Nem um e nem outro.
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30/01/2022
Tema da mensagem de hoje: Nem um e nem outro.
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Lucas 15.11-32
Jesus continuou: — Certo homem tinha dois filhos.
O mais moço deles disse ao pai: “Pai, quero que o senhor me dê a parte dos bens que me cabe.” E o pai repartiu os bens entre eles.
— Passados não muitos dias, o filho mais moço, ajuntando tudo o que era seu, partiu para uma terra distante e lá desperdiçou todos os seus bens, vivendo de forma desenfreada.
— Depois de ter consumido tudo, sobreveio àquele país uma grande fome, e ele começou a passar necessidade.
Então foi pedir trabalho a um dos cidadãos daquela terra, e este o mandou para os seus campos a fim de cuidar dos porcos.
Ali, ele desejava alimentar-se das alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhe dava nada.
Então, caindo em si, disse: “Quantos trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui estou morrendo de fome!
Vou me arrumar, voltar para o meu pai e lhe dizer: ‘Pai, pequei contra Deus e diante do senhor;
já não sou digno de ser chamado de seu filho; trate-me como um dos seus trabalhadores.’”
E, arrumando-se, foi para o seu pai. — Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou e, compadecido dele, correndo, o abraçou e beijou.
E o filho lhe disse: “Pai, pequei contra Deus e diante do senhor; já não sou digno de ser chamado de seu filho.”
O pai, porém, disse aos servos: “Tragam depressa a melhor roupa e vistam nele. Ponham um anel no dedo dele e sandálias nos pés.
Tragam e matem o bezerro gordo. Vamos comer e festejar,
porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado.” E começaram a festejar.
— Ora, o filho mais velho estava no campo. Quando voltava, ao aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças.
Chamou um dos empregados e perguntou o que era aquilo.
E ele informou: “O seu irmão voltou e, por tê-lo recuperado com saúde, o seu pai mandou matar o bezerro gordo.”
— O filho mais velho se indignou e não queria entrar. Saindo, porém, o pai, procurava convencê-lo a entrar.
Mas ele respondeu ao seu pai: “Faz tantos anos que sirvo o senhor e nunca transgredi um mandamento seu. Mas o senhor nunca me deu um cabrito sequer para fazer uma festa com os meus amigos.
Mas, quando veio esse seu filho, que sumiu com os bens do senhor, gastando tudo com prostitutas, o senhor mandou matar o bezerro gordo para ele!”
— Então o pai respondeu: “Meu filho, você está sempre comigo; tudo o que eu tenho é seu.
Mas era preciso festejar e alegrar-se, porque este seu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado.”
Quando lemos essa parábola, vemos um filho que decidiu viver a sua vida longe da família, para conhecer um novo mundo onde iria desfrutar das muitas coisas que o seu coração desejava. Então ele disse ao seu pai que entregasse a sua parte na herança.
Naquela época, fazer um pedido desse era considerado uma afronta, pois seria a mesma coisa que desejar a morte do seu pai, mesmo assim, o pai entregou a parte ao filho que foi embora para viver a sua aventura.
O restante da história vocês sabem muito bem.
Nosso Deus e Pai é tão amoroso, que da mesma forma que o pai da parábola fez ao retornar o filho, alegrou-se, foi ao encontro dele e o recebeu com muito amor, nosso Pai faz o mesmo conosco quando nos arrependemos de algo que nos afasta Dele.
Quando andamos por aí, vivendo a nossa vida, da forma que acreditamos ser a melhor para nós, infelizmente, não estamos fazendo o que é bom e agradável aos olhos do Pai, mas pode ter certeza, quando nos lembramos Dele, nos arrependemos e decidimos voltar, o Pai irá nos receber com muito amor e alegria.
Lembre-se irmãos, mesmo que dentro do nosso coração, as tentações que o mundo nos ofereça, sejam irresistíveis, nada se compara ao aconchego de estar na casa do Pai e viver seguindo a sua vontade.
Na história, também há outro filho, mas este, sempre esteve ao lado de seu pai, e quase nunca falamos muito sobre ele ao meditarmos nessa passagem. Hoje quero falar mais sobre o filho mais velho. Sua atitude ao receber a notícia da volta do seu irmão mais novo, revelou o seu duro coração, mostrando que mesmo estando sempre ao lado do seu Pai, não havia quebrantamento.
Por fazer tudo para o pai, ele achava ter algum direito nas decisões que o seu pai tomava, essa atitude mostra que ele, assim como o seu irmão mais novo, estava apenas com o seu coração nos bens do Pai.
Da mesma forma, o pai vai até ele explicar a alegria da volta de um filho que havia se perdido, e tentou abrir os seus olhos para ver que tudo que era do Pai era dele, que o momento era de festa, de alegria, que todos deveriam participar deste momento, mas infelizmente o filho mais velho não o escutou.
Precisamos ter cuido para não sermos o irmão mais velho, podemos ficar acostumados a viver ao lado do nosso Pai e começamos a tomar posse da herança e a achar que podemos decidir quem merece, quem não merece, quem pode, quem não pode e quando as coisas não estão do nosso agrado, não participamos da festa.
É muito triste a atitude do filho mais velho, pois mesmo estando com o Pai, não o reconhece e acaba não recebendo a graça do Senhor em sua vida.
Como igreja, precisamos eliminar essas atitudes de irmão mais velho, pois vidas se achegarão, com muitos problemas, com costumes e jeitos diferentes, mesmo assim, talvez sem entender, mas precisamos recebê-los como o Pai os recebe, com muito amor e alegria.
Então, não tome nenhum dos filhos como exemplo, nenhum e nem outro, pois os dois estavam perdidos; busquem se examinar todos os dias e tenham intimidade com o Espírito Santo, que irá nos ensinar todas as coisas e viveremos nossas vidas conforme a vontade do Pai.
Obrigado Senhor!!!
Alexandre de Oliveira Papini, diácono
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