de Jesus em que Ele não estivesse cheio do Espírito Santo.
Quanto a nós, pecadores, só fomos cheios do Espírito Santo quando cremos em Jesus; quando Ele nos salvou e passou a ser o nosso único e suficiente Senhor e Salvador.
Jesus, nos dias da Sua carne, cheio do Espírito Santo, dependeu totalmente do poder do Espírito Santo para realizar as obras de Deus.
E nós, embora sejamos cheios do Espírito Santo, também dependemos totalmente do poder do Espírito Santo para realizarmos a obra de Deus.
Pergunta: Quem é guiado pelo Espírito Santo? Aquele que é cheio do Espírito Santo. Lucas 4:1
Mas o que aconteceu entre o momento em que Jesus entrou no deserto, cheio do Espírito Santo, e o momento em que Ele saiu do deserto, no poder do Espírito?
Pelo menos o seguinte: Ele jejuou; Ele foi tentado pelo diabo; Ele resistiu às tentações citando as Escrituras; o diabo apartou-se Dele
Foi no poder do Espírito Santo que Jesus deu início ao Seu ministério terreno.
Se não há como realizarmos a obra de Deus sem poder do Espírito Santo, então, vamos nos encher cada vez mais do Espírito Santo e buscar o Seu poder.
Para isso, a exemplo de Jesus, vamos jejuar com frequência, pelo menos uma vez por semana; vamos meditar e praticar a Palavra de Deus; vamos nos submeter a Deus e resistir ao diabo; etc.
Pergunta: Vamos começar a perseverar nessas coisas a partir de hoje?
Salmos 105:4: Buscai o SENHOR e o seu poder; buscai perpetuamente a sua presença.
Josué 1:8: Não cesses de falar deste Livro da Lei; antes, medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer segundo tudo quanto nele está escrito; então, farás prosperar o teu caminho e serás bem-sucedido.
Tiago 4:7: Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.
1 Pedro 5: 8 Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar; 9 resisti-lhe firmes na fé, certos de que sofrimentos iguais aos vossos estão-se cumprindo na vossa irmandade espalhada pelo mundo.
Agradecer a Deus nunca é demais:
Senhor, sou grato a Ti por ter me conhecido, me separado e me escolhido, antes mesmo de eu nascer.
Pelos dias que o Senhor determinou para eu viver aqui na Terra, quando nenhum deles havia ainda.
Por me batizar no Espírito Santo.
Pelas obras que de antemão o Senhor preparou para eu realizar.
Por me fortalecer; me considerar fiel; e me designar para o ministério.
Em nome de Jesus. Amém.
Porque Dele, e por meio Dele, e para Ele são todas as coisas. A Ele, pois, a glória eternamente. Amém! Romanos 11:36
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