O nosso direito de ir e vir.

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04/04/2021 – Tema da mensagem de hoje: O nosso direito de ir e vir.
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2 Timóteo 4.1-5

A Constituição do Brasil de 1988, em seu Art. 5º inciso XV, nos garante o direito de ir e vir.
É verdade que os regimes de governo variam de nação para nação e, por isso, o direito de ir e vir de seus cidadãos pode ser tratado e visto diferentemente do nosso.
Mas o nosso direito de ir e vir, neste tempo de pandemia e isolamento social, tem rendido muitas conversas e discussões, pois tal direito tem sido tirado de muitos.
Se tais imposições, neste tempo, são inconstitucionais ou não, não tenho competência para julgar. Mas uma coisa sei: que a igreja do Deus vivo na terra, em qualquer época e situação, nunca deixou e jamais deixará de cumprir sua missão.
Isto não quer dizer que todos os crentes no mundo estão cumprindo seu chamado e a missão; mas certamente, há muitos discípulos do Senhor no mundo que renunciaram tudo na vida para cumprirem cabalmente seu chamado e a missão. Que sejamos estes. Mas se ainda não somos, que urgentemente nos despertemos do sono espiritual que de muitas formas tenta nos paralisar.
Aliás, não há como ser discípulo de Jesus sem renuncia total. Lucas 14.26,27,33

É sempre bom lembrar que a igreja não teria nenhuma condição de cumprir sua missão sem a presença e o ministério do Espírito Santo. Por isso que Jesus prometeu enviar aos Seus discípulos o Espírito Santo: Atos 1.8: mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra.
Jesus cumpriu a promessa de enviar o Espírito Santo, conforme Atos 2.1-4.

Para que a igreja possa cumprir sua missão na terra, ela precisa do poder de Deus, que lhe foi dado com a chegada do Espírito Santo. Este poder está em nós e opera através de nós, que somos a igreja do Deus vivo na terra, para cumprirmos a nossa missão, independentemente das circunstâncias.

Alguém pode ser impedido/proibido de ir e vir de diversas maneiras; por exemplo: por Lei ou Decreto governamental; se estiver encarcerado; etc.
Em algumas ocasiões, os discípulos de Jesus estavam encarcerados, portanto, impedidos de ir e vir; porém, o cárcere não os impediu de cumprirem o chamado e a missão.

Neste tempo de pandemia e isolamento social, como nós, discípulos de Jesus, podemos cumprir o nosso chamado e a nossa missão? A resposta é simples: Não deixando jamais, custe o que custar, de cumprir cabalmente o nosso chamado e a nossa missão.
Muitos crentes, urgentemente, precisam se despertar do sono espiritual no qual se encontram, e deixar a zona de conforto, o medo e o comodismo que esta pandemia tem ocasionado em suas vidas.
Portanto, entendo ser mais do que oportuno examinarmos a atitude dos discípulos de Jesus quando estavam presos e impedidos de irem e virem, de como eles se comportaram em relação à obra de Deus, ao chamado e à missão. Para isso, vamos examinar algumas dessas prisões no Livro dos Atos.

1 – Os apóstolos Pedro e João. Atos 4.1-22
Eles foram presos porque Jesus curou um coxo através deles; e também por eles ensinarem o povo e anunciarem, em Jesus, a ressurreição dentre os mortos.
O que Pedro e João fizeram quando estavam presos e impedidos de ir e vir?
Mesmo sob fortes ameaças, eles pregaram o Evangelho àqueles que os prenderam: pregaram às autoridades do povo, aos anciãos, ao capitão, aos guardas do templo e aos saduceus.

2 – Os apóstolos. Atos 5.17-42
Por inveja, o sumo sacerdote e todos os que estavam com ele, isto é, os saduceus, prenderam os apóstolos na prisão pública.
Mas o Senhor escalou um de Seus anjos para soltá-los, ordenando-lhes que se apresentassem no templo e pregassem a palavra da Salvação.
O capitão e os guardas foram ao templo e os prenderam novamente.
O que os apóstolos fizeram quando estavam presos e impedidos de ir e vir?
Mesmo sob fortes ameaças, eles pregaram o Evangelho novamente àqueles que os prenderam. Só que desta vez eles foram açoitados e ameaçados ainda mais, para que não falassem mais em o nome de Jesus. Mas eles se regozijaram por terem sido dignos de sofrer afrontas pelo Nome de Jesus.

3 – O diácono Estêvão. Atos 6.8-15 à 7.60
O povo, os anciãos e os escribas apresentaram testemunhas falsas e prenderam Estêvão, levando-o ao Sinédrio.
O que Estevão fez quando estava preso e impedido de ir e vir?
Começando com Abraão, ele anunciou o Evangelho da graça aos membros do Sinédrio, confrontando-os por terem matado Jesus.
Ao invés de se arrependerem, iraram-se contra Estêvão e o lincharam, apedrejando-o até à morte.

4 – O apóstolo Paulo e Silas. Atos 16.16-34
Havia uma jovem adivinhadora que dava grande lucro aos seus senhores. Após Paulo expulsar em nome de Jesus o espírito adivinhador desta jovem, ele e Silas foram açoitados com varas e lançados no cárcere, onde lhes prenderam os pés no tronco.
O que Paulo e Silas fizeram quando estavam presos e impedidos de ir e vir?
Por volta da meia-noite, eles oravam e cantavam louvores a Deus, e os demais presos escutavam. De repente, sobreveio tamanho terremoto, que sacudiu os alicerces da prisão; abriram-se todas as portas, e soltaram-se as cadeias de todos.
O carcereiro acordou e diante do ocorrido, puxando da espada, ia suicidar-se. Mas Paulo bradou em alta voz para que ele não fizesse isso, pois todos os presos estavam ali.
E ali, naquelas condições, Paulo e Silas pregaram o Evangelho àquele carcereiro e à sua família. Naquela mesma hora da noite, o carcereiro e todos de sua família foram batizados.

5 – O apóstolo Paulo. Atos 21.27 à 22.21
Paulo foi agarrado pelos judeus e arrastado para fora do templo. Na verdade, os judeus procuravam matá-lo, mas foram impedidos com a chegada do comandante da força.
Por ordem do comandante, Paulo foi acorrentado com duas cadeias para que fosse recolhido à fortaleza.
O que Paulo fez quando estava preso e impedido de ir e vir?
É impressionante, que mesmo nessas condições, a caminho da prisão, ele pede permissão ao comandante para dar aos judeus o testemunho de sua conversão e de seu chamado.

6 – O apóstolo Paulo. Atos 24.10 à 28.31
O que Paulo fez quando foi impedido de ir e vir porque estava sob custódia e prisioneiro em Roma?
Ele aproveitou todas as oportunidades que teve para anunciar Jesus e o Evangelho da graça e da verdade.
Fez isso perante os governadores, Félix e Festo, e perante o rei Agripa; perante a tripulação do navio que o levou a Roma para que fosse julgado por César.
Após o naufrágio deste navio, nenhum tripulante morreu, pois todos nadaram até uma ilha chamada Malta. Nesta ilha, perante os bárbaros que nela habitavam, anunciou o Evangelho da graça e da verdade, e exerceu seu ministério.
Em Roma, Paulo permaneceu preso por dois anos. Foi-lhe permitido morar por sua própria conta, mas sempre vigiado por um soldado romano. Em sua prisão domiciliar, muitos judeus e gentios se converteram a Jesus.
Para não deixar as igrejas sem ministração, ele escreveu cartas a elas, as chamadas epístolas da prisão, para exortá-las, edificá-las e consolá-las. São elas: Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom.

Nada, absolutamente nada, os impediram de cumprir o chamado e a missão, de viverem totalmente para Cristo e de morrerem por Ele. Mesmo diante de sofrimentos e da iminente morte, eles não deixaram de cumprir o chamado e a missão.
Como podemos permanecer frutíferos em todo tempo e em todas as circunstâncias?
Há várias respostas para esta pergunta tão oportuna; sugiro algumas, conforme segue:

1 – Discernindo sob a ótica do céu cada estação em que estamos vivendo.
2 – Focando em cumprir o propósito específico para o qual o Senhor nos chamou.
3 – Procurando ouvir a Deus com clareza quanto ao que Ele tem preparado para nós em cada estação.
4 – Se fortalecendo espiritualmente, orando sem cessar e comendo a Palavra de Deus.
5 – Não se deixando paralisar pelas circunstâncias adversas, nem se intimidando com o inimigo, mas continuando a crer e a operar no sobrenatural de Deus.
6 – Fortalecendo-se no Senhor para receber a alegria que vem Dele, que não depende das circunstâncias externas.
7 – Estabelecendo em nossas vidas as conexões e relacionamentos com as pessoas certas.
8 – Não tendo medo de morrer. Quem não tem medo de morrer por Cristo suporta tudo por Ele.
9 – Etc.

O que o mundo mais precisa é da salvação pela graça. Portanto, é de nossa responsabilidade pregar ao mundo a mensagem da salvação de Deus, em Cristo Jesus.
Mateus 28.19,20: Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.
2 Timóteo 4.1,2: Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos, pela sua manifestação e pelo seu reino: prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina.

Ao nosso Senhor seja a honra, o poder eterno, a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém.

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