Tudo faço por causa do Evangelho.
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No capítulo 9 da 1ª carta de Paulo aos Coríntios, o apóstolo expõe seus argumentos em defesa do direito a suporte financeiro, por parte da igreja, àqueles que trabalham na obra do Senhor. 1 Coríntios 9.1-14
Paulo não argumenta apenas do direito de receber seu sustento da igreja, mas também da liberdade e do direito de recusar este sustento. 1 Coríntios 9.15-27
Ele argumenta igualmente do seu direito de comer e beber, e de se casar; e do direito de ele e Barnabé deixarem de trabalhar e serem sustentados pela igreja. 1 Coríntios 9.4-6
Ele argumentou, mas não reclamou seus direitos de apóstolo de Jesus, antes, voluntariamente os renunciou, o que o fez passar privações em Corinto. 2 Coríntios 11.9
No entanto, para servir a igreja de Corinto, Paulo precisou despojar [privar] outras igrejas, recebendo delas salário. 2 Coríntios 11.8,9;12.11-13; Filipenses 4.15,16
Ou seja, a igreja de Corinto omitiu-se quanto ao suporte financeiro para Paulo; e ele, por sua vez, não abriu mão de seu direito e liberdade de não receber dos coríntios o seu sustento, antes, foi suprido por outras igrejas e também trabalhou fazendo tendas para se manter.
O curioso é que os coríntios tinham consciência quanto a essa obrigação, mas não para com o apóstolo Paulo, pois sustentavam outros que ali pregavam e ensinavam. 1 Coríntios 9.12.
Mas por que os coríntios agiram assim? Porque alguns crentes da igreja de Corinto questionavam a autenticidade do apostolado de Paulo. Não houve reconhecimento e honra.
Por isso que ele iniciou assim o capítulo 9 de sua primeira carta aos coríntios: Não sou eu, porventura, livre? Não sou apóstolo? Não vi Jesus, nosso Senhor? Acaso, não sois fruto do meu trabalho no Senhor? Se não sou apóstolo para outrem, certamente, o sou para vós outros; porque vós sois o selo do meu apostolado no Senhor. A minha defesa perante os que me interpelam [me julgam] é esta: … 1 Coríntios 9.1-3
Mas por que o apóstolo Paulo abriu mão desses direitos?
Porque ele amava a Jesus acima de todas as coisas, e O servia não por interesses, dinheiro, direitos ou privilégios.
Por isso que ele suportou aflições, provações, tribulações, perigos e perseguições, para não criar qualquer obstáculo ao Evangelho de Cristo.
Se outros participam desse direito sobre vós, não o temos nós em maior medida? Entretanto, não usamos desse direito; antes, suportamos tudo, para não criarmos qualquer obstáculo ao evangelho de Cristo. 1 Coríntios 9.12
Assim como Paulo e os demais apóstolos, que nós também amemos a Jesus acima de todas as coisas e façamos tudo por Ele e pelo Evangelho.
Por isso que o tema da mensagem de hoje é: Tudo faço por causa do Evangelho.
Se amarmos a Jesus acima de todas as coisas, então, tudo faremos por Ele e pelo Evangelho.
Os apóstolos não serviram a Jesus por interesses, dinheiro, direitos ou privilégios, eles O serviam por amor e gratidão a Ele.
Por isso que eles não hesitaram em renunciar a tudo quanto tinham por causa de Jesus e do Evangelho. Lucas 14.33
Nós amamos porque ele nos amou primeiro. Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. Ora, temos, da parte dele, este mandamento: que aquele que ama a Deus ame também a seu irmão. 1 João 4.19-21
É o amor de Deus por nós que faz com que amemos a Ele, aos irmãos, nossos inimigos e todas as pessoas. Amar como Jesus nos amou é um mandamento. João 13.34
E nós, fazemos tudo por Jesus e pelo Evangelho?
O que o Senhor tem nos falado nas últimas celebrações e que temos compartilhado nas células? Por exemplo: Esvaziar-se e humilhar-se – A inclinação da alma – Brasas e peixes – A cura de Pedro – Confiar – Chamados para um propósito e uma missão – Ide e fazei discípulos – Obreiro aprovado – O regresso dos discípulos – Etc.
Em que estamos obedecendo ao Senhor após ouvirmos essas mensagens?
Em suma, o que o Senhor deseja é que façamos tudo por Ele e pelo Evangelho.
E como já vimos, fazer tudo por Ele e pelo Evangelho implica em renunciar a tudo quanto temos, inclusive a própria vida.
Por exemplo: 2 Coríntios 11.22-33 e Filipenses 3.7-11 relatam algumas coisas que o apóstolo Paulo fez, e também pelas quais passou por amor a Jesus e ao Evangelho.
O que Jesus diz a respeito da nossa vida? Quem quiser, pois, salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por causa de mim e do evangelho salvá-la-á. Marcos 8.35
Será que a igreja de Jesus está passando por uma crise de identidade? Infelizmente é o que parece.
Porque é inegável que há distorções e confusões doutrinárias nas igrejas. Por exemplo: Como se fosse possível, muitos têm dado ordens a Deus (determinando o que Ele tem que fazer); e também reivindicado Dele os seus direitos existenciais e terrenos (reclamando e exigindo Dele esses direitos).
Mas a genuína vida cristã não é regida por interesses próprios (felicidade, dinheiro, alegria, saúde, bem-estar, etc.), tampouco por direitos e privilégios, mas, pelo amor a Deus, ao Evangelho, aos próximos, aos inimigos e a todas as pessoas; porque, mesmo quando um discípulo de Jesus está infeliz, sem dinheiro, triste, sofrendo e sem receber o que é seu por direito de nascimento e de chamado, ele jamais deixa de amar a Deus e o Evangelho, e também seus irmãos, seus próximos, seus inimigos e todas as pessoas.
Ao contrário do que muitos pensam: “A vida cristã é um campo de batalha e não uma colônia de férias. William Barclay”.
Se o nosso coração está totalmente rendido, conquistado e dominado pelo amor de Jesus, absolutamente nada poderá mudar esta nossa condição.
Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro. Romanos 8.35,36
Tudo faço por causa do evangelho, com o fim de me tornar cooperador com ele. 1 Coríntios 9.23
Obrigado Senhor!
Esta mensagem foi pregada por Paulo Durvanier Moreira Filho, pastor, no dia 25/11/2018 (domingo), às 9:00 horas, no MAC Vila Barros – Guarulhos – SP.
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glória a Deus