Pai nosso.

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Mateus 6.5-13

Primeiramente, Jesus nos ensina como não devemos orar; em seguida, como devemos orar.
Na chamada “oração do Pai nosso”, ou “oração do Senhor”, Jesus nos ensina quais devem ser as prioridades da nossa oração; e também da necessidade de termos uma relação adequada com Deus e uns com os outros.
Tudo o que é essencial em uma oração, é na “oração do Pai nosso” que vamos encontrar, pois ela trata da nossa relação com Deus, com a gente mesmo e também com o próximo.
Portanto, precisamos revisar as nossas orações para ver se elas estão em conformidade com o ensino de Jesus.

Repetir simplesmente na íntegra as palavras da “oração do Pai nosso”, não significa necessariamente que estamos orando, pois pode ser que estejamos proferindo apenas vãs repetições (Mateus 6.7).
Somente na presença do Senhor é que aprendemos com Ele a orar de fato.

E hoje, data em que se celebra o dia dos pais, quero falar um pouco sobre o Pai Eterno.
E para a nossa meditação, destaco apenas a primeira parte da primeira frase da “oração do Pai nosso”: Pai nosso, que estás nos céus…
Vamos, então, meditar nas três expressões desta frase.

Primeira expressão: Pai.

No Velho Testamento, Deus não é chamado de Pai; isto é, em relação a filhos. Isso acontece somente no Novo Testamento.
No Velho Testamento, Deus é chamado por vários nomes; por exemplo: Elohim – Adonai – El Shaddai – Yaweh Jireh – Yahweh Shalom – Yahweh Rafá – Etc.
Jesus chamava Deus de Pai porque tinha com Ele absoluta comunhão de natureza e essência. Por isso que Ele O chamava de Pai. E Jesus nos ensina a chamar Deus de Pai: Vós orareis assim: Pai… (Pather).
No sermão do monte (Mateus 5, 6 e 7), Jesus usou a palavra “Pai” 17 vezes. Somos, então, filhos do reino de Deus por que somos filhos do Pai eterno. Ser filho do Pai é estar no reino do Pai.

Para nós é um privilégio usarmos a mesma expressão que Jesus usava na Sua relação com Seu Pai Eterno.
1 João 3.1,2: Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece, porquanto não o conheceu a ele mesmo. Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é.
Será assim porque, agora, temos comunhão de natureza com o Filho de Deus, pois por Ele fomos redimidos e nos tornamos filhos de Deus.
Os santos do Antigo Testamento não chamavam Deus de Pai. Por isso, penso que a coisa mais sublime e maravilhosa para nós é podermos chamar o Deus Eterno de nosso Pai.

Aba é uma palavra aramaica que também significa Pai. Jesus usou Aba uma única vez; foi no Getsêmani, momentos antes de Sua crucificação: Marcos 14.36: E dizia: Aba, Pai, tudo te é possível; passa de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero, e sim o que tu queres.
O sentido de Aba exprime profunda afeição e intimidade. A tradução de Aba mais próxima do sentido original é: papai; papaizinho.
O apóstolo Paulo usou Aba duas vezes:
Romanos 8.15: Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai.
Gálatas 4.6: E, porque vós sois filhos, enviou Deus ao nosso coração o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai!

Precisamos entender que Deus não é apenas o nosso Pather, o que já é maravilhoso, mas também o nosso Aba.

Segunda expressão: Nosso.

Nosso; não meu.
Quando Jesus usa a expressão “nosso”, Ele está incluindo todos aqueles que redimiu e que, agora, Lhes pertence, em uma única família, na família de Seu Pai.
Sim, Deus é o meu Pai pessoal; mas preciso saber e discernir que Ele é também Pai de uma família de muitos filhos, e que todos esses filhos são meus irmãos. Isso acaba com o meu individualismo.
No entanto, a nossa individualidade é preservada e jamais será perdida; mas para sermos de fato a comunidade dos discípulos, a igreja, o Corpo de Cristo, a família de Deus, precisaremos renunciar o nosso individualismo.
Logo, o nosso grande desafio é aprender a viver como irmãos, servir uns aos outros, nos amarmos, nos aceitarmos, nos respeitarmos, nos acolhermos, etc., pois temos um único Deus e Pai.
Os laços de sangue que temos na família de Deus são eternos, pois perdurarão para toda a eternidade; e são maiores do que os laços de sangue que temos com a nossa família natural.

Terceira expressão: Que estás nos céus.

Jesus estava na Terra quando pregou o sermão do monte, e Seu Pai, nos céus. Portanto, trata-se da oração de um Filho longe de Sua casa.
Penso que o maior desejo de um filho que está longe de sua casa é voltar para casa.
O nosso Senhor e Salvador voltou para a casa do Pai: Filipenses 3.20: Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo,…

O nosso Pai Eterno está nos céus, e também o nosso Salvador, o Senhor Jesus Cristo; e ambos habitam em nós na Pessoa do Espírito Santo. E nós ainda estamos na Terra; por isso, iniciamos assim as nossas orações: Pai nosso, que estás nos céus…

Na verdade, não sabemos orar adequadamente: Romanos 8.26: Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis.
Orar de fato e adequadamente é orar no Espírito.
Que nossas orações sejam inspiradas pelo Espírito de Deus.

Efésios 6.18b: …orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos…
1 Tessalonicenses 5.17: Orai sem cessar.

Assim como os discípulos pediram, vamos também pedir ao Senhor que nos ensine, através de Seu Espírito, a orar como convém. Lucas 11.1
Senhor, ensina-nos a orar.

Ao nosso Senhor seja a honra, o poder eterno, a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém.

Mensagem pregada por Paulo Durvanier Moreira Filho, pastor, live através do Facebook (https://www.facebook.com/aguiadecristo), na noite do dia 09/08/2020 (domingo).

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